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VOA News: África

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Franca frelimização da sociedade ou fragilização acentuada do poder de estanque para mudança?


Os sufrágios eleitorais em Moçambique nunca tiveram lugar sem os problemas recorrentes que foram amiude e recentemente reportados. Para analisar esta imagem regressiva com tom recursivo, vamos por partes.

Primeiro, o culpado nesta 'maca' toda é a Frelimo. Todo mundo sabe que na prática a gestao do STAE esta' sob o comando directo da 'casa branca' la' no quartel general dos "camaradas". Fica bem a Frelimo que se apelidou de partido responsável, partido de governo e do futuro melhor, de vir ao público, DESTA VEZ par dizer que as coisas não correram bem, portanto claudiram. Venham nos dizer que os "softwares", de que as empresas pertencente ao sr Guebuza ganhou o concurso para os fornecer a STAE, nao deram certo e que identifiquem este e aquele como sendo o causador deste problema e, por via disso, o culpado.

Segundo, procupa-me sobremeira o ‘estar’ e ‘operar’ da nossa oposição, encabeçada pela Renamo. Ela não é consequente perante os desafios importantes quanto este. Não vemos na oposição o 'nervo' fugaz que deixe a passar o 'sangue' que alimente uma acção inteligente no plano prático. A oposicao tende se convencer que vence. Ela deve organizar-se.

Outrossim, ela deve-se bater com galhardia para uma causa por que luta. Se rodópios a caracterizarem, deixarão ficar no ar uma núvem cuja nuance descricional a coloca como sendo um sub-mundo da Frelimo à descrença dos votantes. Porque seria benvindo um discurso alternativo que evoque os desejos sublimes dum povo que se enfarteceu sempre da mesma música do “batuque e do tambor”. Este é um Moçambique irreconhecível para os meus pais e tambêm o é para estas gerações novas, avaliando por exemplo por esta atitude confrontacional do kilate do Azagaia cujo verso musical diz tudo, ao silêncio nervoso e tenebroso do poder do dia.

Compulsando estas duas linhas, penso que acabamos desembocando num beco sem saída onde impera uma franca frelimização da sociedade por um lado, e, por outro, duma fragilização acentuada do poder de estanque da mudança inertil fitos numa nova realidade nacional. Tudo isto nos empurra para um dilema situacional. Afinal, em quê acreditar? Para já o factos introduzem novos dados dos quais podemos concluir o seguinte.

A grande saída, para mim, assenta nas mãos imaculadas da juventude. Será necessário que ela abra os olhos primeiro para os desafios mais importantes que se avizinham. Vai ser com ela que contaremos para ouvir a voz do povo; a voz da razão que despoleta o negar o voto a quem não merece.

A juventude deve, acima de tudo, dominar a ciência política, a par da sua formação normal, para elevar para mais altos os desígnios duma nação plural e democrática, onde reine a moral e o respeito das normas instituidas por lei e pela constituição [rule of law].

Queremos, outrossim, uma juventude que esteja em frente, traquejada e com tarimba no conhecimento dos anseios do povo em todo o Moçambique e não parte dele. E nesse exercicio aprendam a reconhercer os problemas do povo e aprendam a fazer frente a estes. Há um adágio em ingles que diz ‘don’t take people for granted’ [não minimisar as pessoas] para dizer que sendo humanos somos passíveis a erros, aqui a juventude aprende a distinguir ‘mal’ e o 'bem' quando aparece. Ele deve ser sensivel aos problemas do povo, pois clareia o ar e traz uma nova lufada de ar bom.

No entanto, não será a OJM que vai trazer esta nova aragem. Disso que nos esqueçamos porque os jovens da OJM de hoje estão a ser burilado para serem os patrões e mentirosos da amanhã. Estão a tomar o banho para se servirem da carteira do poder para, mais uma vez, ‘escravizarem’ as populaçõoes ora com contractos laborais que não compensam em nada as massas trabalhadoras, ora dando-lhes condições e tratamento sub-humanos. Porque o busílis do problema reside em distinguir a OJM com a joventude do amanhã. Só aquela que se não vale dos chavões e golpes ‘teatrais’ para enganar e burlar, tem o titulo de joventude do amanhá. Por isso, centremos nossa atenção nessa saída porque é de facto a grande saída que urge encorajar e dar apoio multiforme em matéria compreensão da situação do país e legar a visão para o devir.
PS: Quero dar caudal ao recente artigo do Dr. David Alone e ao mesmo tempo parabeniza-lo por ter feito uma ana'lise profunda e circunstancial do tranze politico-nacional que vivemos. A explicitez com que tratou dos aspectos equacionados no seu ultimo artigo a um semanario da prac;a, valeu este artigo.
Dede Moquivalaka

3 comentários:

  1. Oi Dede, que boa reflexão. Prometo-te um comentário mais longo que estae Até logo!

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  2. Apenas lancei as pedras 'a mesa. Nao fosse o nosso silencio enganador, penso que o tema convida a um debate circunstancia da agenda politica nacional nas vertentes que ela encerra. Teus comentarios e dos outros, agradec;o antecipadamente.

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  3. Parabens pela excelente análise, apenas discordo quando sugere que a saída assenta na juventude, o mesmo já foi dito de outras classes, como por exemplo intelectuais ou outro partido que possa aparecer, ora isso não vai acontecer, a vitória só vai ser possível com a participação e empenho de todo o povo, não pela acção isolada de algumas franjas da sociedade. Quanto à Oposição, com todos os problemas e limitaçõoes que conhecemos, é a Oposição que temos num contexto de total partidarização da sociedade por isso terá de ser apoiada na luta contra os opressores e corruptos.

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