Na província de Inhambane, o Governo e o partido Frelimo lançaram um vigoroso apelo à sociedade civil para não aderir a quaisquer tentativas de promoção de manifestações violentas porque estas representam um revés no processo de desenvolvimento do país.
O governador provincial, Agostinho Trinta, explicou à população, no decurso das comemorações do 7 de Setembro que o país está a registar um progresso assinalável, fruto do trabalho de todos os moçambicanos, daí a necessidade de consolidação dessas conquistas.
Agostinho Trinta apontou como exemplo a expansão do Ensino Superior para alguns distritos bem como a expansão do ensino secundário geral do primeiro ciclo para todas sedes distritais, entre outros projectos que paulatinamente estão a tirar a província de Inhambane da pobreza.
Disse não haver melhor forma de homenagear os jovens que libertaram a pátria moçambicana senão a preservação das conquistas alcançadas.
"Sabemos e sentimos que o custo de vida é elevado; temos que estudar as melhores formas para contrariar esta tendência e não é estragando o que já conseguimos alcançar que iremos melhorar a nossa vida", disse Agostinho Trinta.
Por seu turno, o primeiro-secretário do Comité Provincial de Inhambane, Felisberto Machava, disse que o povo moçambicano guarda experiências amargas da violência e das distruições do país, não havendo por isso, razões para enveredar pelo vandalismo ou recurso à força para justificar o elevado custo de vida.
"Vamos intensificar as actividades de produção de comida; engajemo-nos no trabalho pois, ninguém virá de fora do país para resolver os nossos problemas", afirmou, Felisberto Machava para quem o Governo é apenas um facilitador, cabendo a cada um dos moçambicanos a tarefa de procurar suprir as dificuldades que sente no dia-a-dia.
SÓ SE CONTORNA COM TRABALHO
Por muito que nos custe ouvir, não temos como contornar a situação do elevado custo de vida que o nosso país enfrenta, senão arregaçando as mangas e nos empenharmos de forma árdua no trabalho, no aumento da produção e da produtividade.
Esta afirmação foi feita pela governadora de Manica, Ana Comoane, no decurso das celebrações do 36º aniversário dos Acordos de Lusaka.
Discursando na Praça da Independência, momentos após a cerimónia de deposição de uma coroa de flores, Ana Comoane explicou que a actual conjuntura de preços constitui um problema global que deriva de factores exógenos e independentes da vontade dos moçambicanos e do seu Governo.
Comaone reagia assim aos tumultos que assolaram semana passada o pais, de modo particular as cidades de Maputo, Matola e Chimoio.
Anotou ser infeliz que "mesmo percebendo a origem da conjuntura económica e financeira global e dos seus efeitos na estrutura de preços no mercado mundial, alguns dos nossos concidadãos preferirem promover a desinformação e ira no seio da população, incitando os menos atentos ao vandalismo e provocando luto e tristeza nas nossas famílias".
Esses indivíduos, de acordo com a fonte, culpam o Governo pela conjuntura e não querem ouvir ou fazem de contas que não conhecem a actual situação com que o nosso país se debate, cujos efeitos atingem não apenas Moçambique, mas igualmente outros países, nalguns com maior gravidade que o nosso.
"Por muito que nos custe aceitar, ninguém vai oferecer de borla aos moçambicanos combustível, trigo e outros tantos produtos que necessitamos. Não é com vandalismo que Moçambique vai contornar a situação e muito menos com distúrbios." afirmou a governante.
Para a governadora de Manica, Moçambique é um país pobre, mas com dignidade. Por isso, segundo salientou, temos que nos empenhar no trabalho, porque sem trabalho não há dignidade. Conquistamos a independência política e somos livres, mas precisamos de trabalhar para a nossa libertação económica", sublinhou.
A governadora de Manica apelou para a não adesão aos actos de vandalismo e disse ser necessário que, para valorizar a nossa independência, os moçambicanos pautem pelo trabalho.
TUDO DERIVA DA CRISE MUNDIAL
Neste sentido, apelou para o uso correcto do Fundo de Desenvolvimento Distrital, vulgo sete milhões, como via para o alcance de um rápido desenvolvimento.
Para Diomba, a estabilidade macroeconómica constitui condição básica para a promoção do crescimento e desenvolvimento económico.
ITAE MEQUE DESENCORAJA MANIFESTAÇÕES
O governador da Zambézia, Francisco Itae Meque desencoraja a população a aderir às manifestações violentas como as que ocorreram na semana passada em algumas cidades do país.
Segundo Meque, o carácter violento das manifestações pode atrasar o desenvolvimento socioeconómico do país, em virtude de alguns cidadãos sofrerem saques de forma injusta e atrasar projectos de vida.
O governante disse que as manifestações ocorridas podem encarecer a vida apelou igualmente à população para ser vigilante.
Para consolidar estas conquistas da independência apelou cultura de paz, diálogo e tolerância, pressupostos fundamentais para o desenvolvimento do país.
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