Caro Nelson,
Agradeço-te pela resposta as minhas cartas recentes. Agradeço também pelo conteúdo bem actual que trouxeste à ribalta. Afinal os agentes policiais protegidos pelo sistema são assim tão vulneráveis que não haja vocabulário que os descreva? Quanto à mim, o responsável, das tais mortes de cidadãos na Costa do Sol que nem sequer tiveram direito a defesa em juizo, é o próprio Ministro do Interior, José Pacheco. Se a justiça em pleno e a cultura de responsabilização funcionassem, Pacheco demitia-se enquanto cedo e deixava que a sua culpa fosse tratada pelos juizes e não os políticos. “Ninguém está acima da lei” dizia o então PGR-cessante Joaquim Madeira. Se estás recordado, Nelson, tal Ministro foi quem esteve por de trás daquela assasinatos macabros bem recente nas celas de Montepuez, em Cabo Delgado, onde ele exerceu o cargo de Governador (militar?).
Agradeço-te pela resposta as minhas cartas recentes. Agradeço também pelo conteúdo bem actual que trouxeste à ribalta. Afinal os agentes policiais protegidos pelo sistema são assim tão vulneráveis que não haja vocabulário que os descreva? Quanto à mim, o responsável, das tais mortes de cidadãos na Costa do Sol que nem sequer tiveram direito a defesa em juizo, é o próprio Ministro do Interior, José Pacheco. Se a justiça em pleno e a cultura de responsabilização funcionassem, Pacheco demitia-se enquanto cedo e deixava que a sua culpa fosse tratada pelos juizes e não os políticos. “Ninguém está acima da lei” dizia o então PGR-cessante Joaquim Madeira. Se estás recordado, Nelson, tal Ministro foi quem esteve por de trás daquela assasinatos macabros bem recente nas celas de Montepuez, em Cabo Delgado, onde ele exerceu o cargo de Governador (militar?).
Deixemos para lá isso Nelson, agora veja o que nos trouxe um tal ministro sudanês para estas bandas no Sábado passado!? Um pedido de ajuda ao Governo de Guebuza para evitar que o líder militar do Sudão, O. A-Bachir, não responda pelos crimes contra a humanidade e genócidio praticados na província sudanesa de Darfur. Irónico não é? É pois, porque a ter em conta o passado do nosso ‘camarada’ e inquilino da Ponta vermelha em Maputo, não terá a força moral para aconselhar a quem quer que seja sobre conflitos de género. Ele tem sangue nas mãos que a todos nós nos envergonha, desde os 20/24, operações produção e agora os crimes de natureza económica lesivos à ‘belo Moçambique’. Olhe só na felicitação ao Mugabe, o outro déspota!
Deixemos também para lá isso Nelson, para nos concentrarmos na semana política nacional. As autárticas estão a mexer. Ao que tudo indica os registos dos candidatos já arrancaram hoje (6/08/08), depois da apresentação formal dos candidatos às mesmas. O que me põe um pouco preocupado, Nelson, é esta atitude de alguns elementos do partido no poder. Teimam em perseguir, intimidar e maltratar os membros da oposição. Pelo menos é isso que está acontecer nos vários cantos do país, com particular incidência em Nampula, o maior circulo eleitoral.
A tudo isto que assistimos, somado ao histérico e desusado movimento dos homens da nomenkalatura pela províncias, das guerras intestinais que se apegaram do Partidão à mistura, às querelas pelo ‘tacho’ que põem frente-a-frente os primeiros secretários, administradores distritais, secretários permanentes e os edis da Frel, são o pronúncio de que temos ainda uma longa caminhada para debelar o fenómeno de corrupção e nepotismo entre as camadas dirigentes deste país. Mas, são a indicação da necessidade de mudança que deverá exigir o concurso dos moçambicanos que amam de facto a sua ‘pátria amada’.
Vou terminar, Nelson, dizendo que a ‘passeata presidencial’ está aí, agora no Maputo-província. Quais os resultados tangíveis ela já produziu pelos rios de dinheiros gastos nessas viagens, quer em aluguer das aeronaves e helicópetros, quer em alojamento e alimentação? A resposta é o tão miserável e simples: nada. Vemos e sentimos, pelo contrário, o esforço de propaganda e a tentaiva de queimar etapas por parte de um único contendor para renovar ou chegar ao poder com as eleições à porta, já que tudo indica são, à partida, desfavoráveis ao mesmo.
Tenha uma boa semana.
Tenha uma boa semana.
Abraços do teu,
Dedé
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