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VOA News: África

sábado, 9 de agosto de 2008

Carta ao meu amigo Nelson, no Chitengo, em Gorongosa (12)

Em breves linhas, Nelson tenho a ti informar da boa nova que deste lado me se abateu. Finalmente, aquilo que se considerava impossível ou mesmo no fundo do túnel, começa a ser uma realidade sem presedentes. Sabes de que estou a falar, Nelson? Os dinheiros que vêm dos doadores estão a mexer com os ‘camaradas’, pelo menos, do nível central que sentem o calor e dor das exigências dos doadores dos dinheiros dos contribuintes da Suécia e da Noruega.

Os cano das armas da ‘revolução verde’ que se vinham a disparar a torto à direito durante as passeatas presidenciais recentes do Presidente da República se reduziram autêntico desôlo, e sem fezer balanço das visitas, que de pronto, se transformaram num cavalo-da-tróia. Guebuza, apercebendo-se da seriedade dos assuntos dos dinheiros da doação, não fez mais, senão ele mesmo, acompanhar às pressas a pequena delegação dos jogos olimpicos, tendo ficado por ir à CPLP e, por essa via, estender as mãos aos chineses.

Ao nível interno para os que ficavam em terra, a toada e histéria é bem maior com os depachos dos quadros superiores aos ministérios, províncias e à imprensa para falarem do sumiço ou a não devolução dos dinheiros do cooperação internacional deixados ao nível mais baixo. Não é por acaso que vemos a Primeira Ministra, Luisa Diogo justicando-se na rica Zambézia, o Secretário Paúnde redopiando-se em Cabo Delgado, o ministro Cuerenia às avessas em empresas, entre outras incursões ao terreno, sob o manto das eleições à porta, para combate contra a corrupção. Nelson este assunto promete deitar muita tinta nos dias que veem, pois seria bom que seguissemos as peripécias do ‘voo razante’ do Governo, para procurar chegar ao seu outro lado da razão (?), com as linhas verdes a vegetarem, por todo o lado, a uma velocidade supersónica.

Agora, como o ‘deixa-andar’ é tal que ninguém assume o controle deste país. Fomos, nisso, informados que os habitantes de Nova-Mambone, a sede do distrito Mambone estão há 3 meses sem energia eléctrica. Só hoje é que o Governo se pronunciou que o grupo gerador movido à gás tem peças avariadas, que só se pode reparar, recorrendo a Maputo. Mas três meses, Nelson? O que estvam a fazer? O que ficou sem funcionar? Os hospitais? As escolas nocturnas? O que mais ficou parado por este desleixo? Mas a Frelimo, Nelson, pouco ou pouco se interessa por isso. Que a Nova-Mambone se lixe!

Termino com esta curta missiva, para lhe chamar atenção ao assunto de ‘fazer sumir’ pessoas inteiras em Maputo. Aliás, tal ameaça virar moda no país, atendendo o nível de despreocupação dos quem mandam na PRM. Será, Nelson, um novo contorno do crime organizado? Mas, não vejo, como disse, a nossa polícia a saber tratar desta nova nuance dos fora-de-lei. Os fora-de-lei como não são também (estes) maltratados nos calabouços das esquadras da PRM. Dei uma olhada a um artigo do Canal de Moçambique, desta última sexta-feira, dando conta da corrente situação de crimie contra humanidade, de que os presos são sujeito em compartimentos muito pequenos, onde lá fazem as suas necessidades biológicas, não têm alimentação e deixados por lá por períodos acima do que é permitido por lei. Isto e' praticamente em todas as esquadras, incluindo aquele por defronte da sede nacional do Ministério da Justiça. Repugnante, não é Nelson?

Com um abraço fraterno
Do teu Dedé

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