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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Incêndio na Catembe causa elevados prejuízos

Já não há bombas de combustível a abastecer 24/24 horas* “Móbil”ou “Total”? governo responsabiliza a gasolineira fornecedora do combustível pelo incêndio na estação de serviço anexa ao Centro Náutico




No incêndio deflagrado ao princípio da noite da última sexta-feira nas bombas de combustível «Móbil» («Total», mas ainda lá vem escrito MOBIL) no distrito Municipal de Maputo, do outro lado da Baía designado por Catembe, o governo de Moçambique afirmou ter havido violação grave de regras de segurança pelo distribuidor. O governo assegura, entretanto, que nos próximos dias poderá haver responsabilização logo que o trabalho de peritagem policial, a decorrer em coordenação com administração local e com o Ministério da Energia, ficar concluído. Esta informação foi revelada ao “Canal” horas depois das chamas terem sido extintas e que fizeram explodir cerca de sessenta (60) garrafas de gás doméstico, sete (7) motorizadas, um (1) restaurante de luxo com nome Jangada, quantidade não especificada de gasolina, gasóleo e petróleo, um (1) edifício onde se vendia energia eléctrica para o sistema de Credilec (EDM pré-pagamento), computadores, congeladores que serviam para a venda de gelo, e cervejas e refrigerantes e uma série de bens ainda não totalmente inventariados e como tal não avaliados para além de valores monetários em caixa. A fonte do «Canal de Moçambique» é o vice-ministro do Interior, José Mandra.




Fogo posto?



O governo prometeu ainda uma acção criminal se se provar que houve fogo posto como por enquanto se especula. A infraestrutura que ardeu era a estação de serviço mais capacitada na Catembe para prestar todo o tipo de serviços, desde ar e reparação de pneus a fornecimento de combustíveis para viaturas 24 sobre 24 horas, inclusive venda de gás doméstico. Agora os automobilistas não têm onde abastecer após o por do Sol. Idem para moradores que usavam o petróleo como combustível para a iluminação e o gás para na culinária. Vários edifícios foram também atingidos pelas explosões ocorridas por voltas das 18 horas da sexta-feira e que puseram em pânico os residentes e transeuntes por ainda estar fresco nas memórias o morticínio suscitado pelas explosões no Paiol de Mahlazine, no lado Norte da capital do país. Foi o terror para aqueles que atravessaram a baía para mais um dia de laser e quando se iniciava o fim-de-semana. Milhares de crianças corriam apavoradas cruzando-se ou acompanhando adultos, todos em correria desenfreada e em debanda da à procura de apoio, segurança e esclarecimento do que na verdade estava a acontecer. O vice-ministro do Interior, anotou que se vai repor os estragos. “Estamos a estudar a reparação e a ver o que corrigir”. José Mandra assegurou que as explosões ocorreram “numa altura em que não havia muito combustível”, razão pela qual não houve danos humanos.



Camião com 60 mil litros




Quando aconteceu o curto-circuito provocado por uma motobomba na altura em que um camião cisterna MLX 14-83 estava a abastecer os tanques com capacidade para cerca de 60 mil litros de combustível, apenas estavam a trabalhar seis homens. Três ficaram feridos, sendo dois trabalhadores das bombas “Móbil” e o motorista do camião. Aparentemente a “TOTAL” é quem terá de assumir as responsabilidades, aparentemente, porque como é sabido tudo o que era MOBIL em Moçambique foi comprado pela TOTAL há cerca de pouco mais de um ano. A prudência do condutor do camião foi que evitou desgraça maior. Pôs o veículo imediatamente em andamento para evitar que os 60 mil litros pegassem fogo. Se não fosse isso desgraça maior estaria a ser contada. A transformação da Mobil em cinzas acontece numa altura em que o dono das bombas está fora do país, sendo que, ninguém está para prestar informações por os presentes serem simples trabalhadores.




Testemunhas




O empregado da bomba que estava ao serviço no dia da explosão, Domingos Bila, de 54 anos de idade, residente no Bairro Guaxene, na mesma zona da estação de serviço onde se registou a ocorrência, trabalhador há quase três anos, diz não se ter apercebido do problema porque estava a abastecer um carro. “Quando começámos a encher os tanques só vi explosões com jactos de fogo. Depois fugi. Mais tarde voltámos para socorrer um segurança das instalações que sofreu queimaduras no corpo”. Outra fonte, pessoa que vendia energia para quem tem Credilec na Catembe, Milagre Tembe, recorda-se apenas do cogumelo do fogo e das explosões das garrafas de gás e o intenso fumo que passou a entrar no seu gabinete. Garantiu ainda com satisfação que um ferido está livre de perigo. “Estamos bem felizmente mas continua um colega nosso no hospital da Catembe, se bem que já fora do perigo”. “Todo mundo desapareceu naquele momento”, recorda.



Administrador



Presente no local estava o administrador da Catembe, Luís Matsinhe, que falando ao “Canal” sublinhou ter sido mais um acidente de trabalho. “Este foi um acidente de trabalho. Temos é de manter a segurança no local. Na próxima semana estaremos em altura de, com outras instituições, nomeadamente, Ministério do Interior, e de Energia, de fazer a avaliação dos prejuízos. Agora é muito cedo”. Disse entretanto que “provavelmente começaremos já hoje a avaliar, mas na segunda-feira teremos os primeiros encontros, porque o dono também deve estar a caminho; neste momento está no exterior”.


Fonte: Canal de Mozambique

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