O MIRADOUR(O)NLINE pode revelar que ao contrário que se devia esperar, com um seguidismo que caracteriza grande parte dos músicos da nossa praça, o Edson da Luz "Azagaia", um jovem universitário decidiu-se marcadamente pela critica social em face desta segunda república multipartidária lançando "A Marcha".
Depois da "mentiras da verdade" aquilo que se considera uma crítica feroz ao poder do dia a medir pelo teor do texto lírico. veio rapper sob o nome de a Marcha. Revejam aqui a Marcha e dizer que esta não e' a primeira vez que estudantes daquele nivel já fizeram ouvir a sua voz com tanto cepticismo assim como a deste a apelar que se mude. Confira aqui o texto lirico. O artista deu uma entrevista a BBC que o Miradouronline deu conta cujos pormenores pode acompanhar aqui.
Ligado a esta estirpe de musicos criticos, um outro musico que foi outrora Secretário de Joaquim Chissano (PR) que cantava e animava os saraus estudantis no “Self” – uma residência estudantil da UEM - com liricas 'quentes'; ou seja, com mensagem foi Felizberto Felix – vencedor do primeiro Ngoma Moçambique.
A canção que não agradou o poder-do-dia de então foi a do "jogorro", que retratava a azafama do camponês que semeiava mas vinha a ave (jogorro) tratar da colheita antes dele la' nas terras chuabos. Quase que ficou banida da RM. Embora não cantasse como o seu irmão, o Helder Muteia, nunca ficou atrás na luta anti-establishment de entao, vincado pelo desfilar de seus versos de ‘alerta’. Um grande declamador! Quem faltava dos sabados no segundo andar do Self? Ninguém!
Muito boa análise, Dede. Sempre foi assim, a música sobretudo na África, é que mais conseguem transmitir a mensagem sobre os sentimentos populares quanto à atitude do poder. Dependendo dos tempos, a expressäo pode ser mais alta ou mais baixa, mas a dizer a mesma coisa. O falecido Salvador Maurício em Nampula com a sua líria: "O rato roeu tudo...", lá para 1981, referia-se ele do governo estabelecido e o estado da economia na altura. De facto, estes textos dão para um estudo profundo, embora, esse tipo de estudo seja homens livres e corajosos.
ResponderEliminarSe tiveres o texto lírico do Felisberto félix eu gostaria que mo enviasses.
P.S. apenas alguma correccão:
ResponderEliminarMuito boa análise, Dede. Sempre foi assim, os músicos sobretudo na África, é que mais conseguem transmitir a mensagem sobre os sentimentos populares quanto à atitude do poder estabelecido. Dependendo dos tempos e condicões políticas, a expressão pode ser mais alta ou mais baixa, mas a dizer a mesma coisa. O falecido Salvador Maurício, em Nampula, com a sua líria: "O rato roeu tudo...", lá para 1981, referia-se ele do governo estabelecido e o estado da economia na altura. De facto, estes textos dão para um estudo profundo, embora, esse tipo de estudo seja para pessoas livres e corajosas.
P.S. Se tiveres o texto lírico do Felisberto Félix, eu gostaria que mo enviasses.
Saudacões
Outra coisa!
ResponderEliminarEu queria colocar o servico de publicidade Ads google no meu blogue, mas tenho receio de fornecer os dados que me pedem, sobretudo, o bancário. Que me aconselhas?
De facto e' isso. Conheco a nampulense malogrado Savador Mauricio. Custou-lhe o poder na casa de Cultura de Nampula. Mas esta musica do FF (Felizberto Felix) e' em chuabo qualquer coisa "Kamu.... mudibaka, jocorro onakiwa! miyo dikwe, miyo dikwe" para dizer que "estou capinando a ave me arranca. Como e' que eu faco, morrer? Este e' apenas um trecho. E' pena que nem eu nem tu somos chuabos podiam chegar a mesma conclusao. Esta e' uma musica que ate' o irmao mais novo, o Biju nao editou essa musica na serie dos seus lanc;amentos dos anos transactos. Seria bom.
ResponderEliminarQuanto ao ads, isso e' da sua inteira e livre decisao. Medir or pros e cons e vai para aquilo que o achas que vale. Porue isto e' internet, meu irmao.