"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

domingo, 31 de agosto de 2008

Dono do Website Ingushetia crítico ao regime de Moscovo morto hoje



…na Rússia. Um sinal para os moz-bloggers. Que ter um blog pode ser um perigo de vida, sobretudo num ambiente em que o poder do dia é intolerante as vozes que lhe são crícicas.

O proprietário de um site da Internet da oposição incómoda ao regime de Moscovo na região de Ingushetia de Rússia, Yevloye, foi um crítico vocal do líder apoiado pelo Kremlin Murat Zyazikov de Ingushetia. O dono da página da Internet da oposição situada na região incómoda de Ingushetia de Rússia foi mortalmente atingido hoje domingo, após polícias o deterem, seus colegas informaram.

Magomed Yevloyev, proprietário do site de Internet de Ingushetiya.ru, era um crítico vocal da administração apoiada por Kremlin da região, que é acusada por críticos de esmagar o dissentes e o discurso livre. Interfax citou o escritório de acusação russa, como tendo dito que uma investigação na morte tinha sido lançada.

Uma postagem na página de Yevloyev, que foi objecto de tentativas oficiais repetidas de o encerrar, informa que o blogário encontrou a morte após polícias o deterem, quando aterrou no aeroporto de Ingushetia. A postagem ainda informou que Yevloyev, foi submetido a um exame no hospital mas morreu dos ferimentos contraidos. O site convidou também “todo o aqueles que não são indiferentes” a sua brutal morte a recolher para uma demonstração em Nazran, a cidade a mais grande de Ingushetia.

Confira aqui e aqui a esta notícia dramática, que não pode passar indiferente aos moçambicanos, sobretudo, quando, no país os jornais independentes e blogues andam, sob forte e crescente ataque do regime do dia de Maputo.

Carta do meu amigo Nelson, no Chitengo em Gorongosa (6)





As diferencas e semelhancas entre FRELIMO e RENAMO

Amigo, vim passar o final de semana na Beira. Interessa-me trocar de ares. Me ajuda a temperar a alma para a longa semana de trabalho. Essa semana também é de muitos testes na faculdade e estou bem apertado.
Dede um pouco por toda Beira anda uma agitação resultante da decisão de Manuel Pereira ser o candidato da RENAMO pelo munincipio da Beira no lugar de Deviz Simango.
Fala-se e muito de "primarias" eleições internas, "vontade das bases" e bla, bla mas eu acho que existem gatos escondidos nesses matos.A dias se "gritava" em torno da derrota de Eneias Comiche. Falou-se que a Frelimo estava se "suicidando", queria dar lugar a corruptos, retirando Comiche que tinha mostrado serviço e bla, bla...Que Comiche estava pagando pelos seus pecados, por ter "resistido" a nomeacao da governadora da cidade.
Houve quem achou que que Comiche devia ter "tomates" e candidatar-se independentemente para mostrar a quem não quer ver, oque os munícipes das acácias querem para eles. Falou-se então que não há democracia na Frelimo enfim falou-se e ainda se fala.
O semanário Domingo disse que se tratava da vitoria da politica sobre o tecnocracia. E eu amigo Dede so me perguntei se nessas decisões de quem concorre, quem se torna presidente os munincipes entram na historia.
Hoje o vento chegou na Renamo, chegou no Chiveve onde se estava certo(me lembro Dhlakama ter confirmado) que Deviz Simango seria o candidato pela Renamo. Agora se diz que "a vontade das bases" pendeu para Pereira. As mesmas bases que a dias saíram a rua para se manifestar contra a decisao. Amigo queria que me explicassem, com desenhos se possível esse negócio de "bases" oque pensei que era, parece já não ser.
Vejo em tudo isso muita semelhança entre a Renamo e a Frelimo.Não existe democracia nem num nem no outro. Manda quem manda, como manda e o resto obedece mesmo quando sabe que se esta afundando o barco.Fica claro amigo, que nessas decisões, os munincipes e suas vontades não contaram de nadinha. Os decisores decidiram e prontos esta decidido o resto que se dane. Me deixe ficar por aqui.
Abraços do Chiveve.
P.S: Parto essa tarde de regresso ao Chitengo. Carregando dor. Transtornou-me a noticia da Morte do Grande David Aloni. Vou querer ter detalhes. O que lhe tirou a vida.
PS: Das causas do passamento do Dr. Aloni, sao o que todos estamos ansiosos em saber. Tenhas uma boa viagem Nelson! (Dede)

sábado, 30 de agosto de 2008

Faleceu David Aloni?




...da Renamo

Informações não confirmadas indicam que faleceu a princípio desta noite (30/08/2008) o Dr. David Aloni, membro sénior da Renamo e ex-deputado da Assembleia da República. Desconhecem-se até então os motivos do seu passamento, ao que se aguardam mais dados sobre esta triste notícia. Este passamento vai, de certeza, abre uma ruptura no tecido intelectual política da Renamo, sabido que Dr. David Aloni foi, em vida, das vozes bem formadas e informadas dentro do movimento da resistência nacional contra o regime da Frelimo, embora nos últimos anos, a sua intervenção no campo político tenha sido algo ténue. Confira a mesma história onde foi extraida: aqui.



MENSAGENS DE CONDOLÊNCIAS

Jonathan McCharty (Engenheiro) disse...
Esta e' uma noticia triste para o pais! Este celebre homem nao pode ser reduzido a apenas membro da Renamo, mas ser lembrado como um intelectual e cerebro desta nacao!Descanse em paz David e que Deus te receba nos seus aposentos! Ao Paulo, Carlitos e Jonito (seus filhos) vao os meus muito sinceros pesames, neste momento de dor, nao muito distante do da perda da vossa mae.

Ivone Soares (Gab. Rel Exteriores-Renamo) disse…
Estamos de luto: David Aloni, pessoa que estimava e amava pela integridade do seu ser, faleceu hoje. Ilustríssimo, assim chamei-lhe sempre, estou profundamente chocada. Palavras para descrever-lhe faltam-me. Ainda ontem falei-lhe de quanto admiro a sua honestidade e num tom brincalhão perguntou-me: "o que é ser honesto?" Ser honesto é não vender a sua dignidade e isto sempre soube. Terei-lhe sempre uma linda recordação, e recordo-me de me ter dito: " o meu maior desgosto seria morrer sem ver a RENAMO no poder"!Dói-me a alma...

Carlos Serra (Docente/Investigador) disse...
Ivone, acabo mesmo agora de saber por si da triste, tão triste notícia. Por favor, enderece à Família os meus mais sentidos pêsames. Estou muito triste também.

Nelson (Assistente Social) disse...
Oi Ivone. Que noticia mais triste. Que perda mais irreparável. Conheci o Dr. David Aloni em Quelimane. Os seu meninos me foram colegas de escola na 25 de Setembro. Li com muito gosto oque ele escrevia para o Zambeze e hoje me choco com a noticia que partiu e para sempre. Os meus sentidos pêsames. Que a sua alma encontre o descanso merecido. Que o seu exemplo de honestidade e integridade seja seguido.

Reflectindo sobre Mocambique (Diaspora) disse...
Morreu o Dr. David Aloni. E para já não tenho mais palavras e nem consigo mais, mas volto.

Ximbitane (Docente) disse...
Mestre (Reflectindo sobre Mocambique), tomei conhecimento a pouco da morte do profeta Aloni! Sentidas condolencias.
Manuel Araujo (Deputado) disse...
Acabo de receber ums sms de um amigo informando-me de que faleceu esta noite o ex-deputado da AR pela Bancada Parlamentar da Renamo, Dr. David Aloni. Aguardamos pela confirmacao desta triste noticia, que deixa o pais, e a oposicao sem um dos seus mais ilumidados filhos!
INFORMACAO
Ivone Soares deixou um novo comentário na sua mensagem "Faleceu David Aloni?": Ilustre, o enterro do dr David Aloni será no dia3/9/08. As 13.30H velório na sala nobre do Municipio de maputo, às 15:30h enterro no cemitério de Lhanguene.

