No início do ano, os principais doadores de Moçambique (G19) tiveram um diálogo difícil com as autoridades nacionais, principalmente depois da exclusão de uma dezena de partidos políticos das eleições gerais de 28 de Outubro de 2009.
Os doadores, que apoiam em grande medida o Orçamento do Estado, condicionaram o desembolso a um compromisso do Governo em matérias como reforma da legislação eleitoral, aprovação de uma lei sobre conflito de interesses e despartidarização do Estado.
"Foi um ano difícil, mas não tão sombrio", salientou o primeiro-ministro, num balanço de fim de ano realizado hoje, em Maputo, pela Televisão e Rádio de Moçambique, emissoras estatais.
Segundo o governante, o país enfrentou algumas dificuldades logo no início (do ano), o Orçamento só foi aprovado três meses depois, porque houve demora na disponibilização de fundos externos, o que afectou, de certa forma, o funcionamento do Governo no seu todo.
Além de realçar as dificuldades sentidas pelo Governo no início do actual mandato, o governante referiu que o país "sobreviveu" à crise financeira internacional, tendo o executivo de Maputo realizado "acções importantes".
"Fazendo um balanço neste momento, acho que nos saímos bem porque a crise que apareceu foi controlada", até porque "o crescimento do país é uma realidade e está a acontecer", frisou Aires Ali.
SAPO com Angop
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