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VOA News: África

terça-feira, 1 de abril de 2008

Empurrar etnias umas contra as outras é táctica da Frelimo

- Bandeira da cidadania
A pretensa unidade nacional de que a Frelimo volta e meia apregoa ser autora e guardiã, afinal na passa de um discurso falacioso, mas que na prática ela joga uma cartada manipuladora, empurrando pessoas pertencentes a uma determinada tribo contra as outras. Um caso nítido e inegável é a recente nomeação do Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nhussi, cidadão de origem dos falantes da língua Makonde, e por via disso, considerados Makonde.
Não passaram muitos dias após este ter assumido o pelouro que vozes apareceram a proclamar que Guebuza terá acertado desta vez, pois já se nota ‘um balanço étnico’ dado que com a saída do então chefe do estado maior general que pertence a mesma tribo a ‘paz estava ameaça’. Sinceramente, porque Moçambique tende ser refém de uma determina tribo seja qual for que acha que tem que ter seu representante no poder?
Isto também é uma chamada de atenção aos cidadãos que se acham que, pertencendo a uma certa tribo, teem melhores chances na vida, que os cidadãos de outras origens étnicas. É verdade que por ironia de destino, os Makondes foram em grande número a luta de libertação, mas isso não lhes pode dar credenciais de cidadão de primeira classe, ou seja os preferidos do poder da Frelimo. Os Makondes merecem a nossa homenagem por terem participado na luta pela libertação, pelo que estamos eternamente agradecidos.
Mas isso não pode fazer com que a Frelimo os use, a troco de uma ‘apadrinhada’ posição ministerial ou acesso a créditos, ou a bens ou ainda colocá-los em aldeias, por terem participado nesta está acção patriótica, sem paralelo na história de Moçambique. Porque, se eu for Makonde hoje a minha palavra é mais ouvida que a de outros concidadãos? Porquê que sou admitido aos quadros no Ministério da Defesa, do Interior, no dos Antigos combatentes, nos Hospitais Militares imediatamente e com facilidade, se eu for Makonde? Porque os ‘bairros dos Makondes’? Porque ‘aldeia dos Makondes’? Porque estes perto de tudo o que e' quartél militar. É um projecto ou estratégia de defesa da Frelimo?
Concluindo, o que estou aqui a escrever pode ser facilmente conotado por ‘tribalismo’, mas não é nada disso. Já essa constatação é generalizada e urge acabar. Makonde deve ser como qualquer outro neste vasto pai's. Sou da opinião de que a Frelimo usa os Makondes contra as outras tribos do país, sobretudo quando ela se ve em apuros. (Consulte a origem da imagem aqui)

Nota: Já em Mocuba anos 80, um professor de Desenho formado pela UEM e cursos superior na antiga DDR e de origem Makonde. Como é óbvio, em desenho, muitos trabalhos são feitos em casa, mesmo aqueles que são para classificações, dado o volume e fundo do tempo que esta disciplina que é pouco no ensino secundário. Numa dessas vezes, um aluno pede ao professor para lhe entregar o trabalho prático na sua residência porque era para uma avaliação crucial. A residência do professor localizava-se a meio do bairro dos Makondes, junto do então Comando Militar Provincial da FADM na Zambézia e quartel de Mocuba. Sabe onde eu vivo, nem? – Indagou o professor. O aluno responde – stôr não vive no bairro dos Makondes!? Não queira imaginar qual foi a balbúrdia [professor: Você me conhece politicamente, administrativamente hum…ante um olhar medroso do aluno] que culminou com a expulsão do aluno da sala. Portanto foi uma lição de cidadania que o professor procurou dar para que o aluno não usasse a sua etnia Makonde para fins afins. Nós e outros na sala aprendemos de uma vez por todas a lição de cidadania.

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