O que não disse

... Do recanto emocional onde repusam os Rabiscos da Soares (na foto) retirei o um poema lindo e profundo, que urge esta postagem:



O que não disse

Não disse o quanto te quero
Não disse
Não por capricho
Não por ingenuidade
Não por incapacidade
Não disse
Hoje
Não disse
Porque sabes
Sabes que te quero
Sabes sim...
Sempre ao quadrado!
Naquele dia não disse
mas, hoje, entre traumas e dramas
quero-te digo
Minha alma linchada parece
se de de tiquerer sem fim
Naquele instante em que teus olhos cruzei
momentaneamente paralisei todos sentidos
reanimada estou
mérito teu...sabes, agora em viva voz digo
raíz quadrada de mim... sempre serás.
Não ponto final, pois sabes:
reiniciamo-nos a cada fim do início.
Ivone Soares

Guebuza defende-se do caso Comiche, em Inhambane

…face ao avolumar da onda de condenações sobre a maneira como foi este último atirado para fora da corrida às próximas eleições no Município de Maputo. Passo com a devida vénia passagens de uma entrevista a AEG ao notícias (29/08/2008):


“O PARTIDO Frelimo considera que a derrota de Eneas Comiche nas eleições internas realizadas semana passada no Comité da Cidade de Maputo para a indicação do seu candidato ao cargo do Presidente do Conselho Municipal não tem nada de anormal, pois trata-se de um exercício democrático previsto nas directivas desta formação política.

O Presidente do Partido, Armando Guebuza, disse em Mabote, Inhambane, que “a Frelimo reconhece o trabalho positivo realizado por Comiche, o que ainda vai fazer, o que ele é capaz de fazer. Todavia, no nosso partido as normas orientam que a eleição para lugares de chefia obedecem a um processo eleitoral, da base ao topo”.

Guebuza acrescentou que Comiche, que é membro da Comissão Política, “não se sente diminuído por isso, porque todos reconhecemos as suas qualidades e capacidades”. Explicou que no seu partido as decisões são tomadas em colectivo e não apenas pelo presidente, diferente de uma instituição administrativa, onde o responsável manda e os outros são conselheiros.

“Aqui, a Comissão Política toma decisões que até podem ser diferentes do posicionamento do presidente. As normas foram aprovadas em todo país, a partir da célula, para serem cumpridas por todos”, disse. Num outro desenvolvimento, Guebuza fez saber que os membros da Comissão Política não passam pelo processo eleitoral para deputados de Assembleia da República em caso da vitória da Frelimo. Eles são automaticamente designados cabeças de listas, no caso das províncias onde tenham liderado o processo de trabalho antes do escrutínio.

Recorde-se que Eneas Comiche, presidente do maior município do país, Maputo, foi semana preterido pela força do voto na sua pretensão de se candidatar à sua própria sucessão, a favor de David Simango, actual ministro da Juventude e Desportos.” Fonte?foto Noticias

Minhas inquietações e devaneios sobre o candidato Manuel Pereira da Renamo para as municipais da Beira


Busílis do problema

Impõe-se-nos traçar aqui dois momentos, em que, nesta marcha de partidos às próximas eleições locais e geral, se enquadram. Primeiro, o adiamento sucessivo pelo presidente da República, AEG, dos pleitos no ano passado e nos meados do início do ano. A justificação dos adiamentos e, por aquela via, a discricionária executiva posição do chefe do estado foi o respeito das festas dos religiosos, neste caso os que professam o islão. Isto por um lado. E, por outro, veio à mente lhe veio a justificação de financiamento e deficit do número de recenseados até então.

Impõe-se-nos, ainda, ter presente que o chefe de estado não se referiu, em momento algum, sobre a necessidade de um lapso de tempo para ‘reorganizar a máquina’ dos partidos para, democraticamente, apurar aqueles que iriam ser os candidatos aos pleitos eleitorais que se avizinham. Para dizer que, a preparação dos partidos, para as eleições ficou implícito naquelas decisões transcorridas. O que quer dizer ainda que, se as eleições tivessem tido lugar nos períodos previstos, nem a Frelimo, nem a Renamo, nem ainda outros partidos estariam preparados para concorrer. Daí a esta parte é que, de facto, começamos a ver um movimento mais acutilante e desusado deste e daquele partido, mas sem que pudéssemos discernir o que os partidos estão tangivelmente a fazer, na direcção de eleições livres e transparentes, quer na selecção dos candidatos, quer nas próprias eleições locais e gerais.

Houve “eleição”, “Selecção” “endossamento” e/ou “indicação” interna de candidato Manuel Pereira (na foto)? – (Etiquetas múltiplas que se auto-excluem para um mesmo problema)

Convinha, à jeito de contextualização, centrarmo-nos naquilo que se passou nos aposentos da Renamo, uma vez já termos tecido referências à Frelimo e seus candidatos algures recentemente. Afigura-se-nos imperativo reiterar, aqui e a bom som, que aquilo se nos deixou testemunhar o resultado das pseudo-eleições das lides e entranhas do “Partidão” perfaz uma quimera, da qual não se pode embandeirar em arco. Falar de democracia, na atinente acepção que encerra o verbo, e fazer democracia sui generis, sem nuance draconianas, não foi palavra de ordem. Operou-se à ilharga do básico que uma democracia deve comportar. Para nós, é repugnante contemplar o espaço que cremos democrático, como uma simples miragem!


Que factores precipitam a aparente crise na Beira?

Desemboquemos então naquilo que é o objecto deste artigo, questionando o seguinte.

· O que se passou nas confluências interiores e baixas do maior partido da Oposição que levou a eleições/indicações internas dos candidatos as eleições municipais?
· Será esta a maneira mais sábia, transparente e democrática de apurar os concorrentes do partido?
· Qual é o papel dos líder do partido neste processo de eleições, de escolher, indicar, ou endossar os candidatos?
· Quem são as “bases do partido Renamo” de que o senhor Manuel Pereira, e que queriam a sua candidatura?

Não vou propositadamente me lançar na procura de respostas das perguntas acima, mas há aspectos que merecem um reparo de modo como os processos de eleições são dinamizados nos partidos. A partir do momento que um partido é registado como devendo operar legalmente neste país, tem obrigações superiores de abrir as portas, ao público membro e não membro, para o que se está a cozinhar nele. Chamo a atenção, para o facto de, não me estar a referir de tácticas e estratégias de ganhar as eleições, que para mim é segredo da vitória. Não obstante a isso, quando se cria uma vitrina opaca entre os eleitores e as direcções do partido, quanto aos processos de eleição e outros, tal não é democrático, pois se configura numa obscenidade sem paralelo, e como tal, indescritível. Por baixo desse processo rocambolesco não há nada! O que existe, se não estou errado, são as chamadas “bases políticas”. As tais “bases políticas” de facto, não existem. O que existe é um ‘exército’ de pessoas que se acha no direito de fazer a vez do eleitor no momento sagrado do depositado do voto. São as tais “bases políticas” da Frelimo e de certo modo da Renamo.

Na ausência de um processo transparente, democrático e credível, o país parou para ouvir que o melhor entre os melhores edis do país, Eng. Davis Simango, fora posto fora da corrida as eleições na última quinta-feira. O que se alega é o facto do jovem engenheiro não ser da Renamo (?) e que as ditas “bases políticas” apostarem na figura do deputado Manuel Pereira. Ao que percebemos, não houve eleição interna nenhuma. Manuel Pereira foi seleccionado em detrimento do Simango. O que custa é, de facto, perceber sobre quem de facto selecciona quem, para um cargo, tão púbico, que é o de edil de uma cidade, como a Beira, onde vivem milhares de cidadãos. É o líder da Renamo? É a comissão política, que há muito não se reúne? É a conferência nacional, que faz tempo que se reuniu? Que selecciona quem na Renamo, para edil?

Confrontemo-nos com a realidade! Davis Simango já não é pela “Perdiz” o candidato par'o bem cobiçado cargo de edil da Beira. Com Simango jaz um rio de amarguras. Com Simango sofrem os eleitores beirenses. Com Simango há também uma experiência e uma esperança. Foi um líder que mostrou suas qualidades, honestidade e humildade. Davis Simango cumpriu com o seu manifesto eleitoral (RM, 30/08/08), ficando assim 'com eira e com Beira', muito acima daquilo que foi antes. Simango declinou, no entanto, confirmar seu afastamento da corrida a edil da Beira, respondendo às perguntas da RM-Jornal. Mostrou-se, contudo, "satisfeito" pelo seu mandato, e que sai “feliz por ter contribuído para a sua Beira e os beirenses”, como o citei ipsis verbis.

