Moçambique é o segundo lugar de África “mais activo para o trânsito de narcóticos depois da Guiné-Bissau”, diz um telegrama                      da embaixada norte-americana em Moçambique revelado pela WikiLeaks.
| As ligações entre Bachir e o presidente Guebuza são publicamente celebradas | 
O telegrama atribui a expansão de  Moçambique como um dos principais corredoers do narcotráfico proveniente  da Ásia e da América                   Latina com destino à África do Sul e à Europa à  corrupção e ligações directas entre traficantes e as mais altas figuras  do                   aparelho do partido no poder, Frelimo.                
“Apesar da retórica anti-corrupção, o Partido Frelimo não manifestou muita vontade política para combater o narcotráfico”,                   escreve o antigo encarregado de negócios da embaixada norte-americana em Maputo, Todd Chapman.                
                   Corrupção
“MBS contribuiu grandemente para encher os cofres  da Frelimo e forneceu um suporte financeiro significativo às campanhas  eleitorais”                   de figuras do partido.Segundo o documento, outro moçambicano de ascendência asiática, Ghulam Rassul Moti conta também com a cumplicidade das mais                   altas figuras do poder moçambicano.
 Mohamed  Bachir Suleman é “o maior narcotraficante em Moçambique, com ligações  directas ao presidente Guebuza e ao antigo presidente                                  Chissano”.
 Mohamed  Bachir Suleman é “o maior narcotraficante em Moçambique, com ligações  directas ao presidente Guebuza e ao antigo presidente                                  Chissano”.
Todd Chapman, ex-encarregado de negócios da embaixada norte-amricana em Maputo
A diplomacia norte-americana  salienta o caso da gestão do porto marítimo de Nacala, a mais de dois  mil quilómetros a Norte                   de Maputo, referindo Celso Correia, presidente da  empresa Insitec e próximo de Guebuza, como o homem por detrás do tráfico                   de droga a partir daquela região.                
Subornos
Segundo se lê no telegrama, os traficantes subornam a polícia, os serviços de imigração e os responsáveis pelas transferências                   aduaneiras para assegurar que a droga” proveniente do sudeste asiático entra “livremente no país”.                
O documento da embaixada  norte-americana em Maputo manifesta também apreensão com a nova Lei de  Casinos, aprovada em Junho                   de 1999, que levantou restrições ao jogo “reduzindo as  barreiras para os narcotraficantes branquearem os seus capitais”.                
 
 

 
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