A União Africana está agora a manifestar apreensão quanto ao atraso do anúncio dos resultados No Zimbabué os resultados das eleições presidenciais, legislativas e autárquicas de sábado passado continuam a chegar a conta-gotas à medida que a tensão e a desconfiança aumentam por parte do principal partido da oposição, o MDC de Morgan Tsvangirai.
Os Estados Unidos e da Grã-Bretanha já consideraram os próximos dias "críticos" para o futuro do país. Até à madrugada de terça-feira tinha sido anunciado cerca de um terço dos 210 assentos parlamentares (35 para o MDC, 31 para o Zanu-PF) e nenhuns resultados foram declarados quanto ao escrutínio para a presidência. Uma equipa de observadores da União Africana que tinha antes dito que a votação tinha sido em geral livre e justa está agora a manifestar apreensão quanto ao atraso do anúncio dos resultados.
O seu chefe, Marwick Khumalo, da Suazilândia, disse à BBC que, caso se verificasse uma tentativa de sabotagem, haveriam graves repercussões por parte da região e do resto do mundo.Riscos"Se isso acontecesse, então o Zimbabué teria de lidar com a maior parte da região e da comunidade internacional. Portanto seria muito arriscado para o país optar por essa via", alertou. AdvertênciasEste é o fim da era Mugabe. Se eles engendrarem um resultado favorável a Mugabe, então haverá violência imediata e generalizada no ZimbabuéEddir Cross, candidato parlamentar do MDC para o círculo de Bulawayo À medida que a ansiedade e as expectativas aumentam entre os zimbabueanos, as autoridades vão apelando à calma.
"O processo de verificação está em andamento. Os resultados estão a ser anunciados. Acho que as pessoas precisam de ser pacientes. Sei que todos estão ansiosos, pois não sabem se vão ou não ganhar", considerou o vice-ministro zimbabueano da Informação, Bright Matonga. Entretanto o MDC, que tinha ontem à tarde insistido que não irá aceitar o resultado das eleições presidenciais caso Robert Mugabe anuncie vitória, já advertiu contra o perigo de incidentes de violência estalarem por todo o país.
"Este é o fim da era Mugabe. Se eles engendrarem um resultado favorável a Mugabe, então haverá violência imediata e generalizada no Zimbabué, e verdadeiras complicações", preveniu o candidato parlamentar do MDC para o círculo de Bulawayo, Eddie Cross. Entretanto o governo zimbabueano negou rumores segundo os quais Mugabe, no poder desde 1980, se teria deslocado para a Malásia para planear a imposição de um estado de emergência (BBC ).
Estamos com olhos.
ResponderEliminarReflectindo sobre Mocambique
De olhos estamos, de facto. Este cena'rio pode vir a se repetir aqui em Mozambique, se a Oposicao nao se impor como a lei manda. Os todos poderosos, libertadores agora tiranos, nao tem maos a medir se o problema e' reter o poder. E' preocupante!
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