O que resta à Davis Simango? (assumpções hipotéticas)

Se querer ser o apóstolo da desgraça, é necessário equacionar o futuro de Davis Simango, pese embora ele próprio não o faça para descartar especulações e exageros. Para mim quatro cenários se desenham no horizonte:

O primeiro pretende-se com um acatamento da dita disciplina partidária e deixar que as coisas rolem à bel prazer de um factor exógeno a influenciar seu silêncio e, espere outras oportunidades que o partido Renamo lhe oferecer;

A acção oposta ao que mencionei acima, pode ser aquela de um Simango inconformado, disposto e espevitado no âmago crise da qual repousam respostas, como uma candidatura independente ao município do Chiveve; já que a lei lhe assiste nesta matéria;

Não parece que Simango, jovem que é, contemple por ora uma reforma da vida política activa. Pode ser que, se a razão imperar no seio da Renamo e pelos créditos de ter sido o melhor edil, o mesmo possa seja chamado a liderança da Renamo, para os desafios eleitorais vindouros que vão, de certeza, requerer pujança e vibração política. Ele pode ser, enfim, a requerida pedra-de-toque incontornável.

Expostos que são estes cenários, subsiste a questão de quanto é avanço democrático no seio da Renamo, para permitir que haja uma saída airosa desta aparente crise. Senão de nada vale todo o esforço de todos quantos sacrificaram suas vidas, para ver “tal democracia que não seja apenas de África, tão-somente da Europa”, vingar e prevaleçer em Moçambique. Ma nada.
Foto Noticias

Discurso de aceitação para candidato democrático, de Barack Obama para o pleito eleitoral americano (Novembro, 4)

…No final da sua Convenção Nacional (Congresso) na passada quinta-feira. Para conferir abaixo:

Fonte YouTube

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Manuel Pereira lidera campanha a edil da Beira


...No pequeno recorte abaixo, o Meu Ser Original, da Ivone Soares, parece que esta confirmar o que antes eram boatos. Mas, quando se pretende acessar o pormenor completo, puxa-nos para o vazio. Espero que a Soares repare o link.


PS: O que esta 'captura' ao senso comum de que Deviz Simango seria o edil para Beira significa? Temos que encontrar respostas.

Como falar de Samora? (1)


… quando nos preparamos para assinalar mais um aniversário natalício a 29/9/2008, se em vida.

A contagem decrescente para aquilo que seria o aniversário de Samora Moisés Machel começa hoje aqui no Miradouronline. Destacar a vida e obra de Samora Machel não se faz numa simples postagem, nem numa série. Há muito que devemos aprender sobre o que foi a figura de Samora em vida. Samora como jovem nacionalista e guerreiro foi uma faceta da sua vida. Samora como o primeiro presidente e sua governação foi outra. Sua vida social e familiar constitui uma vertente interessante. Com destacar, enfim, uma figura que dominou os primórdios da nossa Independência política do jugo colonial e virou o país um bastião do socialismo e do despotismo. Como destacar as qualidades dum homem que foi dono deste país, do governo, da Frelimo, da OJM, dos sindicatos, e de quase tudo.

Mas como compreender que, no meio de toda essa centralização do poder, não havia o que vemos e passamos hoje: a corrupção e o nepotismo. É uma vida cheia de verdades e inverdades que o Miradouronline procurará explorar até ao aniversário daquele que foi o nosso primeiro Presidente da República: Samora Machel.

McCain escolhe seu par na corrida para as presidenciais americanas



... Um tesourada a Obama


John McCain, um dos aspirantes a casa branca pelo Partido Republicano fez uma escolha surpresa de Sarah Palin, a Governadora do Estado de Alasca, como sua colega na corrida. Ao 44 anos de idade, ela é mais nova do que Barack Obama e é creditada com as reformas durante seu primeiro termo, mas é relativamente desconhecida na política nos E.U.A. O Sr. McCain vai apresentá-la numa das suas campanhas em Dayton, Ohio, já que hoje comemora seu 72ndo aniversário. Leia mais sobre o assunto aqui e aqui para o video.

Carta do meu amigo Nelson no Chitengo, Gorongosa (15)


Meu caro Nelson,

Faço votos que estejas gozando de uma boa saúde. Por cá a família e eu vamos indo aos empurrões, como se sabe dizer. Nelson, andei a refletir sobre o teu “diário de estudante” e notei que, nos meus tempos da UP, o meu diário não era tão virtual assim. Cheguei a UP, ou pelo menos ligado a ela depois de um ensino secundário lá mais a norte da terra que nos une, onde bebi muito o leite “bebê holandês”. Recordaste deste leite? Agora não há, acabou! (diz a minha petiz aqui em casa).

Nelson, inda que tradicionalmente, meus pais me introduziram ao país europeu chamado Holanda, de uma maneira muito amorosa e, até certo modo, sentimental. O leite “bebê holandês”, que foi a preço acessível, nos fortificou os ossos com o seu cálcio e proteínas, enquanto crescíamos. Agradecemos a Rainha e o Rei da Holanda por nos introduzir ao seu Reino de maneira muito humana e carinhosa. Foi à infância lá dos anos 70.

Já crescido (eu), jovem e a mexer com os livros, eis que me apresentam novamente a Holanda. Desta vez foi na UP, onde fiz o meu cursozinho de professorado para o secundário. Quem me ensinou continhas foi um professor holandês. Será uma coincidência (risos)? Pelo sim ou pelo não, foram bons momentos a beber, não do leite, mas dos saberes holandeses. Para ti dizer a verdade Nelson, houve por aí tantos professores holandeses. Mas houve um, P. Gerdes, cuja dedicação a Moçambique e a investigação lhe valeram o cobiçado cargo reitor da Uni. Pedagógica (nessa altura dizíamos ISP). Nós os estudantes chamávamos a ele de Nhantumbo ou Nivaravara (como muitos o chamavam). Não me perguntes por que razão, eu não vou saber ti responder.

Pois bem então, o que é importante frisar aqui é o facto de, enquanto o investigador se preocupava com a sua etnomatematica, o seu vice-reitor, Nguenha, ia fazendo a vez noutras tarefas. Neste caso o Dr. Alcido Nguenha ocupava-se plenamente da área da administração e finanças. Estas a ver o ‘game’ aqui, Nelson? O reitor não estava a par do que se passava naquele domínio.

Com este fechar dos olhos de Nivaravara, ocorreu um ‘rombo financeiro’ na Uni. Pedagógica, do qual o Partidão foi o maior beneficiário, com a urgência do financiamento das eleições em 1999, das quais JC controversamente saiu vencedor. Nguenha beneficiou-se duma promoção a ministro. Dirigindo um ministério, continuou a ficar com a boca aberta para cima, para indevidamente chupar do leite holandês (como aquele que já chupei, mas mais adocicado), dinamarquês, e por aí fora, sem que fosse detectado. Já estás lembrado do caso ‘bolsas de estudo do ministro para seus familiares directos’ veio ao foro bem público. Isto custou a Nguenha o emprego ministerial e do Governo no geral, sem sombras de dúvidas. Mas ele não se redimiu do seu erro, tão pouco os colegas que com ele dilapidaram o tal erário público. O que vimos foram transferências pelas entranhas do Governo; com uns, a dirigirem empresas e outros, em posições de destaque em instituições governamentais, sob o olhar impávido da nossa Procuradoria da República (Ministério Público), esta, que palha nenhuma mexeu, até hoje que ti escrevo.

Custa-me perceber, Nelson, com um Ministério Público a reboque do Governo pode ainda encontrar forças de procurar resolver outros pendentes bem atuais, no BA, Siba-Siba, BCM entre outros. Mas, agora chega. Sabemos que os governantes nunca vão reconhecer. Destes tipos não virá um meã culpa, meu Nelson. Os moçambicanos estão vestidos de vergonha com um Governo corrupto e nepotista que têm. Os moçambicanos também sabem que tal corrupção tem sua gênese. Sabem ainda os moçambicanos que o epicentro dessa corrupção e nepotismo reside naqueles que um dia proclamaram a luta cerrada contra o “deixa-andar” e em cadeia-única repartida, descendo para os meandros dos camaradas nos locais, por exemplo, com a ‘maka’ dos sete mil. Ao menos, diga (o Governo), que rouba ao contribuinte de ‘impostos’ das outras nações e peça a que seja perdoado (don’t fool yourself). Agora, mentir que não foi notificado pelos doadores, quando na verdade o foram aos 22 de Maio, não fica bem ao Governo. É simplesmente arrepiante e mau exemplo. Aliás, não mentir é uma virtude.

