Caro Nelson,
Apraz-me ti dizer, antes de mais, que de saúde vou indo e lá vai o tempo a fazer das suas, trazendo-me umas pequenas constipações. Mas o que é bom é esperar que estejas de gozo de uma execelente saúde e como é bom saber que quando tens tempo dás um salto da grande Gorongosa à Cidade da Beira.
Nelson, na minha última carta ti falei do grande momento que a Frelimo e Renamo vive, no tocante às primárias que estão de redemoinho à redemoinho para a saúde desta nossa democracia jovem. O jovem Muhate, do ‘Rabiscando Moçambique’, foi quem partilhou, com seu comentário a carta que ti fiz foi, por acaso, um jovem que vive esses momentos de democracias internas nos partidos. Criticou a Renamo por não saber fazer democracia e teceu um paralelismo com os porfios do classica história helênica. Foi precisamente aqui onde andei desavindo com o meu tão ilustre amigo da Frelimo. No entanto, não quero defender os indefensível. Se na Renamo os canditados não são escolhios mas ‘impostos’, então estamos em presença de águas cálidas e turvas. Nelson, o mesmo diria para com a Frente de Libertação que em moçambique se impõs até que percebecem que afinal a democracia multipartidária é a via. Parece que quando Simango e Generosa aparecem como candidato um ambiente de azédume instalou na ala mais dura da Frelimo, que muito apresadamente o jovem da propaganda tentou nos dias que passam minimizar e o candidato à sua própria sucessão, Dr. Comiche, disse, ‘em tom irónico’, que tais candidaturas eram bem vindas. Só que nós o público, Nelson, é que ficamos agradecidos por este salto qualitativo na democracia interna do Partido do ‘batuque e da maçarroca’. Isto por um lado.
Por outro lado, também te falei das ‘peripécias’ senão mesmo ‘passeatas’ presidenciais aerotransportadas à nossa Zambézia desolada quer pela fome quer pelas maus serviços de saúde, educação, transporte e comércio, quer ainda da crescente delapidação da sua riqueza marinha, florestal e agricola cujos proventos não voltam para a desenvolver. Zambézia rica foi empobrecida nos corredores do poder em Maputo. Agora, não vejo como um povo assim ultrajado e deixado só, ainda tem a coragem, forças de ir votar em causas que não lhes ajudam ou retiram da situação penosa em que se mergulha. Como votar no futuro melhor assim e com que força de mudança? Sinceramente, eu não vejo.
Por outra ti falei dos rodópios mugabios em Harare. Custa acreditar que a Frelimo o tenha endereçado f-e-l-i-c-i-t-a-ç-õ-e-s por ter ganho(?). Ainda bem que um homem da proa da maçarroca saiu a rua denunciar e ridiculizar o menino propagandeador das políticas dos mais velhos. É sim, reveja uma das colunas da imprensa ‘domingueana’ do senhor então Ministro da Segurança até quando Samora morreu, Sérgio Vieira. Ao que tudo indica Mugabe cabisbaixo aceitou fumar o cachimbo da paz, que abrirá caminho a formalização da presidência de Tsavangirai, o legitimo vencedor das eleições zi(o)mbabuenas.
Quero terminar Nelson para dar umas novas aí de que o críme em Maputo já é de níveis bem assustadores. Já os assaltos não poupam a ninguém, nem a própria imprensa que viu toda sua rede de computadores varidos dos seus escritórios. Os criminosos não têem cara. Cenas bem recorrentes e cheiram a ‘política’ lá da casa branca da Pereira de Lagos, Nelson. Agora me diz tu se mobilizar a tritemente famosa Polícia de Intervenção Rápida (PIR) é solução para este problema tão bicudos que a capital e o país tem neste momento? A ver vamos o que a próxima semana nos trará neste e outros assuntos do devir nacional. Só quero ti pedir, de saida mesmo, que me mandes uma pequena imagem sobre o PNG hoje, secundando o pedido que a Ximbitane te fez no teu blogue.
Um bom fim de semana de saudades.
