Por Faustino Igreja, em Blantyre
No Malawi, activistas dos Direitos Humanos exigem ao Presidente Bingu wa Mutharika para que respeite e valorize a Vice-Presidente, Joyce Banda, alegadando que ela tem sido vítima de ostracismo e desprezo nos últimos tempos.
A exigência vem contida numa carta-aberta dirigida a Bingu wa Mutharika pelo Comite Consultivo dos Direitos Humanos, que congrega noventa e uma organizacões não-governamentais.
Os subscritores da carta consideram que o presidente malawiano está, de forma deliberada, a marginalizar e esvaziar o poder da sua vice, numa tentativa visando leva-la à frustação.
Os activistas malawianos dos direitos mumanos expressam também o seu apoio à recente Carta Pastoral dos Bispos Católicos do país na qual questiona também o tratamento concedido à Vice-Presidente, Joyce Banda.
Na semana finda, o Presidente Bingu wa Mutharika anunciou que todos os programas sociais dirigidos por Banda vão, a breve trecho, passar para a gestão da sua esposa, Calista Mutharika, para que o poder esteja concentrado todo ele em casa.
Neste momento, a Vice-Presidente está banida de qualquer cobertura na rádio e televisão estatais como forma de apagar a sua imagem.
O desentendimento entre o Presidente Mutharika e a sua Vice-Presidente começou nos princípios deste ano quando emergiram duas alas no seio do partido governamental, uma das quais a favor da candidatura de Joyce Banda às eleicoes de 2014, em detrimento de Peter Mutharika, irmão mais novo do Presidente.
A partir daí, começou uma campanha visando desvalorizar a Vice-Presidente, num processo marcado por críticas por parte de algumas facções do DPP, em particular os apoiantes de Peter Mutharika.
O Comité Consultivo dos Direitos Humanos entende que não faz sentido o governo malawiano gastar cerca de 150 milhões de kwachas, o equivalente a 30 milhões de meticais, para mobilar os gabinetes da Joyce Banda em Lilongwé e Blantyre, sem que ela tenha algo para fazer.
Para denegrir cada vez mais a sua imagem, Joyce Banda é acusada de cumplicidade com o governo mocambicano na fracassada tentativa dos barcos malawianos que se dirigiam à cerimónia da inauguração do porto de Nsanje e de ter simulado um acidente de viação para atrair a simpatia da opinião pública.
Há cerca de uma semana, Joyce Banda escapou a um acidente de viação em Lilongwé, que se alega ter sido um atentado dos agentes do governo para assassina-la.
Joyce Banda é acusada também de ter orientado alguns jornalistas para colocar questões consideradas quentes ao Presidente Bingu wa Mutharika, com vista a embaraçar o Chefe de Estado.
No entanto, o governo malawiano insiste que a Vice-Presidente, Joyce Banda, está sendo respeitada e a gozar os direitos que merece.
No mandato anterior, Bingu wa Mutharika também não conseguiu gerir o seu relacionamento com o Vice-Presidente, Cassim Chilupha, que acabou sendo detido, acusado de planear um golpe de estado.
Até hoje, as autoridades malawianas ainda não conseguiram provar o alegado golpe. 03/12/2010
"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,
VOA News: África
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