Já à porta do fim de semana, porque não virar os holofotes às grandes manchetes da semana. As tão dirimidas eleições internas que muito dão que falar.

Um abraço

Dedé

Será que Luísa Diogo, PM, conhece bem o homem com quem partilha a cama?*

…Compulsando o magazine “Prestigio” onde ela diz que o marido tem medo de violência. O assunto foi retomado pelo Canal de Moçambique/Celso Manguana, do qual extraímos o trecho abaixo.

Albano Silva não foi comando mas foi dos GEP´s do exército colonialA primeira–ministra do Governo de Moçambique, Luísa Diogo, veio recentemente a público desmentir o que até agora o visado, o seu esposo Albano Silva, ainda não o tinha feito. Em entrevista à edição mais recente da revista «Prestígio», Luísa Dias Diogo disse:

“Albano Silva tem muito medo de violência. Demonstrou isso quando lhe recrutaram para ser comando. Recusou até as últimas consequências, inclusive sofreu castigos, violentos, porque recusava entrar para uma força de elite e extremamente violenta”.*
No entanto os factos parecem indiciar que a primeira-ministra do Governo de Moçambique não conhece o passado da pessoa com quem partilha o mesmo leito há vários anos pois aquando do recente julgamento do «caso do atentado contra Albano Silva», caso esse em que todos os réus foram absolvidos, o próprio “advogado à americana” como já o catalogou um articulista do jornal «Domingo», disse qualquer coisa como que pertencera a um comando e que entendia bem de armas e que matara muita gente em combate.
Alguns anos antes, mais precisamente em 2006, Salomão Moyana, actual director do semanário «Magazine Independente» escreveu no jornal «Zambeze» quando era director deste hebdomadário que “Albano Silva serviu fielmente o Estado português, como Alferes-miliciano dos GEP- Grupo Especial de Pára-quedistas uma força militar de elite, para a qual se entrava em regime de voluntariado, para quem achasse que o SMO não lhe satisfazia os apetites, e especialmente concebida para matar populações moçambicanas suspeitas de apoiar a Luta de Libertação Nacional”.Que se saiba as palavras de Salomão Moyana nunca foram desmentidas pelo ilustre e proeminente advogado Albano Silva.Quem mente?Perante os factos reportados, a questão que se coloca agora é saber quem estará a mentir. * Meu titulo e destaque.

Será que as reais “Bases” da Frelimo são tão más assim?


…que desconheceram o bom desempenho de Comiche

Reflecti esta manhã sobre tua passagem dum artigo da Zenaida Machado, sob título “Afinal quem são as tais "bases"?” ao propósito das turbulentas eleições internas no seio do Partido Frelimo para apurar um candidato à edil da Cidade de Maputo. Num ponto a Machado menciona que "Eneias Comiche perdeu por uma larga diferença de votos cedendo assim, o lugar para David Simango". Está bom que a larga diferença terá ditado a derrota da Comiche. Neste mesmo ponto algo me foi inquietando, até que me levou a inquirir.

Mas qual foi amostra/fasquia que estava na base desta diferença? 89 Eleitores serão representativos dos cerca do 200 mil militante e membros em quantidade e qualidade que andam pela cidade fora, que a Frelimo clama, amuidemente, e de viva voz, que tem?·Ninguém questiona que um processo comece das “bases” até a final que houve lá nas TDM (e isso é reiterado no blog pró-Frelimo Voz da Revolução). Como foi processo? Com quem foi? Quem vota/ou lá' nas “bases”? Duvido que sejam estes 200 mil populares membros/militantes que o partidão diz ter. Quem então votou para fora, o Dr. Comiche? De certeza absoluta que não foi o pacato membro e militante da Frelimo. Conheço muitos nesta cidade, que tiveram esse direito negado.

Por isso, concordo com a tese da 'encarnação' do votante, que passou por cozinhar resultados através/com/pelos secretários da Frelimo espalhados dentro e fora do aparelho do estado, para ver Simango a espezinhar e humilhar Comiche. Será que as reais “Bases” da Frelimo são tão más assim?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

“Perdiz” quer governar em mais espaços municipais após se inscrever na CNE, conforme Ivone Soares


...Chefe da “externa” e do Gabinete eleitoral desta maior organização partidária da oposição moçambicana


Segundo o Canal de Moçambique, “o partido «Renamo – Resistência Nacional de Moçambique» foi ontem de manhã, quarta-feira inscrever a sua candidatura nas instalações do «CNE – Conselho Nacional de Eleições» para concorrer nas autárquicas municipais de Novembro de 2008. Em contacto com a respectiva porta-voz do Gabinete Central de Eleições, Ivone Soares, esta disse que "os munícipes moçambicanos vão testemunhar a entrada da Renamo em mais municípios do país e por isso estamos a proceder à nossa inscrição".

"Já governamos cinco municípios do país, a Cidade da Beira, Marromeu, Angoche, Ilha de Moçambique, e Nacala como também pretendemos aumentar o número de municípios sob nossa governação uma vez que são considerados exemplos de boa governação no país", disse Ivone Soares. Ainda segundo ela "em breve anunciaremos a data de apresentação dos candidatos que vão concorrer nas 43 autarquias municipais". Frisar que para se concorrer nas autarquias municipais os partidos concorrentes tem que estar munidos de requisitos tais como a sigla do partido, emblema, estatuto, certificado de registo e resolução do conselho nacional.

Questionada sobre o que estão a fazer em torno do processo autárquico, Ivone Soares disse: "internamente estamos num processo extremamente avançado mas decidimos para já não fazer qualquer aparato publicitário dos candidatos". Ivone Soares disse ainda que “em breve” as listas dos candidatos concorrentes às autarquias municipais e membros das assembleias municipais serão do domínio público.

Segundo fontes próximas do partido Renamo, são potenciais candidatos a candidatos pela Renamo à presidência do Municípico de Maputo nas próximas eleições municipais, três candidatos: o actual porta-voz do partido, Fernando Mazanga, Jeremias Pondeca, membro do Conselho de Estado e delegado do partido na cidade capital do país, e o deputado da Assembleia da República pela Renamo, Dr. Eduardo Namburete. O mais provável candidato destes três é este último, que é natural da cidade e um muito apreciado comentador da STV, com credenciais como docente universitário.

De referir que o partido presidido por Afonso Dhlakama está a governar actualmente cinco autarquias municipais, designadamente a Cidade da Beira e a Vila de Marromeu, na província de Sofala, e as cidades de Angoche, Ilha de Moçambique e Nacala-Porto, todas elas na província de Nampula.” (Canal de Moçambique/Conceição Vitorino/foto MeuSerOriginal)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

É necessário abrir portas à democracia na Frelimo (Resposta a Voz da Revolução)


… porque, neste momento, estão fechadas à sete chaves


(Do artigo Compulsando ainda dos 53 eleitores que votaram à David Simango nas eleições internas da Frelimo? [Confira Reacao da Voz da Revolucao]

Um grupo que se auto-intitula Voz da Revolução – ala do partidão (VR-ala), entendeu que devia pôr a capa do tal partidão, para chamar a este blogue “pró-Renamo”, no seguimento às verdades que considerou “virtuais” sobre a batota que se registou nas recentes eleições no Municipio de Maputo, em que os protagonistas foram o Dr. Eneas Comiche (actual edil), o dr. David Simango (actual Ministro dos desportos e juventude), bem assim da senhora Generosa Cossa (Actual Presidente da Assembleia do Conselho Municipal da Cidade de Maputo).

