O presidente do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, exigiu, ontem, a libertação imediata e incondicional dos cidadãos detidos na sequência das manifestações de 1 e 2 de Setembro promovidas por populares nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Chimoio, como forma de pressionar o governo a tomar uma atitude perante o elevado custo de vida.
"O facto de o governo ter reunido dias depois, e, nos últimos tempos, é um sinal inequívoco de que reconhece as falhas governativas, que se traduzem numa insatisfação generalizada."
"As políticas que o governo de Moçambique está a aplicar não conseguem dar vazão às necessidades da população, e os próprios membros do governo provaram, nas intervenções que vem fazendo, que ainda não há clareza sobre os caminhos a trilhar para reanimar a economia e redistribuir a riqueza", disse Daviz Simango.
Para o edil da Beira, não há necessidade de se continuar a privar a liberdade dos cidadãos, porque o governo é responsável pelas políticas insustentáveis que tem estado a levar a cabo.
Segundo um comunicado da polícia, 10 pessoas morreram, 27 ficaram feridas (incluindo dois agentes policiais) e 142 cidadãos foram detidos. Em conferência de imprensa, o porta-voz da Comando-Geral da PRM, Pedro Cossa, revelou que um posto de abastecimento de combustível foi queimado e quatro postos de energia foram derrubados. Registou-se, ainda, o saque de três vagões de milho na zona da Matola Gare, 32 estabelecimentos foram vandalizados, seis autocarros dos Transportes Públicos de Maputo foram vandalizados.
«OPaís»-
(MiradourOnline)
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