… Contrárias ao GUN em Zanu-PF e MDC
Num artigo lavrado por Orlando Castro, o Miradouronline teve acesso as convicções do líder da oposição e da Perdiz sobre a actual grave crise zimbabueana. Recorde-se que foi Afonso Dlhakama que ‘empurrou’ o Governo de Armando Guebuza a receber o líder do MDC, Morgan tsavangirai, aquando da sua única visita ao país no passado bem recente. Com a devida vénia passo na integra o apontamento de O. Cartro do Alto Hama:
O presidente da RENAMO, o maior partido da oposição moçambicana, considerou hoje que uma eventual partilha de poder no Zimbabué “será um mau exemplo para a democracia africana e um encorajamento a criminosos”. Ao menos, de vez em quando, aparece alguém que diz umas verdades.
Representantes do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, e do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), a principal força política da oposição, estão em negociações na África do Sul, para uma solução que ponha termo à crise política naquele país, agravada pela recondução de Mugabe no poder, num processo eleitoral marcado pela violência e consequente boicote da oposição.
Falando aos jornalistas em Maputo sobre uma eventual partilha de poder entre o partido ZANU-FP de Robert Mugabe e o MDC presidido por Morgan Tsvangirai, Afonso Dhlakama qualificou essa possibilidade como “triste e nociva à democracia”, considerando que “irá dar a oportunidade ao ditador e criminoso Mugabe de partilhar o poder com quem ganhou”.Nem mais. Dhlakama diz o que muitos pensam mas que teimam em não dizer, seja por interesses económicos, políticos ou outros ainda menos transparentes.
Para o líder da oposição moçambicana, “uma solução aceitável seria a renúncia de Robert Mugabe e a entrega do poder ao MDC de Morgan Tsangirai”, que venceu na primeira volta das presidenciais zimbabueanas, realizada a 29 de Março. Pois. Mas vencer não chega. Aliás, ao que parece só mesmo Deus poderá demitir Mugabe.
“Isso (de partilha de poder) é matar a democracia, é desencorajar os que pretendem uma implantação efectiva da democracia em África, é encorajar ditadores e criminosos como Mugabe”, acrescentou Afonso Dhlakama.
De acordo com Dhlakama, a fórmula de governo de unidade nacional, em que os partidos vencedores são obrigados a partilhar o poder com os perdedores, “é um mau precedente para África, pois a força no poder vai a eleições sabendo que vai continuar no poder, independentemente do resultado”. "
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