Esta posição foi manifestada pela governante a jornalistas no final dos trabalhos da XXXII Sessão Ordinária do Conselho de Ministros Alargada aos Membros da Comissão Política do Partido Frelimo, do Secretariado do Comité Central, aos Primeiros-Secretários dos Comités Provinciais, aos Cabeças de Lista dos Círculos Eleitorais e aos Governadores provinciais. Nesta sessão, o Governo apreciou o balanço das visitas do Presidente da República às Províncias, em Presidência Aberta e Inclusiva, e a informação sobre a situação da implementação das medidas para atenuar o custo de vida anunciadas semana passada pelo Executivo.
Sobre o primeiro ponto, Namashulua começou por afirmar que o encontro considerou positivo o balanço das visitas presidenciais a todas as províncias nacionais, incluindo à cidade do Maputo.
"O balanço que fizemos foi considerado positivo, porque a presidência aberta tem proporcionado momentos de interacção entre o PR e a população, dado que esta aproveitou o ensejo para colocar as suas preocupações. Nas visitas foram apresentadas várias preocupações e pedidos e na avaliação de hoje (ontem) agrupámo-las em quatro áreas, nomeadamente a descentralização (fundos e governação), desenvolvimento rural, combate à pobreza urbana, e verificámos o grau de cumprimento das orientações do PR", disse a ministra.
Acrescentou que as iniciativas presidenciais em áreas como saneamento do meio, plantio de árvores, construção de infra estruturas e outras que foram sendo deixadas pelo Presidente da República nestes contactos estão a ser seguidas pela população. "Vamos continuar a monitorar as acções de seguimento daqui para frente, sempre na busca de respostas eficazes às questões apresentadas durante as presidências abertas", enfatizou.
Instada a pronunciar-se sobre se estas visitas iriam ou não continuar, sobretudo nos moldes logísticos em que estão a ser feitas actualmente, a ministra da Administração Estatal afirmou que sim, que o diálogo entre a população e o Chefe do Estado também vai continuar a ser feito através das presidências abertas e inclusivas.
"Ele vai continuar a fazer a presidência aberta. No balanço de hoje (ontem) não foi discutido que meios o Presidente da República vai usar na presidência aberta. O que posso garantir é que esse diálogo vai continuar, porque constitui o estilo de governação do PR. O que avaliámos são os aspectos positivos que a presidência aberta e inclusiva traz no fortalecimento do contacto com a população e da democracia. O que não estou em posição de dizer é se o Presidente da República irá a pé, de machimbombo ou de camião. O que lhes posso dizer com toda a convicção é que a presidência aberta vai continuar", sublinhou.
De referir que o Presidente da República desde que ascendeu ao poder em 2004 realiza anualmente visitas a todas as províncias do país, nas quais orienta comícios populares e reuniões dos governos locais com o objectivo de se inteirar da realidade económica, social e política dos locais visitados.
Para estas deslocações, o Chefe do Estado é acompanhado por membros do Governo Central, dos governos provinciais, para além de técnicos e outro pessoal julgado necessário.
Nos últimos anos a opinião pública nacional foi questionado a logística que é usada para a realização destas visitas, sobretudo a utilização de helicópteros alugados na vizinha África do Sul.
Aliás, devido aos elevados custos que tal acarreta, ontem a ministra da Administração Estatal foi confrontada com esta situação, tendo afirmado que as visitas irão continuar, muito embora não saiba se nos mesmos moldes logísticos ou não.
Nota 2: Li algures que esta sessão do governo se alargaria também aos membros da oposição, para a busca das várias sensibilidades sobre o problema da manifestação de 1 e 2 de Setembro passado. Foi isso que aconteceu?
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(MiradourOnline)
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