Num gesto sem presedentes e seguindo os rastos da Suécia, a Noruega decidiu também que irá suspender o apoio directo a conta geral do OE até 2011 ‘alegadamente’ por não constatar esforços visíveis do Estado/Governo da Frelimo no sentido de pôr travão aos saques ao saco azul do OE.
O Governo da Frelimo minimizou esta segunda saída da Noruega numa informação a imprensa. Através de um alto funcionário do do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD), Roberto Salomão, o Governo diz estar já em negociações com outros parceiros para fechar a ‘brecha aberta’ pelos suecos e noruegueses. Entretanto, não se sabe com quem ou onde é que o Governo da Frelimo está a negociar as questões do Erário Público para que os moçambicanos acompanhem o seu desenrolar. Pese embora o secretismo, há rumores de uma vergonhosa lábia negociativa com os chineses.
Mesmo assim, o Governo da Frelimo já está com muito medo que a situação resvale para o pior, caso mais doadores, na maioria, da União Europeia deixem em côro a sua comparticipação no OE. Aliás esta possibilidade foi admitida por aquele alto funcionário do MPD ao afirmar que “mais parceiros podem congelar a disponibilização de fundos para Moçambique, o que pode ter repercurções negativas nos planos no desenvolvimento do país” (ver GMN online, 8/08/2008).
Por causa desta pressão, o Governo tem estado atabalhoada e às correrias forcendo estatísticas pouco credíveis de despedimentos de funcionários, cujo número ronda aos 813 (ver Notícias, 6/08/2008 ) e que est’a a intensificar as inspecções aos sectores de trabalho como forma de satisfazer os ‘patrões’ doadores. Mas já chegou tarde tal movimentação, porque ao que parece, desta vez, os doadores dizem o que vão fazer na realidade.
PS: Penso que e' uma medida acertada por parte dos doadores, porque na verdade ha' muita 'brincadeira' com o era'rio publico neste pai's. Espero que o Governo da Frelimo se redima dos seus erros e humildemente se sente com os doadores internacionais para resolver os problemas candentes, ao inves de procurar 'tapa buracos' como a China.
Em princípio estou defendendo o fim de qualquer doacão a nada, pois este só fomenta corrupcão. Se as doacões acabarem, passaremos a trabalhar arduamente e o povo passará a pedir contas pelos seus impostos aos governantes e políticos deste lindo país.
ResponderEliminarO que precisa este maravilhoso Mocambique e' cultura de prestacao de contas e responsabilizacao, sem que necessariamente viremos 'as costas a ajuda. Sabes que a Europa saiu do seu fosso atraves do PLANO MARESHAL.
ResponderEliminarO Plano Mareshal não ajudou ao desenvolvimento mas para a reconstrucão. Não digo que as ajudas não podiam ajudar ao desenvolvimento mas precisamos de uma cultura desenvolvista, espírito de trabalho.
ResponderEliminarAndo muito frustrado com pessoas que pensam que governar é apenas ter um fato bonito e carro luxuoso e passear sempre pelas províncias para gastar o mínimo que temos.
Tenho reflectido se o mínimo que temos, prédios, estradas, etc deixado pelo regime colonial precisou de ajuda externa.