Dedé
Apraz-me ti dizer, antes de mais, que de saúde vou indo e lá vai o tempo a fazer das suas, trazendo-me umas pequenas constipações. Mas o que é bom é esperar que estejas de gozo de uma execelente saúde e como é bom saber que quando tens tempo dás um salto da grande Gorongosa à Cidade da Beira.
Nelson, na minha última carta ti falei do grande momento que a Frelimo e Renamo vive, no tocante às primárias que estão de redemoinho à redemoinho para a saúde desta nossa democracia jovem. O jovem Muhate, do ‘Rabiscando Moçambique’, foi quem partilhou, com seu comentário a carta que ti fiz foi, por acaso, um jovem que vive esses momentos de democracias internas nos partidos. Criticou a Renamo por não saber fazer democracia e teceu um paralelismo com os porfios do classica história helênica. Foi precisamente aqui onde andei desavindo com o meu tão ilustre amigo da Frelimo. No entanto, não quero defender os indefensível. Se na Renamo os canditados não são escolhios mas ‘impostos’, então estamos em presença de águas cálidas e turvas. Nelson, o mesmo diria para com a Frente de Libertação que em moçambique se impõs até que percebecem que afinal a democracia multipartidária é a via. Parece que quando Simango e Generosa aparecem como candidato um ambiente de azédume instalou na ala mais dura da Frelimo, que muito apresadamente o jovem da propaganda tentou nos dias que passam minimizar e o candidato à sua própria sucessão, Dr. Comiche, disse, ‘em tom irónico’, que tais candidaturas eram bem vindas. Só que nós o público, Nelson, é que ficamos agradecidos por este salto qualitativo na democracia interna do Partido do ‘batuque e da maçarroca’. Isto por um lado.
Por outro lado, também te falei das ‘peripécias’ senão mesmo ‘passeatas’ presidenciais aerotransportadas à nossa Zambézia desolada quer pela fome quer pelas maus serviços de saúde, educação, transporte e comércio, quer ainda da crescente delapidação da sua riqueza marinha, florestal e agricola cujos proventos não voltam para a desenvolver. Zambézia rica foi empobrecida nos corredores do poder em Maputo. Agora, não vejo como um povo assim ultrajado e deixado só, ainda tem a coragem, forças de ir votar em causas que não lhes ajudam ou retiram da situação penosa em que se mergulha. Como votar no futuro melhor assim e com que força de mudança? Sinceramente, eu não vejo.
Por outra ti falei dos rodópios mugabios em Harare. Custa acreditar que a Frelimo o tenha endereçado f-e-l-i-c-i-t-a-ç-õ-e-s por ter ganho(?). Ainda bem que um homem da proa da maçarroca saiu a rua denunciar e ridiculizar o menino propagandeador das políticas dos mais velhos. É sim, reveja uma das colunas da imprensa ‘domingueana’ do senhor então Ministro da Segurança até quando Samora morreu, Sérgio Vieira. Ao que tudo indica Mugabe cabisbaixo aceitou fumar o cachimbo da paz, que abrirá caminho a formalização da presidência de Tsavangirai, o legitimo vencedor das eleições zi(o)mbabuenas.
Quero terminar Nelson para dar umas novas aí de que o críme em Maputo já é de níveis bem assustadores. Já os assaltos não poupam a ninguém, nem a própria imprensa que viu toda sua rede de computadores varidos dos seus escritórios. Os criminosos não têem cara. Cenas bem recorrentes e cheiram a ‘política’ lá da casa branca da Pereira de Lagos, Nelson. Agora me diz tu se mobilizar a tritemente famosa Polícia de Intervenção Rápida (PIR) é solução para este problema tão bicudos que a capital e o país tem neste momento? A ver vamos o que a próxima semana nos trará neste e outros assuntos do devir nacional. Só quero ti pedir, de saida mesmo, que me mandes uma pequena imagem sobre o PNG hoje, secundando o pedido que a Ximbitane te fez no teu blogue.
Um bom fim de semana de saudades.
Dedé
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