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VOA News: África

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Nos estabelecimentos de ensino no país: Meta de passagem é 100 porcento

Ministro da Educação e Cultura, Bonifácio Aires Ali, em entrevista ao “Notícias”, debruça-se sobre o novo currículo, dissipa dúvidas e receios




O MINISTRO da Educação e Cultura, Bonifácio Aires Ali, esclarece e reafirma que a meta de passagem nos estabelecimentos de ensino no nosso país é de 100 porcento. “Não há mínimo “ – sublinhou aquele governante, aludindo que o professor deve trabalhar para atingir aquele nível de aprovações. “Nenhum professor deve começar o ano lectivo a pensar que vai fazer passar, pelo menos, 50 porcento de alunos. Isso está errado. Porque qualquer pai, quando leva o seu filho à escola, quer que ele passe de classe” – acrescentou.




Bonifácio Aires Ali ['a direita] fez aquele pronunciamento, num exclusivo ao “Notícias”, no qual ele detalha sobre duas pesquisas separadas realizadas recentemente, que apontam para uma preocupante baixa de qualidade dos alunos das escolas moçambicanas, sobretudo os do ensino primário do primeiro e segundo ciclos.




O ministro da Educação e Cultura respondeu a várias questões efectuadas por leitores do “Notícias” o (Ancha de Carla Mazuze, Admiro Agostinho, Gustavo Nhavene, Jaime Matlombe, Marisa Chilengue, Laura Ananias, Jacob Cossa, Albertina Marcos, Bernardo Jaime e vários outros) residentes nos diferentes bairros da cidade de Maputo, tendo avançado que será desenvolvido um trabalho, ainda este ano, visando explicar a essência do novo currículo.
Um dos referidos estudos foi compilado pelo Consórcio da África Austral para a Monitoria da Qualidade de Ensino (Southern africa Consortium for Monitoring Educational Quality, SAMEQ).




Levada a cabo em alguns países da região, incluindo Moçambique, a pesquisa dá conta que concluído o primeiro ciclo do ensino primário, 74.6 porcento dos alunos apresentam grandes lacunas na leitura de frases simples. Pais e encarregados de educação responsabilizam o MEC por este facto, porque esta instituição introduziu em 2004 um novo currículo escolar prevendo passagens semiautomáticas.




Há alguns estudos que demonstram que reprovar o aluno não traz nenhuma vantagem, pois isso atrasa a vida do estudante por um ano e diminui a sua auto-estima, promovendo a desistência escolar e o abandono das aulas. No entanto, se erguem também vozes que defendem que as passagens semiautomáticas no ensino primário promovem a preguiça e desinteresse, quer da parte dos professores, que não se preocupam em preparar as lições, quer da parte dos próprios alunos, que sabem, “a priori”, que vão passar de classe, sem nenhuma condição, não se esforçando, por isso, em saber um pouco mais.Inserimos a entrevista completa de Bonifácio Aires Ali, na página dois da presente edição, rubrica “ O cidadão quer saber”.




Fonte: Noticias

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