Os postos de abastecimento da BP na província de Nampula continuam sem combustível. O problema começou no dia 6 e é decorrente das obras de reabilitação das instalações de armazenagem da BP no porto de Nacala, que obrigaram a empresa a paralisar o fornecimento do combustível aos seus retalhistas. Esta terça-feira, dia 21, a directora nacional dos combustíveis no ministério da Energia, Felisbela Cunhete, avançou que, na sequência da crise que se regista, os retalhistas deviam receber combustível de outros fornecedores - nomeadamente da Petromoc - para não faltar combustível a nível da região norte do país.
No entanto, mesmo tendo acompanhado as declarações da directora nacional dos combustíveis, os gestores das bombas da BP, na província de Nampula, dizem que precisam de uma autorização formal da BP antes de obedecerem a Felisbela Cunhete. Segundo referiram, as instalações onde funcionam são da BP e, nos contratos que celebraram para a sua exploração, existe uma cláusula segundo a qual, mesmo em situações de crise, não devem receber combustível de um outro fornecedor. Sendo assim, alguns retalhistas, que preferiram falar em anonimato, dizem que o ministério da Energia deve primeiro negociar com a BP que, por sua vez, deverá autorizá-los a comprar gasolina e diesel de um outro distribuidor. Os retalhistas temem, porém, que caso não seja esse o procedimento, incorrer numa situação de violação do contrato, o que pode culminar com a sua rescisão.
«OPaís»
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