Motoristas do COJA terão novo salário
OS motoristas das viaturas que transportam os chefes de missões dos países que participam nos X Jogos Africanos retomaram ontem o trabalho, depois que a organização dos jogos aceitou negociar a alteração dos seus salários.
Os condutores tinham paralisado a actividade na tarde de terça-feira, exigindo o aumento da tarifa diária pelo serviço prestado, dos 450 meticais inicialmente previstos, para um mínimo de dois mil meticais.
No entanto, o porta-voz do Comité Organizador dos Jogos Africanos (COJA), Penalva Cézar, garantiu que aquela instituição estava a negociar com os motoristas para se chegar a um acordo em relação ao pagamento de um valor consensual.
No entanto, não confirmou e nem desmentiu que o COJA prometera pagar 450 meticais diários pelo trabalho dos motoristas. Escusou-se igualmente a comentar sobre a contraproposta que a instituição levaria à discussão, alegadamente por não ser prudente.
“Não é correcto falarmos de quantias a pagar quando ainda estamos em negociações, pelo que assim que a questão estiver resolvida nós anunciaremos, com todos os detalhes”, disse Penalva Cézar, falando ontem numa conferência de imprensa na Vila Olímpica.
A fonte especificou que foram ao todo 250 os motoristas que reivindicam o aumento de salários. Trata-se de condutores das 125 viaturas alocadas aos chefes das missões dos países participantes neste evento.
Em relação ao período de trabalho em prática, Penalva Cézar disse que “os motoristas, os chefes das missões e todos os membros das delegações sabem que o horário de trabalho é de oito horas como manda a lei laboral, mas há alguns que têm efectuado horas extras em consenso com as delegações”, explicou.
Entretanto, os motoristas entendem que o valor ideal para remunerar o serviço que estão a prestar deveria ser, no mínimo, dois mil meticais diários, o que, segundo Penalva Cézar, está aquém das capacidades do COJA.
A paralisação do trabalho ocorreu a princípio da tarde de terça-feira, situação que fez com que alguns delegados e chefes de missões não tivessem como abandonar a Vila Olímpica por falta de transporte. A situação ficou ultrapassada e ontem as viaturas já circulavam de e para os locais da realização dos jogos.
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