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VOA News: África

sábado, 3 de maio de 2008

Azagaia, poder, e liberdade expressão

Na semana que hoje termina, vimos o regime, através da sua Procuradoria da República, numa frenética azafama judicial para reprimir psicologicamente o jovem rapper, Azagaia (Edson da Luz) e por via disso caucionamendo a tantos outros para que não experimentem um porfio similar. Se por um lado, o público viu o nascer dum talentosa voz de no mosaico da musica ligeira nacional, por outro, notamos uma crescente desconforto do regime da Frelimo diante a popularidade da mensagem contida das liricas de Edson porque propíciam; ou seja, lêem ‘ipsis verbis’ o momento histórico que o país atravessa, caracterizado por uma corrupção desenfreada, opulência, arrogãncia e um nepotismo a olhos vistos, por gente do regime.
Esta arrojada tentativa de Azagaia de usar o discurso directo contra este manto corruptivo da governação dispota da Frelimo, cai numa única bolsa. Uma bolsa de subtil inteferência nas liberdades individuais de fazer falar o que vai na alma de qualquer um, de ‘retoques’ as linhas editoriais dos mídia estatais (radios, televiões e jornais), evitando que a verdade e só a verdade, vá ao conhecimento do público moçambicano. Ao que tudo indica, a forçada ida de Azagaia na audição da PGR, não só aumentou a curiosidade pública sobre o teor intrínsico da mensagem politica que jaz na musica do jovem, como também lhe conferiu o titulo (queiram) de “Jesus Cristo”, um herói dos jovens e das comunidades em geral. Mesmo não gostando de rappar, todo e qualquer um vai a caça da mensagem de Azagaia. O busilis da questão reside neste frenesim do regime da Frelimo, cujo desiderato é de conter tudo, e tudo mesmo o que não vai a seu favor, usando a máquina repressiva que tem nas mãos, caucionado pupulares a não revendicarem os seus direitos, e abusando desse poder. Tal posicionamento do regime (e que lhe e' certamente lisonjeiro) só tem alertado o público de quão perigosa a Frelimo é. Que e' preciso cuidar-se! Uma Frelimo que pode, enfim, em nome da sua sobrevivência dizimar populares, ultrajar e vilipendiar seus adversários políticos e criar ‘botes espiatórios’ contra os detractores internos na própria Frelimo. Tais são os casos Jorge Robelo (ideológo do partido) e Nhalungo (Secretário do partido na Zambézia) hoje acantonados e hostilizados.

Antes de ir embora, confira aqui “Povo no poder” [extraido do Cotenete Records] a música que foi objecto da audição de azagaia e que a sua advogada, Alice Mabote, diz que se deleita ao escuta-la. Se uma advogada cai no balanc,o, quem somos no's [populares] para ficarmos sem escutar para beber da sua mensagem?

3 comentários:

  1. concordo plenamente, com as mensagens das musicas do azagaia...

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  2. concordo plenamente, com as mensagens das musicas do azagaia...

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  3. Concordo com o Anonimo e outros que me secundaram. So' fica indiferente ao 'sistema' quem consente ao que se nos acontece. Azagaia trouxe se nao digamos um 'tubo de escape' para muitos de no's. Alias foi uma maneira de expressar sua indignacao ao 'sistema'.

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