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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Inflação está acima da previsão inicial

A DEPRECIAÇÃO do metical face ao dólar dos Estados Unidos e o rand sul-africano continua a ser factor determinante para a tendência inflacionista que o país está a registar, caracterizada pela subida generalizada, sobretudo de produtos básicos.
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2010:: Notícias
Informações divulgadas, ontem, em Maputo, pelo Banco de Moçambique indicam que, até Agosto, a inflação acumulada e homóloga se situa nos 12,12 e 17,08 porcento, respectivamente, muito acima das previsões iniciais do Governo que apontavam para um dígito.
Segundo o Administrador do Banco de Moçambique, Waldemar de Sousa, outro factor que tem vindo a pressionar o custo de vida relaciona-se com a chamada inflação inercial, ou seja, mesmo sem alteração dos preços no mercado os agentes económicos já têm incorporado uma expectativa de comportamento futuro dos custos dos bens e serviços.
A tendência inflacionista é pressionada pelas classes de alimentação e bebidas não alcoólicas e a da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis tiveram uma contribuição na inflação acumulada de 7,76 pontos percentuais e 1,08 ponto percentual, respectivamente.
Para Waldemar de Sousa, que falava na apresentação do “Preços e Conjuntura Financeira”, uma publicação trimestral do Banco de Moçambique, a autoridade monetária tem vindo a tomar medidas para conter a tendência de depreciação da moeda nacional, a ponto de nos últimos dias estar a registar-se uma tendência apreciativa do metical.
A título ilustrativo, o administrador recordou que entre Julho e Agosto voltou-se a assistir a uma nova perturbação no mercado cambial doméstico, com a taxa de câmbio a atingir o patamar dos 39 meticais por dólar, mas que até 20 deste mês a taxa do mercado cambial interbancário reduziu para 35,9 meticais por dólar.
Fruto das mesmas medidas tomadas, a taxa das transacções que o Banco de Moçambique realiza com os bancos comerciais e a taxa que estes efectuam com o público fixa-se actualmente abaixo de um porcento, contra 23 porcento anteriormente.
De acordo com Waldemar de Sousa, a balança de pagamentos, por razões imputadas à crise financeira internacional, está a enfrentar problemas, nomeadamente as exportações moçambicanas, excluindo os grandes projectos, que reduziram em 138 milhões de dólares, situando-se em 206 milhões, contra aproximadamente 220 milhões em igual período do ano passado.
Em contrapartida, as importações mantiveram-se mais ou menos inalteradas, embora com uma ligeira tendência para queda, ou seja, uma redução de apenas 5,5 porcento.
“Ao longo de quase todos os meses deste ano registamos um aumento da procura de divisas e concluímos que esse aumento esteve associado ao processo de importação de combustíveis líquidos, cuja factura para todo o ano de 2010 vai crescer para cerca de 540 milhões de dólares, após 340 milhões de dólares”, frisou Waldemar de Sousa.
Entretanto, o Banco de Moçambique, segundo o administrador, vai continuar a gerir a política monetária de forma prudente para conter a inflação e garantir a estabilização da moeda, para além de trabalhar para a desdolarização da economia e do reforço da coordenação das políticas monetárias do Banco Central e fiscal no quadro das medidas de contenção de preços.

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