| Dom Jaime Gonçalves | 
Segundo o Dom Jaime Gonçalves, Arcebispo da Beira
Para  este líder religioso, o executivo deve sair do discurso para a  implementação de medidas tendentes a melhorar o ambiente político-social  no país.
O  arcebispo da Beira, Dom Jaime Gonçalves, apelou aos governantes  moçambicanos a implementarem um verdadeiro pluralismo político no país e  não limitarem-se apenas a defendê-la em papéis e discursos.
Aquele  prelado, que falava à imprensa por ocasião do Natal, criticou  veementemente os dirigentes que se fazem passar por pacifistas,  democratas e defensores de liberdades políticas e religiosas e que, para  tal, “usam a imprensa e encontros públicos para mostrarem esta falsa  parte humana enquanto, na prática, os seus posicionamentos ditam o  contrário”. Desafio a todos os políticos e governantes, “estejam eles no  poder ou na oposição, para transformarem os seus lindos discursos de  pluralistas políticos e religiosos, humanistas e  democratas  em actos. Estamos cansados de conviver com pessoas que se aproveitam da  ignorância, do analfabetismo e da falta de informação dos seus  compatriotas para tirar dividendos, enriquecendo à custa dos outros,  perpetuando o sofrimento de milhares de pessoas”. 
O líder da Igreja  Católica na Beira disse, na mesma ocasião, que sente vergonha de alguns  compatriotas que se sujeitam a projectos exploratórios de alguns  ocidentais que, em nome de alegada parceria, procuram a todo o custo  sacar os nossos bens, mas com um retorno insignificante. Ou seja, quem  ganha com estes tipos de acordos é apenas um grupinho de pessoas.Sem  apontar nomes de pessoas ou projectos, o Dom Jaime disse que alguns  dirigentes usam interesses económicos, para aprovar projectos de grande  envergadura sem, contudo, observar as eventuais consequências negativas  dos mesmos. 
Para o arcebispo da Beira, projectos económicos não podem suplantar e menosprezar a dignidade das pessoas. 
 
 

 
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