Uma nota do Ministério de Trabalho enviada à nossa Redacção indica que a suspensão surge no âmbito do trabalho que vem sendo realizado pela Inspecção-Geral, após os trabalhadores da "Golden Roses Fields" terem se amotinado junto à Administração da Moamba, exigindo a intervenção governamental.
Nesta semana, cerca de cem trabalhadores daquela firma, na sua maioria recrutados nas províncias de Tete e Manica, protagonizaram tumultos, reivindicando melhores condições salariais, de trabalho, alimentação e alojamento. O levantamento da suspensão do funcionamento da firma, ainda em processo de edificação e que esperava exportar a primeira produção nos próximos três meses, fica condicionado à aprovação das novas condições de trabalho a serem introduzidas naquele ponto, que dista 16 quilómetros da vila-sede da Moamba.
Enquanto decorre o embargo, a Inspecção-Geral de Trabalho (IGT) recomenda o melhoramento das condições, tais como alojamento, fornecimento de água em quantidade que baste, equipamento de segurança e de primeiros socorros, em caso de uma acidente, segundo a nota. O documento acrescenta que a "Golden Roses Fields" deverá também providenciar cozinha e refeitório dotados de mesas e bancos para os trabalhadores, bem como o melhoramento de outras condições da massa laboral, julgadas desumanas.
A problemática da "Golden Roses Fields" tem como um dos donos o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Leonardo Simão, que já veio público explicar que a natureza do investimento aplicado priorizou a montagem e arranque da produção, enquanto preparava para depois a construção de habitações e outras condições exigidas pelos trabalhadores. Falando há dias ao "Notícias", Simão referiu que "não temos ainda capacidade de montar as estufas e as casas para trabalhadores ao mesmo tempo". Acrescentou que a edificação das habitações só iria efectivar-se a partir de Março do próximo ano. Até então, a preocupação da "Golden Roses Fields" era de pôr o mínimo de volume de produção a "andar" de modo a garantir o reembolso dos cerca de cinco milhões de dólares cedidos pela banca, cenário que deve ser invertido.
PS: Uma vergonha a que este ex-ministro [sr Leonardo Simao] e ainda por cima dos negocios estrangeiros nos esta' a deixar ver. Recorde-se que esse seu fundo mau nao e' de hoje. Que o digam os estudantes mocambicanos que estudaram em Cuba aquando da sua exigencia de condicoes de vida e de estudos naquelas ilhas!
Fonte: NOTÍCIAS/ M I R A D O U R (O)NLINE - CANAL NOTICIOSO - MOÇAMBIQUE - MMVII
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