Para já, quero agradecer a forma expediciosa da “réplica” (Resposta?) a este sitio, e explicar reiteradamente, que este não é espaço nenhum pertencente à pretensos partidos ou alas dos mesmo, como a VR-ala e seus ‘escribas’ o são. Nessa posição de finados (de uma das alas) do partidão, os camadaras da Voz da Frelimo digo Voz da Revolução, foram a procura de mal menor no artigo do Miradouronline para o dramatizar e amplificar. No entanto, ficaram por responder os reais motivos e o búsilis da questão que levou a este descalabro eleitoral, no seio da Frelimo, culminando com a remoção compulsiva de Comiche. Eu pelo menos, fiquei tremendamente chocado e amargurado, com esta situação todo, muito embora não milite no partido dos camaradas e nem o que VR-ala penso que eu me encontro filiado.

Para não fugir ao bom senso, gostaria de responder aos ‘equivocos’ encontrados no sítio e polarizados pela vorborrea da VR-ala: Quanto ao local da realização da conferência, de foi reconhecidamente e de facto um lapso meu, pois foi prontamente corrigido. Espero que não tenham feito uso indevido dos parcos meios financeiros de que o ‘Estado’ vos dispõe, para para o frenesim de contactos (por vós ditos), só para confirmar onde se realizou a tal conferência eleitoral.

No que respeita aos números dos eleitores, sobretudo quando a VR-ala diz que na “Frelimo as eleições internas são um processo que inicia nas Células do Partido e passa por vários outros escalões que permitem a participação de todos, até a um momento em que há um órgão, no caso de Maputo-cidadde o Comité da cidade de Maputo, que faz a eleição final”, significará que Comiche arrebatando vitórias nos diferentes estágios e só na ponta final ficou se gás? E só perder na final com os 89 pessoas eleitoras, para dizer que temos uma democracia funcional? Não é preciso ser inteligente para perceber que aqui houve um senão! Como é que finalmente um órgão de “meia dúzia de gatos pingados” elege um candidato para uma cidade de cerca de 4 milhões de habitantes? Mesmo eu que não pertenço ao partido me choca! Por outra, podia-se perguntar, em quantos circulos Comiche ganhou e por qual margem? Portanto, são estas e outras questões que ficam/ram por esclarecer dessa pretensa democracia. Nisto, é escusado que eu me disserte sobre a questão do sumiço dos 200 mil eleitores em quantidade e qualidade, nem dos exemplos do Pio Matos em Quelimane, tão pouco da tal matemática, ou seja, artimética que o meu sitou deixou bem claro para a conta (não divulgadas) das “abstenções” (se é que houveram, ou não!). Porque considero mais uma verborrea falaciosa, e até certo ponto, lisonjeiro a ala VR-ala, deixa, já agora à reflexão interna do partidão.

Há um outro aspecto de que a VR-ala se referiu, ligado aos estatutos do Partidão. Ao que parece, os articulistas da VR-ala não dominam o seu próprio estatuto para vir aqui perdir as contas ao Miradouronline para que se debruçe sobre os mesmos. Neste sitio jamais se fará tal debate, tanto mais que, no jeito com as coisas andam por aí, corremos os risco de não discutir um documento certo. Portanto, à esse terreno lamacento não desembocamos juntos. Façam vocês o trumbalhão merecido nessa lama.

Ademais, ao me debruçar sobre o “grande absurdo” da eleição interna na Frelimo, da qual o Dr. Eneas Comiche foi delibara e viciosamente afastado de concorrer a sua própria sucessão (e isto não é “loucura de pensamento” nenhuma, ‘camaradas’ da VR-ala), na alegada falta de contacto com as “bases” por uma certa ala da Frelimo, rotulo-o como um anti-jogo, democracia adiada e injustiça.

Tadavia, Comiche não é ‘bébé’ nenhum para dizer, de boca cheia, que não “vai apoiar a candidatura de Simango”, diante das camaras de TV muitos, que diga-se de passagem, vão à reboque pelo Governo do dia. Ele sabe muito bem disso. A VR-ala não espere que Comiche irá dizer asneiras dessas que o colocam numa situação de embaraço, sem se certificar da sua própria integridade político-moral e até física. Vai sofrer calado!?

Não obstante a isso, Comiche é sobejamente conhecido bom estudante dos ‘bons’ e ‘maus’ momentos’! Foi dos melhores, na carteira em Portugal; foi a fina-flor, quando ministro dos nossos dinheiros (graças a Deus, bom guardião); e também o foi/e continua merecidamente execelente um Presidente no Município de Maputo, a seguir ao Engenheiro Daviz Simango, na Beira.

É por isso que, à guisa de conclusão do meu artigo, propunha cenários de saida de Comiche: Ou ele se submetesse ao PR, aceitando os cargos ministeriais e de pretensa carreira diplomática (exílio), ou vira um independente com/apoiada da Oposição maioritária no CM, ou ainda, sendo esta última hipotése a não deixar descurar, fazer um favor à Renamo. Renamo que ainda está a procura de um candidato para o pleito eleitoral à porta.

Por conseguinte, e aliado à este último ponto, não é o Miradouronline a tomar conta das refexões ou estágio da democracia interna na Renamo, senão que seja a própria Renamo e os seus membros. É a actividade da Renamo que faz notícia, e não o Miradouronline. É bom que não se esqueçam que o ‘passa a palavra’ sobre a mesma música entre os populares está ao rubro. Cada um está fazendo as suas contas: votar em quem em Novembro?

A terminar, o facto da dos escribas da VR ter caracterizado este blogue de “adivinhos ou profetas” é sintomático que algo não mal na ala que representam. Será, por isso, necessário abrir portas à democracia na Frelimo, porque, neste momento, estão fechadas à sete chaves.

Líder honesto não é corrupto- Afirmam os bispos católicos de Moçambique


...sobretudo quanto ao pleito eleitoral que se avizinha.


A Conferência Episcopal (CE) apelou hoje para que os órgãos eleitorais do país actuem com "honestidade" nas eleições. Gostei de ler. É um apelo necessário, eventualmente tardio. Em carta pastoral, a conferência dos bispos católicos pede aos órgãos eleitorais que "procedam sempre em conformidade com a justiça e a lei, apresentando com honestidade estatísticas exactas".

"Aos órgãos de administração eleitoral apelamos a que não cedam a nenhuma tendência de partidarização das suas actividades nem se deixem corromper, por mais exaltantes que sejam as promessas, porque a causa do bem comum é sempre o maior do que qualquer tipo de compromisso", sublinha a CE.

Alertando para o "crescente descrédito" em que caíram as instituições eleitorais, os líderes católicos acreditam que a "Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral têm, desta vez, melhores condições de se manifestarem neutros, evitando favoritismo para uns partidos em detrimento de outros".

Aos líderes das formações políticas que vão concorrer às eleições, a CE pede "que mostrem a sua capacidade de liderança fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para que jamais se repitam os episódios de provocações, perturbações, violências e agressões que aconteceram no passado".
Na mesma carta pastoral, os bispos católicos apelam para que os eleitores olhem para as qualidades dos candidatos, certificando-se da sua competência social, política e económica, para a resolução dos problemas do povo.

"Um líder honesto é aquele que não é corrupto nem tribalista, não favorece a uns em detrimento de outros, nem procura os seus próprios interesses ou do seu partido em prejuízo do interesse e do bem comum", lê-se no documento.Que maravilha. Esclareça-se, contudo, que tudo isto se refere, ao contrário do que eu gostava, a Moçambique (que vai a votos em 2009) e não a Angola, que tem eleições dentro de dias. Fica o exemplo. O bom exemplo. Fonte Alto Hama/Foto Africanidades
PS: Confira neste elo mais pormenores sobre a segunda carta pastoral deste ano de 2008

Compulsando ainda dos 53 eleitores que votaram à David Simango nas eleições internas da Frelimo? [Confira Reacao da Voz da Revolucao]



… no luxuoso centro de conferências Joaquim Chissano


O Secretário Geral da Frelimo, Filipe Paunde, já nos fez notar, em bastantes intervenções, quer na Rádio Moçambique, quer na Televisão de Moçambique, quer ainda no Jornal Notícias de Maputo de que a Frelimo tinha mais de 200 mil membros, em quantidade e em qualidade, incluinda a Cidade de Maputo. O mesmo foi referido por Edson Macuacua, jovem ideológo e propagandístico daquela organização política. Bastas foram as vezes, e num sentimento desta tamanha grandeza (feel big) da Frelimo foi ‘cantada’ e engalonada nas várias declarações à imprensa.

