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sexta-feira, 27 de julho de 2007

Energia nuclear liga França à Líbia

A LÍBIA e a França assinaram, quarta-feira, uma série de importantes acordos de cooperação nas áreas de defesa e desenvolvimento de energia nuclear para uso civil, na sequência da visita que o Presidente Francês, Nikolas Sarkozy, efectuou à Líbia.
Maputo, Sexta-Feira, 27 de Julho de 2007:: Notícias


O Ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Abdel Raham Shalgam, descreveu a visita do chefe de Estado francês como importante para as relações entre os dois países e disse que os novos acordos permitirão a ambos cooperar durante os próximos dez a 20 anos.
Oficialmente, o eventual fornecimento de um reactor nuclear à Líbia tem apenas um objectivo estritamente civil e deverá permitir ao país efectuar a dessalinização de água do mar.
A Líbia emergiu, há mais de 3 anos, do seu estatuto pária, com o levantamento gradual de uma série de sanções internacionais depois do Coronel Kadhafi ter decidido desmantelar o seu programa de armas nucleares.
A visita do Presidente Nicolas Sarkozy é vista como uma demonstração da nova fé depositada pela Europa naquele que, até muito recentemente, foi um dos países mais isolados do mundo.
Sarkozy chegou à capital Líbia um dia depois de seis enfermeiras búlgaras e um médico palestino, naturalizado búlgaro, terem sido postos em liberdade. O grupo, que passou oito anos na prisão, na Líbia, havia sido condenado à morte pela infecção, com HIV, de 430 crianças líbias. As suas penas foram depois comutadas para prisão perpétua.
Eles acabaram por ser extraditados para a Bulgária a seguir à intervenção da União Europeia e da primeira dama francesa, Cecília Sarkozy.
Uma das condições impostas por Tripoli para a libertação foi a assinatura de um acordo para a normalização das relações entre a Líbia e a União Europeia.
Os acordos assinados entre a França e a Líbia foram imediatamente criticadas pela “Greenpeace”. Esta organização de defesa do ambiente apelidou o acordo de “irresponsável”.
“Esse acordo coloca um problema de proliferação nuclear e enquadra-se na política francesa de exportação irresponsável da tecnologia nuclear”, segundo um comunicado da organização.
Frédéric Martillier, responsável da Greenpeace-França pelas campanhas sobre o uso nuclear, censurou também Paris por se ter “posicionado numa corrida aos recursos naturais da Líbia - principalmente o petróleo e o gás”, em troca do nuclear, sem se preocupar com a segurança mundial.
A rede de associações “Sair do nuclear” protestou também ontem, em comunicado, o acordo assinado entre a França e a Líbia, considerando que se trata de um “subterfúgio”.

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