Depois de forçado pelos "bandidos, ladrões, coitados…" a quem atacou indiscriminada e fatalmente
Já passa uma semana e tal, desde que as manifestações [que o Governo apelida de tumultos] ocorreram, e sobretudo quando o executivo veio dar ares à sua graça, com medidas paliativas à crise económica, os moçambicanos estão a espera de ver que passos, na realidade os governantes estão a tomar.
Para já olhando pela panóplia das medidas, o pão, energia e água foi decidido que se mantinha, pelo menos, até Dezembro próximo. Perante a medida, não vemos marcha atrás daqueles que até tinham antecipado a subida dos preços sobretudo nos arredores da cidade de Maputo e grande parte da Matola. Portanto, os preços teimam a manter-se.
Ao nível dos salários e mordomias dos altos dirigentes, o Governo decidiu-se pelo congelamento, mas semanas depois, não há nada a mover-se nessa direcção. Sabe-se que por exemplo, nas LAM o PCA continua com os 100 mil USD (subidos dos 25mil denunciados pelo deputado António Muchanga) e 600 mil Meticais entre outras benesses que aufere.
O governo reconhece o peso que representa a criação de novas instituições para o erário público. Prometeu não fazê-lo, mas não adianta nada quanto ao fardo pesado que representa a actual orgânica do estado, com muitos ministros e vices, muitos ministérios e com a tendência de replicação da mesma estrutura nas províncias. O Miradouronline sabe de fontes bem colocadas que o Ministério da Função e o da Pescas continuam a dividir a opinião pública que os considera de irrelevantes para 'status' de um ministério, devendo suas atribuições voltarem aos ministérios-mãe da Administração Estatal e da Agricultura respectivamente. Os Ministérios da Cultura, Combatentes, Acção Social, Coordenação do Meio Ambiente, Energia e Minerais podiam muito bem passar a Secretarias de estado, até mesmo à institutos. Tal procedimento folgaria sobremaneira o erário público 40% do qual provem de crédito e doações.
Este como o anterior assunto, deviam ser vistos prioritariamente pelo chefe do estado que julgo que podia pôr na balança a função do Primeiro-ministro que não passa de função assessorial, pouco eficaz e inútil neste momento. Atribuições deste deviam ser devolvidas ao próprio Presidente da República e algumas ao ministro de um aglutinado ministério de Plano e Finanças, fazendo desaparecer o actual Ministério de Planeamento. (Miradouronline-Dedé Moquivalaca – 11.09.2010)
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