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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Não há como abastecé-los: TPM suspende autocarros a gás

A EMPRESA Transportes Públicos de Maputo (TPM) decidiu retirar da circulação os três autocarros movidos a gás, da marca Yutong, fabrico chinês, que operavam, em regime experimental, nas linhas Mahlampsene/Baixa e Mahlampsene/Museu, depois que a quarta viatura ardeu completamente há mais de um mês. O incidente deu-se junto à bomba de abastecimento, próximo da fábrica Mozal, numa altura em que os técnicos procediam à limpeza das respectivas botijas, colocadas na parte superior do autocarro.

Apesar das grandes proporções do fogo que então deflagrou, não se registaram vítimas humanas, mas o autocarro e a bomba de abastecimento de gás natural ficaram inutilizados, não podendo, desta forma, continuar a operar.

De acordo com Boaventura Lipangue, porta-voz daquela companhia de transportes públicos, o parquamento das viaturas deve-se ao facto de não haver como abastecer as mesmas com a inutilização da bomba, cuja reposição está em curso. Garantiu que logo que as condições estiverem criadas os autocarros voltarão a operar normalmente.

“Foi um incidente que ocorreu quando se estava a realizar uma operação de rotina de limpeza das botijas de gás, o que não constitui motivo para considerarmos o projecto inviável, pelo contrário, estamo-nos a preparar para as fases subsequentes. Neste momentos as três viaturas que restam estão parqueadas no nosso hangar, e colocámos naquelas rotas viaturas a diesel para garantir o transporte de passageiros. Podemos dizer sem receio que é uma boa experiência, porque no pouco tempo em que vinha decorrendo a experiência conseguimos ter resultados positivos em termos de economia com a aquisição de combustíveis líquidos”, disse Lipangue, para quem o projecto veio para ficar e irá prosseguir de acordo com o plano previsto.

Falando sobre os constrangimentos que esta paralisação estaria eventualmente a causar, Lipangue disse que a retirada destes autocarros veio criar alguma pressão, porque neste momento a empresa conta com uma frota de apenas 39 autocarros para garantir a operacionalização de 31 rotas, o que é uma preocupação para os gestores.O projecto de autocarros movidos a gás natural foi introduzido para minimizar os custos representados pela importação de combustíveis líquidos, numa iniciativa que se pretende alargar para mais viaturas, começando pelas de transporte de passageiros e depois passará aos automóveis particulares.
Fonte: Noticias

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