Alguns de nós podem se dar por satisfeito de terem queimado uma etapa em eleições internas partidárias, só porque o chefe do partido ou outro lhes garantiu que seriam um edil neste ou naquele município. Mas, engana-se aquele que assim pensa.Nós, os moçambicanos, somos peritos em queimar etapas de desenvolvimento da nossa jovem democracia multipartidária. Mas também o somos em matéria de escavação de covas para atirar ‘pessoas’ vivas. Afinal, porque a acção de certos indivíduos nos partidos são insanáveis?
Se o processo da democracia não for conduzido na plenitude que impõe, os resultados são pura e simplesmente fitícios e com eles crescerão, as suspeitas e desinteresse do cidadão no sistema multipartidário e de alternãncia democráticos.
Seja ela a Frelimo, seja a Renamo, seja aindo outra organização que tende a porfiar pela via das amizades, etnicidade e interesses ocultos na indicação e condução do processo de selecção dos nosso representantes, estará a tentar obliterar a paz moribunda que temos. Não queremos ver, situações como as da terra dos Mwenemuthapas a ser reeditada nesta Peróla do Indico.
Nos dias que correm, temos, no entanto, sido testemunhas de surrurus de cidadãos contra a tentativa de reduzir à pó a contrução da instituições democráticas. A decapitação da democracia é muitas vezes promovida a partir topo dos partidos, ou alegadamente nas bases desses mesmos partidos, onde interesses de grupos ou indivíduos teimam sobrepor-se aos interesses dos moçambicanos. São reacções contra esse fenómeno, os recentes pronunciamentos da Governadora da Cidade de Maputo, Rosa Silva, nas eleições dentro da Frelimo na Cidade de Maputo, e das questões reportadas pelo Canal de Moçambique, dentro da Renamo sobre eleições em Manica.
Por isso, os partidos podem queimar etapas, mas não vão suplantar a vontade genuína das populações de escolher livre e responsavelmente as pessoas que querem que sejam seus dirigentes. (x) Foto WomenLeaders
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