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VOA News: África

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Economistas consideram acertadas novas medidas do banco central

Aumento das taxas de referência O economista e antigo ministro das Finanças de Moçambique, Magid Osman, diz que as medidas tomadas, terça-feira última pelo Banco Central, de aumentar as taxas de referência, que permitem a subida das taxas de juro por parte dos bancos comerciais, são acertadas. Magid adianta que as novas medidas vão desanimar a economia, contendo, por conseguinte, a depreciação do metical face às moedas estrangeiras e estabilizar o custo de vida no país.

Recorde-se que as medidas consistiram no incremento da taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência em 100 pontos base para 15,5%, com efeitos imediatos, e ajustar o coeficiente de Reserva Obrigatória em 25 pontos base, para 8,75% - com efeitos a partir do período de constituição, que inicia a 7 de Outubro.

Magid Osman explicou que as decisões do Banco de Moçambique (BM) vão arrefecer a economia, valorizar o metical e estabilizar o custo de vida no país. "Já vários economistas, e eu próprio, tinham dito que o Banco de Moçambique devia intervir para arrefecer a economia do país. Neste momento, o grande objectivo do Governo e do Banco Central é fortalecer o metical com vista a controlar a inflação por via da desvalorização da moeda nacional", realçou.

O economista disse ainda que esta medida – que vai culminar com o encarecimento do crédito bancário - não tem como elevar ainda mais o custo de vida dos cidadãos, porque a maioria dos moçambicanos não possui crédito bancário, nem tem acesso ao financiamento. "Não podemos, por um lado, falar da dívida dos cidadãos e, por outro lado, dizer que os bancos não fazem crédito a esses mesmos cidadãos. Isto significa que não há muita dívida, sobretudo no que concerne aos cidadãos para quem o custo de vida não se faz sentir, portanto, não vejo problemas nisto", disse Osman, que falava ontem à saída do II Fórum Empresarial do Município da Matola.

Governo e banco sabem o que estão a fazer

O economista e presidente do Conselho de Administração do Millennium bim, Mário Machungo, partilha da ideia de Osman, mas acrescenta que "não podemos admirar se o Banco de Moçambique for a mexer novamente nas taxas directivas daqui a três meses, caso a situação (de instabilidade económica) volte à normalidade". Machungo afirmou também que "quando o Governo e o Banco de Moçambique mexem nas taxas directoras sabem o que estão a fazer".

O presidente do Conselho Empresarial da Província de Maputo, Faruk Osman, disse que não se pode conseguir dois objectivos de uma só vez, na medida em que o Banco Central vai conseguir controlar a depreciação do metical e conter o custo de vida no país, mas não vai evitar que o crédito bancário fique mais caro para as empresas, que já se queixam das taxas de juro em vigor.

«OPaís» 16.09.2010--

(MiradourOnline)

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