"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Compulsando ainda dos 53 eleitores que votaram à David Simango nas eleições internas da Frelimo? [Confira Reacao da Voz da Revolucao]



… no luxuoso centro de conferências Joaquim Chissano


O Secretário Geral da Frelimo, Filipe Paunde, já nos fez notar, em bastantes intervenções, quer na Rádio Moçambique, quer na Televisão de Moçambique, quer ainda no Jornal Notícias de Maputo de que a Frelimo tinha mais de 200 mil membros, em quantidade e em qualidade, incluinda a Cidade de Maputo. O mesmo foi referido por Edson Macuacua, jovem ideológo e propagandístico daquela organização política. Bastas foram as vezes, e num sentimento desta tamanha grandeza (feel big) da Frelimo foi ‘cantada’ e engalonada nas várias declarações à imprensa.

Custa perceber, onde que os mais de 200 mil militantes e membros da Frelimo estavam, quando na luxuosa arena do Centro de Conferências, Jaquim Chissano (JC) [leia-se Centro de Conferencias das TDM], à Comiche couberam apenas e miséros 25 eleitores (Vinte e cinco pessoas meus senhores!), sendo 53 para David Simango e 1 única pessoa votou a senhora Generosa Cossa. Abstenções em eleições desta natureza são reveladas, o que não foi o caso, [para perfazer os 89 eleitores]. Também, nem se fala se observadores nenhums para garantir transparência e credibilidade.

Compulsando os números acima avançados, tudo indica que não há espaço para falarmos aqui, numa democracia funcional ao nível da Frelimo, tão pouco é salutar que falemos de Comiche, pelo facto de não ter descido às bases (uma propalada justificação dos camaradas) durante o seu mandato. Afinal, tais ‘bases’ não foram também (e desta vez) consultadas para dar o seu voto a favor ou contra o edil. Oitenta e nove (89) eleitores, dos mais de 200 mil membros da Frelimo são, quando muito, um insulto a imaginação dos eleitores e falta de pudor, de quem assim quis, que esta manipulação assim o fosse.

O que fez a Frelimo (ou a ala da Frelimo) para se desembocar nestes resultados? A meu ver:
1. Pouco ou nada tal ala disse aos militantes e membros, como e onde votar;
2. O acesso ao Centro de Conferências JC [leia-se TDM] faz-se facilmente de meios circulantes (carro para se ser rápido, escoltado e com sirenes porque é próxima de uma instância turistica e de helicopetros), privando ao cidadão pacato e de poucas posses lá ter, para expressar o seu voto;
3. Qualquer coisa anda mal nos estatutos da Frelimo no que respeita à eleição dos seus membros, já que é perfeitamente normal que uma minoria (89) se sobreponha a maioria (mais de 200 mil) dos eleitores.

Podemos deduzir ainda algo deste embrôglio todo? Três pontos oferece-se dizer quanto ao comportamento abnormal da máquina eleitoral interna da Frelimo.

- Os ‘grandes’ e ‘donos’ da Frelimo não queriam Comiche por este não lhes dar a mão quer nas agendas escondidas, corrupção e dupla administração. A ala da Frelimo apercebendo-se que não tinha um agenda democrática para o destituir, usou metódo anti-democrático;
- Fazendo fugir o controle da máquina eleitoral do escrutínio público (ninguém sabia o que se passava atrás das curtinas da Sede da Frelimo), ajudou uma ala da Frelimo que manipulasse os números, criar sensação e idea de que tudo corria bem. Mas o que ela não controlou, foi o universo (a fásquia) dos que elegem, o que levou a grandes suspeitas da legitimidade das eleições pelo público e grande parte da imprensa nacional;
- Se andasse bem o processo, então Eneas Comiche devia ter ganho por uma esmagadora maioria.

Que resta a Comiche depois desta farsa eleitoral? Bom, à Comiche, provávelmente não reste nenhum cartucho, para contra-atacar nem ao Simango, nem a suposta ala que lhe ‘cavilhou’. Mas um dado certo é inteligência, imaginação e preseverança de Comiche de sair desta. Sem cartucho, Comiche só pode se entregar a Guebuza, para que lhe ofereça um cargo ministerial ou lhe forçe a um exílio, camufulado à embaixador num país sem importância para Moçambique, mas onde é possível controlá-lo. Se isso aconteceu ao Hélder Muteia porque não à Comiche. Com cartucho na mão, Comiche pode queimar seus neurôneos para denunciar a farsidade deste escurtínio interno, no que diz respeito à fásquia e ao acesso limitado dos membros/militantes do centro de votação. Pode pesar à favor de Comiche uma eventual decisão de concorrer como independente ou mesmo representar a Oposição (JPC). Na pior da hipotéses, e por que não explorar, a Renamo precisa de alguém do calibre de Comiche! Renamo, esta, que ainda não saiu a rua para nos dizer, quem vai ser o su candidato às eleições munícipais da Cidade de Maputo. Pode ver nele (Comiche), um trunfo para seu fortúnio.

Enfim, fica aqui gravada a história (pelo menos, a não oficial) das eleições internas da Frelimo. O saldo foi de que dos mais de 200 mil membros em quantidade e em qualidade, incluinda a Cidade de Maputo, apenas 53 eleitores é que escolheram o dr. David Simango. Ora, isto é o mesmo que não se terem feito eleições nenhumas.

2 comentários:

Angola24Horas

Últimas da blogosfera

World news: Mozambique | guardian.co.uk

Frase motivacionais

Ronda noticiosa

Cotonete Records

Cotonete Records
Maputo-based group

Livros e manuais

http://www.scribd.com/doc/39479843/Schaum-Descriptive-Geometry