Custa perceber, onde que os mais de 200 mil militantes e membros da Frelimo estavam, quando na luxuosa arena do Centro de Conferências, Jaquim Chissano (JC) [leia-se Centro de Conferencias das TDM], à Comiche couberam apenas e miséros 25 eleitores (Vinte e cinco pessoas meus senhores!), sendo 53 para David Simango e 1 única pessoa votou a senhora Generosa Cossa. Abstenções em eleições desta natureza são reveladas, o que não foi o caso, [para perfazer os 89 eleitores]. Também, nem se fala se observadores nenhums para garantir transparência e credibilidade.

Compulsando os números acima avançados, tudo indica que não há espaço para falarmos aqui, numa democracia funcional ao nível da Frelimo, tão pouco é salutar que falemos de Comiche, pelo facto de não ter descido às bases (uma propalada justificação dos camaradas) durante o seu mandato. Afinal, tais ‘bases’ não foram também (e desta vez) consultadas para dar o seu voto a favor ou contra o edil. Oitenta e nove (89) eleitores, dos mais de 200 mil membros da Frelimo são, quando muito, um insulto a imaginação dos eleitores e falta de pudor, de quem assim quis, que esta manipulação assim o fosse.

O que fez a Frelimo (ou a ala da Frelimo) para se desembocar nestes resultados? A meu ver:
1. Pouco ou nada tal ala disse aos militantes e membros, como e onde votar;
2. O acesso ao Centro de Conferências JC [leia-se TDM] faz-se facilmente de meios circulantes (carro para se ser rápido, escoltado e com sirenes porque é próxima de uma instância turistica e de helicopetros), privando ao cidadão pacato e de poucas posses lá ter, para expressar o seu voto;
3. Qualquer coisa anda mal nos estatutos da Frelimo no que respeita à eleição dos seus membros, já que é perfeitamente normal que uma minoria (89) se sobreponha a maioria (mais de 200 mil) dos eleitores.

Podemos deduzir ainda algo deste embrôglio todo? Três pontos oferece-se dizer quanto ao comportamento abnormal da máquina eleitoral interna da Frelimo.

- Os ‘grandes’ e ‘donos’ da Frelimo não queriam Comiche por este não lhes dar a mão quer nas agendas escondidas, corrupção e dupla administração. A ala da Frelimo apercebendo-se que não tinha um agenda democrática para o destituir, usou metódo anti-democrático;
- Fazendo fugir o controle da máquina eleitoral do escrutínio público (ninguém sabia o que se passava atrás das curtinas da Sede da Frelimo), ajudou uma ala da Frelimo que manipulasse os números, criar sensação e idea de que tudo corria bem. Mas o que ela não controlou, foi o universo (a fásquia) dos que elegem, o que levou a grandes suspeitas da legitimidade das eleições pelo público e grande parte da imprensa nacional;
- Se andasse bem o processo, então Eneas Comiche devia ter ganho por uma esmagadora maioria.

Que resta a Comiche depois desta farsa eleitoral? Bom, à Comiche, provávelmente não reste nenhum cartucho, para contra-atacar nem ao Simango, nem a suposta ala que lhe ‘cavilhou’. Mas um dado certo é inteligência, imaginação e preseverança de Comiche de sair desta. Sem cartucho, Comiche só pode se entregar a Guebuza, para que lhe ofereça um cargo ministerial ou lhe forçe a um exílio, camufulado à embaixador num país sem importância para Moçambique, mas onde é possível controlá-lo. Se isso aconteceu ao Hélder Muteia porque não à Comiche. Com cartucho na mão, Comiche pode queimar seus neurôneos para denunciar a farsidade deste escurtínio interno, no que diz respeito à fásquia e ao acesso limitado dos membros/militantes do centro de votação. Pode pesar à favor de Comiche uma eventual decisão de concorrer como independente ou mesmo representar a Oposição (JPC). Na pior da hipotéses, e por que não explorar, a Renamo precisa de alguém do calibre de Comiche! Renamo, esta, que ainda não saiu a rua para nos dizer, quem vai ser o su candidato às eleições munícipais da Cidade de Maputo. Pode ver nele (Comiche), um trunfo para seu fortúnio.

Enfim, fica aqui gravada a história (pelo menos, a não oficial) das eleições internas da Frelimo. O saldo foi de que dos mais de 200 mil membros em quantidade e em qualidade, incluinda a Cidade de Maputo, apenas 53 eleitores é que escolheram o dr. David Simango. Ora, isto é o mesmo que não se terem feito eleições nenhumas.

Unir os democratas para vencer eleições americanas em Novembro

…Tónica do tão esperado e vital discurso da senadora Hilary Clinton, que apelou os seus apoiantes a darem o seu apoio a Barack Obama. Confira no video a seguir:

Fonte YouTube

As convicções de Edwin Hounnou

Dhlakama, assim não!

Os tempos dos saneamentos pertencem à história. O partido Frelimo ficou conhecido como dos poucos tolerantes. Por qualquer coisa, choviam comunicados de expulsão de membros de todos os tamanhos, ministros incluídos, não escapavam ao crivo. Comandantes e comissários caiam na desgraça. Não era importante investigar para se saber se a acusação tinha algum mérito. Eram métodos revolucionários que tardaram em incendiaram o País. O descontentamento tomou conta dos combatentes e dos que haviam aderido ao movimento libertador.Tais métodos demonstram-se inadequados numa situação de política multipartidária. A continuar assim, corria o risco de esvaziar suas fileiras, reforçar o exército de descontentes. A Frelimo sabe o valor de cada voto para não descer do poleiro. Atrás de um desafectado, estão os familiares, amigos e seguidores que, não encontrando razões da medida draconiana, passam a detestar o partido com tais práticas. Apercebeu-se do perigo e parou de expulsar seus membros. Hoje, usa todos os meios – partidariza o emprego e o Estado – para assegurar sua supremacia.

Os gigantes da Renamo desapareceram. Andam desavindos com o líder. Até aqui não estão explicadas as razões que ditaram a expulsão de Raul Domingos. Pensa-se que tenha sido vítima de intrigas entre gente da Renamo e dirigentes da Frelimo, designadamente, o seu então presidente, Joaquim Chissano, que foi quem denunciam, cordialmente, ao seu irmão, os pedidos de financiamento de Domingos ao, também, seu irmão, Tomás Salomão. Expulsar Domingos foi um erro político grave.

David Aloni, intelectual de vulto que qualquer partido gostaria ter nas suas fileiras, foi vítima de intrigas dos bajuladores. Quando Aloni foi irradiado, o círculo eleitoral de Tete foi assaltado pelo partido no poder. Colocar no banco Dionísio Quelhas é o mesmo que mandar ao balneário Ronaldino Gaucho e substituí-lo por um jogador do Atlético de Muxatazina.

Jeremias Pondeca, apesar de, politicamente, queimado, pelas suas danças e apitadelas, no parlamento, continuaria imprescindível na linha de ataque.Jafar Jafar é uma figura incontornável quando se pensa na vitória. Caíu fora, fulminado por intrigas dos que bajulam o líder. Mentiam que Jafar fazia jogo duplo. Era tudo falso. É um escândalo julgar que Benjamim Pequenino não seja importante na organização, estruturação e valorização da Renamo. Demonstrou, na vida, que é um gestor de gabarito. Tem capacidade para melhor o desempenho do Renamo.

Raimundo Samuge, quadro sénior do partido, mandado, pelo líder, aguardar novas, através de sms de um celular emprestado a um oficial menor. Depois de um ano de indefinição, decidiu saltar para fora da carroça. O que está a acontecer na Renamo? Dizem haver um enorme défice de diálogo. As ideias não fluem. Quem não discutem, com o seu comando, estratégia de combate,não ganha qualquer batalha, por muito bom comandante que seja. Um partido de crises não ganha uma eleição.
Fonte: A TribunaFax

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aprender do modelo americano

...Deu gosto ver e escutar a dona Michelle Obama apresentar o sonho americano, algo que anda longe da naipe dos politicos que temos nesta Perola do Indico


Leiam um pouco sobre o arranque, no elo a seguir, da Convenção Nacional Democrática (congresso). Já que a “super-terça” e as “Primárias” foram caprichosamente copiadas, não será desta vez que os nossos Partidos em Moçambique (pelo menos os grandes, a Frelimo e a Renamo) realizem os seus congressos e eleições à americana. Para quando? Foto YouTube

Governo continua sem estratégia convincente sobre transportes públicos


…e polariza acções em Maputo e o arredor imediato

Já se estão a fazer sentir os efeitos do vazio estratégico do Governo do dia, quanto à política dos transportes, desde que ocorreram as manifestações populares em Fevereiro passado. Ao que tudo indica, as medidas pressionadas e, de certo modo, apressadas de Armando Guebuza foram de ver o Dr. Munguambe no olho da rua, desenvencilhar-se do embrôglio vergonhoso dos autocarros de luxo, e controlar os animos dos populares, subsidiando os transportadores semi-colectivos. Agora fala-se dos carros "caixa aberta" para suprir a falta dos mesmos na Cidade de Maputo.

