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VOA News: África

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Democracia moribunda


…Só nos conduz ao precipício




Chamaria o estado da nossa democracia de moribunda ao facto de se fundar por grandes questões para as quais uma dia já havia sugerido ‘uma conversa nacional’ para olha-los com a profundidade que merecem.

Tais questões se ancoram a volta de quatro eixos:

- O poder e poderes
- Partido e Estado
- Culto e vícios
- Escolha e alternativa.

Falando sobre “o poder e poderes”, os eixos em que assenta o poder o sistema presidencialista que vivemos são tais que permitem ao detentor do poder executivo interferir sobre a actuação dos outros poderes como o judiciário, o legislativo, sem se esquecer do quarto poder, a comunicação social. Escusar-me-ia de enumerar os exemplos nítidos das flagrantes intromissões da acção do chefe do estado sobre as outras instãncias do poder. Ora, quando os poderes se deluem, não agem autonomamente, não criam uma equidistãncia entre si relação quem fica a perder é sempre a população. Porque se for ao tribunal, não garantia de uma resolução dos seus problemas. Se for a escutar a RM, a TVM ou ler o Notícias, há um assinalável esforço de encobrir a verdade, em nome da censura, do segrdo do estado e da intocabilidade das figuras da nomenkalatura no poder.

No que respeita ao “Partido e Estado”, hoje os moçambicanos deixaram de duvidar que a Frelimo faz um esforço titanico de colocar os interesses do seus e os do Estado numa mesma ‘bandeja’. Ora colocar ‘trigo e aveiro’ sob mesmo recepiente leva a uma complicada artimética de identificar o que é um e o que é outro. Neste jogo de coisas nota-se claramente que a Frelimo surge como dona do Estado; ou seja dona do ‘trigo e do aveiro’ porque é difícil discernir a característica das duas semente. Agora, não me perguntem será que a Frelimo não terá feito propositadamente este baldeamento para nos confundir. A resposta é óbvia para que conhece a gênese e interesses desta organização desde os primordios anos da Independência Nacional. Hoje que voz escrevo este ponto de vista, foram mobilizados meios do estado entre helicopetros, carros blindados, motorizadas e vastas somas de dinheiro, para uma visita puramente partidária do Chefe do estado a Niassa.

Referindo ao “culto e vícios”, quero para já assinalar aqui que a Frelimo, desde a sua nascença procurou trazer algo ‘misterioso’ em redor de quem são os seus dirigentes, seus familiares imediatos e os camaradas da fina flor (do comando). O culto de personalidade foi operado no caso do Mondlane, Samora e ao de leve no caso de Joaquim Chissano (JC). O presente chefe do estado tem apostado a recuperar esta imagem perdida com JC mas sem sucessos aparentes. Ao invés notamos a uma cultura ultrajante de enriquecimento ilícito e da ostentação perante um sofrimento indignante da maioria dos moçambicanos. Nota-se um esforço colectivo de uma pequeno grupo no poder na delapidação da coisa pública. Esta acção foi repudiada por alguns PCA de alguns bancos privados que acusam os dirigentes da Frelimo de exigirem dinheiros avultados a esses bancos sem garantia de retorno. Recorde-se que aqui falo que uma acção recente que não tem a ver com os grandes embróglios do BPD, BCM, BIM e uma série de empresas fálidas às mãos predetárias dos homens da Frelimo e seus correliagionários.

A minha quarta e última premissa para a a democracia de moribunda que vivemos, se prende com a “escolha e alternativa”. Eu não sei se os moçambicanos preparados para a ainda continuar a viver num ambiente em que não há clara alternativa ao estado da nossa nação que Armando Guebuza diz que é bom. O estado da nação é mediocre, senão mau mesmo olhando por estas premissas que acabei de enumeram, tirando da equação a maneira letárgica e ofegante como os homens do poder estão a gerir a nossa economia. Um dos homens da Frente e actual Governador de gaza foi dos poucos que reconheceu publicamente que enfrentamos desafios importantes nos tempos que veêm. Segundo ele, não gostaria de ver o o sucedido com a actual crise Zimbabuena em Moçambique. (x)

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