A polícia de Sofala atacou na manhã de hoje a sede da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique), oposição, no distrito de Chibavava, centro de Moçambique e deteve 15 ex-guerrilheiros ai aquartelados, disse à Lusa fonte policial.
Mateus Mazibe, porta-voz do comando da polícia em Sofala, disse que os agentes usaram gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 150 homens da Renamo, aquartelados na sede de Muxungué há duas semanas, onde montaram tendas e praticavam exercícios militares.
"Cerca das sete horas da manhã de hoje, a força policial, usando gás lacrimogéneo, dispersou os indivíduos. Houve detenção de 15 homens devido a resistência, porque não queriam cumprir ordens policiais", disse à Lusa Mateus Mazibe, indicando que a ação da polícia seguiu-se a "numerosos apelos" de populares.
"Eles montaram tendas, construíram cabanas e praticavam treinos militares como se fosse num quartel, então esse tipo de atitude estava a criar insegurança nas pessoas. Por isso, a polícia foi para lá e retirou os homens e agora estamos a monitorar a situação", precisou Mateus Mazibe, admitindo que a polícia continua no local para evitar o seu retorno.
Contudo, não confirmou as três mortes anunciadas no local, admitindo apenas "um ferido", segundo Mazibe, atingido por gás "pois a polícia não usou armas e nem houve troca de tiros".
Os 150 homens da Renamo eram oriundos dos distritos de Chibabava, Búzi e Machanga, sul de Sofala.
Entretanto a polícia apontou a criação de duas sub-bases da Renamo, com homens fardados e armados, em Vunduzi, uma delas próxima da serra onde está aquartelado o líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama, e, outra em Mucodza, ambas na província de Sofala.
Na terça-feira a polícia invadiu e ocupou a sede da Renamo em Gondola, Manica, cerca de 250 quilómetros de Muxungué.
AYAC // APN
Lusa – 03.04.2013
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