Volvidos sete mêses, tudo anda na mesma, ou em torno do que acima enumerei. Mentiria se não colocasse aqui a recente abertura de novas rodas. Aliás, o grosso das tais rotas já existiam, o que o Governo fez, através da TPM, é a reposição das mesmas, como foi reportado.

A ausência de uma política governativa para regular os transportes públicos coloca o país numa situação precária. Ninguém sabe quem faz o quê nesta área. Chegará a hora que teremos um governo que saia com uma política e estratégia inpulsionadora dos transportes e por via disso, as comunicações viárias no País? Neste andar de coisas, em que tudo depende da boa vontado do chefe na Ponta-vermelha, ter a situação de transporte resolvida, pode ser uma miragem! Foto Noticias

Estratégia de Mugabe gorada ao ver membro do Movimento para a Mudança Democrática ser eleito presidente do Parlamento nacional.


...Mas dados a circular indicam que o MDC, possivelmente, quer boicotar a abertura do Parlamento, hoje, por Mugabe, em Harare, por o considerar um presidente ilegitimo do Zimbabwe.

Significa que os 110 votos arrecadados por Lovemore Moyo (na imagem), incluíram os 99 do MDC, 7 do MDC (Mutambara) e 4 da ZANU-PF. Confira aqui (Canal de Moz) e aqui (NewZimbabwe) os dados.

Dircurso de Michelle Obama na Convenção do Partido Democrático Americano

...Ontem, onde destaca sua vida, da do seu marido Barack Obama e a contribuição dos americanos para sua unidade e sonho.
Fonte: YouTube

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Que a Comiche ditou derrocada humilhante nas ‘internas’ da Frelimo?

…Algumas opiniões de fontes dignas de crédito.

Paira no ar a sensação de que Eneas Comiche foi relegado para o segundo plano nas eleições ‘internas’ do préterito fim de semana, porque há interesses de ‘grupos’ ou alas dentro do partido. Não é a pretensa ‘continuidade’ de que se referiu o Ministro Aiuba Cuereneira à imprensa no passado sábado. Para fazer jus a esta problemática, o Canal de Moçambique, procurou os mais badalados analistas e conhecedores da Frelimo adentro na Cidade de Maputo, para tecerem seus comentário, sobre as razões que, de facto, estão por detrás desta derrocada humilhante e numa margem assustadora de Eneas Comiche.

Por enqunto, “Comiche cometeu alguns erros intoleráveis”, frisou o deputado da Assembleia da República pela bancada do Partido Frelimo António Frangoulis. O deputado indicou que nesta administração de Comiche “de facto houve alguns erros na base” , escusando-se a citá-los. Frangoulis disse que ia falar sobre eles numa ocasião oportuna, pelo que “agora não posso dizer quais são, ponto a ponto”.
Ainda assim, e no entender de Armindo barradas, director da Indústria e Comércio da cidade de Maputo, “… quando estamos a fazer o trabalho com as massas não podemos esquecer as bases. O subordinado de Comiche atacou seu superior de não ter descido as bases, pese embora tenha trabalahdo bem. A perca de confiança dos camaradas neste municipiu foi enfatizado por Barradas, reside no facto de Comiche ter falhado na “solução dos problemas das bases”, esperando que David Simango os corrija, uma vez eleito. Armindo barradas declinou de indicar quais de facto foram os erros de Comiche e refutou as alegações de sua demissão estaja relacionado com o mal estar que se semeiou depois de se colidir com alguns interreses do vasta império empresarial, com a destruição do Splash (uma cantina e clube) numa zona residencial densamente povoada (PH-Coop), ao que se referiu que tal destruição se fez cumprindo as posturas municipais.

Com a mesma toada, Anibal Macamo (empresário da Frelimo) veio ao publico acusar Comiche de que “nos trabalhos que ele fazia, sentia-se que o partido não sabia”. Mas nega confirmar se a derrocada humilhante de Comiche possa ser indicação de que ele terá perdido ou não a confiança do empresariado ligado ao partido Frelimo na Cidade de Maputo. Negando confirmar, este empresário de sucesso alega que pode haver vozes que queriam ver Comiche a frente dos destinos do Minícipio de Maputo.
Pode-se finalmente ler no artigo de Borges Nhamirre/Canal de Moçambique (onde baseio partes para desta postagem) que, “a derrota da Eneas Comiche está a ser vista por amplos sectores que não participaram da eleição do candidato a Edil de Maputo nas eleições autárquicas de Novembro próximo, como uma vitória do presidente do Partido, Armando Guebuza, que dessa forma conseguiu afastar um dos últimos.
Fonte/Foto CanaldeMoc/FDC
Biografia: Eneas da Conceição Comiche nasceu a 28 de Julho de 1939, no distrito de Moma, Província de Nampula. Licenciou-se em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, Portugal e desempenhou cargos ministeriais nos dois Governos da Frelimo. (Adaptado da FDC)

domingo, 24 de agosto de 2008

Mugabe comparado à genitais femeninos

...e homem comparece em tribunal para responder.

Um homem de 35 anos de idade apareceu em tribunal numa cidade à sul Zimbabwe recentemente, por alegadamente descrever o presidente Robert Mugabe, líder tirânico de 84 anos, como um órgão genital femenino, foi noticiado neste hoje.

Pinas Magago estava a discutir política com os amigos num bar do hotel na cidade de Masvingo no último fim-de-semana e acusou Mugabe de levar a ruina o país, disse o Standard – um jornal independente do Zimbábué. A televisão estava ligada naquele momento, e Mugabe apareceu na tela. “Estava tão irritado que expressou a palavras ‘indiscritíveis’ em Shona (a língua mais falada de Zimbabwe),” disse o Standard. Os apoiantes do partido de Zanu-PF de Mugabe ouviram e chamaram a polícia, que, de seguida o prenderam. O caso continua.
Foto Bloomberg.com

Riscos de Tsvangirai ser manobrado



…pela aliança Zanu-PF e MDC-facção Tambara

Quando o presidente Thabo Mbeki, da RSA, chamar as partes da crise zimbabweana à mesa, Morgan Tsvangirai, o líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) principal estará sob a pressão imensa pressão para assinar a partilha do poder proposto ou um governo inclusivo poderiam ser formado sem ele.

Para manobrar Tsangirai, a facção do MDC de Arthur Mutambara é dita como estando a negociar com Zanu-PF para eleger o Welshman Ncube, negociador-chefe de Mutambara, como o presidente da assembleia (Speaker), amanhã. Outras fontes oficiais, dignas de crédito, indicam que Mutambara gostaria ver para este lugar, Paul Themba Nyathi, um deputado do parlamento. Tsvangirai e Tendai Biti, seu secretário geral, voltaram a Harare idos do Quénia ontem para conferenciar com seus deputados. Tsvangirai é apoia Lovemore Moyo, presidente do seu partido.
Foto BBC

Para quando o ataque fulminante contra a corrupção e hipócrisia política do status quo?

…no grito de um líder dos Direitos cívicos em Moçambique, Custódio Duma, quando titula uma das suas postagens "É Preciso Coragem Para Não Aceitar!"

Acho que as pessoas devem começar a ter coragem de não aceitar o que não está certo. Devem ter coragem de condenar o que está errado e não aceitar o discurso gratuito de que tudo está bom e cada vez melhor.

