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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Governo contra construção da central de betão na baixa da cidade de Maputo

Maputo (Canalmoz) – A montagem de uma central de betão na baixa da cidade pela empresa CIMBETÃO Moçambique SARL, uma empresa do grupo Cimpor (Cimentos de Portugal), ainda pode vir a fazer correr muita tinta. O director nacional de promoção ambiental no Ministério da Acção Ambiental, Fernando Lichucha, disse em entrevista ao Canalmoz que antes da montagem daquela infra-estrutura, deveria ter havido uma auscultação pública e estudo do impacto ambiental naquela zona, dando assim a entender que tal não foi o caso.
“As empresas, os escritórios e as residências deveriam ter sido convidados a uma auscultação pública. Aliás, eles devem exigir que isso seja feito porque é de Lei, não se trata de um favor”, reagiu Lichucha.
Sentenciou que se não houve uma auscultação pública, então o trabalho em curso não está completo. O director nacional de promoção ambiental vincou que se os trabalhos continuarem a ser desenvolvidos sem o respeito pela Lei, a fábrica deverá encerrar no dia seguinte após a entrada em funcionamento.
De sublinhar que o Conselho Municipal de Maputo, através da vereação de Infra-Estruturas, mandou embargar as obras no dia 16 de Março passado, mas numa atitude clara de demonstração de “força e poder”, a CIMBETÃO não acatou e vem realizando alguns trabalhos às escondidas tais como a construção do muro de vedação, montagem da central, descarregamento de dois tanques de água cada um com a capacidade de 20 mil litros de água, além de contratação de guardas da empresa de segurança G4S que já montaram um posto naquele local.
A central da CIMBETÃO em construção está ladeada de empresas como Electro Mecânica do Indico, Metálicas Lda., a fábrica de óleo Ginwala Filhos Lda., o armazém de venda de produtos alimentares ZZT Trading, Movitec, Organizações MH, MMD Construções, Imago Group, Melix, Europeças, Standard Bank da Avenida 25 de Setembro, Instituto Criança Nosso Futuro e Oficinas dos Armazéns dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
As obras que estão a gerar polémica estão em curso num terreno anexo à fábrica de óleo Ginwala Filhos Lda., e as instituições e armazéns que operam naquela zona já vieram ao público manifestar o seu desapontamento. (Cláudio Saúte)

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