...Que pouco se importa que se diga, pois sua opção e da tal súbtil batalha diplomática silenciosa que o “Refectindo” (um blogue nacional) já caractrizou que não é diplomacia nenhuma.
Num espaço dedicado a testar a temperatura das águas sobre a crise zimbabueana, tudo indica que o “Notícias” (O The Herald de cá) de hoje, 3 de Julho de 2008, foi ao público recolher opiniões.
A atribuição de autoria a partes das declarações foi feita em partes do trecho para os entrevistados que pensam a favor e a disfavor das partes em conflito naquele país vizinho. O que ficou menos claro são as seguintes partes:
“As nossas fontes sentenciaram Robert Mugabe por, alegadamente, não ter conseguido gerir a crise como Presidente do Zimbabwe. Segundo afirmaram, Robert Mugabe não conseguiu “resistir” às acusações de que foi alvo ao longo destes anos, facto que demonstra uma certa fragilidade na sua liderança. Ademais, não foi capaz de dar ouvidos aos apelos ou conselhos que lhe foram dados por algumas personalidades africanas, com destaque para a região, de reconhecida experiência e carisma, quer na liderança dos seus países, quer na condução de negociações para a paz noutros quadrantes do continente e no mundo” (Sic.1).
“Sentenciaram, igualmente, Morgan Tsvangirai pelo facto de, alegadamente, em algum momento da sua causa ter demonstrado que está ao serviço de interesses alheios a África. De acordo com as mesmas fontes, só os africanos é que devem traçar os seus destinos como um povo. Os africanos têm o direito de escolher o seu próprio rumo e recusar imposição doutros povos. Os nossos inquiridos defenderam que o líder do MDC perdeu a ocasião soberana de concorrer na segunda volta, ao ter decidido não participar nas eleições. Morgan Tsvangirai ganhou ao Presidente Robert Mugabe na primeira volta das eleições no Zimbabwe, mas de acordo com a lei daquele país não conseguiu ultrapassar a barreira dos 50 por cento.” (Sic.2)
Agora, em que ficamos? O Notícias terá ido recolher os factos; ou seja as percepções, opines e sugestões, ou simplesmente fizeram voz a um público invisível voz do partidão que lhes ditou os parágrafos acima? O pior que isso, o entrevistador não foi ‘inquisitivo’ para perceber dos populares como gostaria de ver a nossa acção diplomática como Estado na questão em apreço. Falto-o aquela “oportunidade soberana” que um jornalista de tarimba e profissional aproveita. (x)
Sem comentários:
Enviar um comentário