Em primeiro lugar: não podemos afirmar que vivemos em um Estado de Direito quando a intromissão do executivo no judiciário é evidente e de certa forma descarada. O verdadeiro exemplo é a crescente onda de "perseguição" de jornalistas por parte dos tribunais em beneficio de altos funcionários públicos.

Em segundo lugar: não podemos aceitar que este país continue demasiadamente dependente de apoios de cooperação externa enquanto pode por si suportas suas despesas. O grande exemplo é a afirmação do Ministro da Administração Estatal, segundo a qual, para colmatar o défice criado pelos doadores que reduzem a ajuda, serão usados fundos provenientes das receitas internas. Afinal o país tem receitas?

Em terceiro lugar: não devemos aceitar que o Ministério Público persiga casos que não são urgentes mesmo sabendo que muitos outros, mais urgentes ainda, clamam pela sua intervenção. Ora vejamos, só neste ano, o Ministério Público na cidade de Maputo, ouviu Azagaia, ouviu vários jornalistas e não ouviu vários suspeitos de terem usado para fins próprios fundos públicos. Governo impondo no MP é humilhar os procuradores.Em quarto lugar: não devemos aceitar que se apregoe o desenvolvimento de Moçambique ao mesmo tempo que milhares de moçambicanos não conseguem, por causa da distancia, chegar a atempo, a um hospital, a uma maternidade, a uma fonte de agua potável ou mesmo a ter uma escola ou uma estrada. Este país não se limita só nas cidades, o campo também é Moçambique e para a nossa vergonha, mais de 60% da população moçambicana vive no campo.

Em quinto lugar: não devemos aceitar que a confusão entre o Estado e o Partido se agudize. Usar bens públicos para fins partidários não é ético. Deixar que autoridades partidárias se metam na gestão da coisa pública mesmo sabendo que não são funcionários, constitui um grave atentado ao principio da boa administração do Estado.

Em sexto lugar: não devemos aceitar que pessoas sejam bem empregadas, ou de outra forma beneficiadas, somente porque são filhos, primos, familiares ou até conhecidos e compadres de figuras ligadas ao poder. Não devemos aceitar que gente qualificada e devidamente credenciada fique prejudicada devido o favoritismo, nepotismo e incompetência na gestão da coisa pública.

Em sétimo lugar: não devemos aceitar que sempre digam, quando o povo se insurge ou revolta contra o peso do custo da vida, que houve uma mão externa ou que foi a incitação de criminosos. Não devemos aceitar que chamem o povo de burro ou de criminoso, afinal de contas, as assimetrias, a injustiça social, a exclusão social e a miséria em que o povo vive, constitui a primeira motivação para revolta.
Em oitavo lugar: não devemos aceitar que um Governo queira dialogar com o cidadão somente quando chega a época eleitoral. O dialogo comunitário, o dialogo com as autoridades deve ser incentivado como uma forma de fortalecimento da democracia e não como um instrumento para colher dividendos políticos.

Em nono lugar: não devemos aceitar que o nosso Governo opte pelo Silencio e cumplicidade quando outros governos da região austral violam direitos humanos dos cidadãos e governam a nação com uma vara de intimidação, de dor, de violência e restrição de liberdades. Não devemos aceitar que nos roubem a coragem de negar. Não aceitemos a cobardia.
…Poderia-se até acrecer que:

Em décimo lugar: não devemos aceitar que deixar que a cultura de falta de prestação de contas e responsabilização dos detentores de posições de chefia, quer ao nível da base, quer a mais alto nível, desafiando-se a imaginação pública. Isto só dá espaço a que os que se acham no direito de estar à ilharga do estado de direito, onde todos são iguais perante justiça, fujam dos actos por si praticados.
Em décimo-primeiro lugar: não devemos aceitar que deixar que a corrupção e a hipocrisia capturem o estado. Não deixemos que o crime organizado mantenha seu status quo é esteja, perpetuamente, acima da lei e, quiça, com direito de mandar para matar.

Chove Chuva (3)

Por: Miriam Makeba

Composição: Jorge Ben Jor

Chove chuva
Chove sem parar
Chove chuva
Chove sem parar

Pois eu vou fazer uma prece
Prá Deus, nosso Senhor
Prá chuva parar
De molhar o meu divino amor

Que é muito lindo
É mais que o infinito
É puro e belo
Inocente como a flor

(2x):

Por favor, chuva ruim
Não molhe mais
O meu amor assim

Chove chuva
Chove sem parar
Chove chuva
Chove sem parar


Fonte YouTube

Dois (2)

Por: Paulo Ricardo
Fonte YouTube

Dois amigos (1)

Por: Julio Iglesias & Zezé di Camargo e Luciano
Fonte YouTube

sábado, 23 de agosto de 2008

David Simango triunfa em eleições internas da Frelimo (3) (Fim)


…em “primárias à americana” que podem ter sido uma realidade isolada do Município de Maputo.

Com as ditas "primarias" (ao estilo americano), desenhadas com bastante acuidade política na Cidade da Maputo, que em nenhum outro lugar deste vasto país, onde há município, David Simango saiu triunfante. Por um lado, a eleição de Simango responde as premissas que anunciei no início desta série, pois satisfaz a Frelimo conservadora, corrupta e comodista.

Por outro lado, o nome David Simango tem semelhança com o de Davis Simango no Município da Beira. De certeza que aqui há um propositado aproveitamento eleitoralista desta semelhança, para confundir os menos incautos, a votar a David Simango em Maputo, como se estivessem a votar para o da Beira. Isto pode acontecer para aqueles nossos compatriotas, que, não sendo originários de Maputo, vivem há vários anos na urbe, tendo, para o efeito, direito a voto. Mas, a ver vamos, se em Novembro, David Simango ganha as eleições. Foto Noticias

Meque exonera SP de Homoíne



…no âmbito do combate contra a corrupção, mas pecando só ser direccionada à ‘peixe miúdo’.

Conforme a RM (ontem), Rafael Baúde, secretário permanente do distrito de Homoíne, na província de Inhambane, foi destituido das suas funções por se ter envolvido na má gestão de perto de 90 mil dólares alocados para a geração de comida e emprego. A RM citou o Governador de Inhambane, Itai Meque como tendo tido que “saiu dali (da visita que fez a Homoíne) completamente frustrado. Há problemas relacionados com os animais adquiridos no âmbito dos sete milhões de meticais. Há caprinos que ainda não foram alocados. Há os que foram alocados, mas a quarentena ainda não foi feita”. Confira neste elo os desenvolvimentos sobre o assunto. Foto Noticias

Titanica luta para colocar David Simango na senda do poder do Município de Maputo (2) (Prossigo)



…Masculada pelos conservadores entre os ‘camaradas’

Ao que tudo indica, a luta interna no partido dos camaradas, foi ao rubro quando, logo a seguir a eleição de Comiche como Edil, demissões e nomeações em massa dos elementos (pertencentes ao elenco de Artur Canana). A meio do seu mandato, vozes dentro do partido alegaram seu desempenho, atiçando guerras entre alas da Frelimo em colocar a sua figura, em possíveis eleições.
Para queimar a figura de Comiche, a linha conservadora, a tal que perdeu seus assentos do poder, tentou com certo sucesso pintá-lo de elitista. A tal pretensa elite (a dita dos brancos!?) se apercebe disso, e tardiamente vem aprovando e defendendo as realizações do Comiche. O esforço dessa pertensa elite (digo pertensa porque não existe; pois são maquinações dos camaradas consevadores) foram insuficientes para escamotear a propaganda politica à seu desfavor. Tal propaganda política foi tal que quer os jornais, quer pelas rádios pública a tornaram mais visível. Só para contrariar, alguns jornais independentes e blogues de conceituadas figuras vieram ao socorro de Comiche, mas suas vozes foram tão tenue que lograram poucos efeitos nesta eleição de Simango. Foto Noticias

A Frelimo felicita Guebuza


…em momentos de precariedade governativa

Para o leitor atento a situação da nossa governação, não são poucas as vozes que lamentam como o comboio desta governação está ser dirigido. Mas como é atípico verificar “a Frelimo congratula-se e saúde o Presidente Armando Guebuza pelos sucessos alcançados que resultam do seu pragmatismo na acção diplomática e na projecção da boa imagem do países no plano internacional.” Dê conta do resto da notícia neste elo.

Angola24Horas

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