Maputo
(Canalmoz) – A montagem de uma central de betão na baixa da cidade pela
empresa CIMBETÃO Moçambique SARL, uma empresa do grupo Cimpor (Cimentos
de Portugal), ainda pode vir a fazer correr muita tinta. O director
nacional de promoção ambiental no Ministério da Acção Ambiental,
Fernando Lichucha, disse em entrevista ao Canalmoz que antes da montagem
daquela infra-estrutura, deveria ter havido uma auscultação pública e
estudo do impacto ambiental naquela zona, dando assim a entender que tal
não foi o caso.
“As
empresas, os escritórios e as residências deveriam ter sido convidados a
uma auscultação pública. Aliás, eles devem exigir que isso seja feito
porque é de Lei, não se trata de um favor”, reagiu Lichucha.
Sentenciou
que se não houve uma auscultação pública, então o trabalho em curso não
está completo. O director nacional de promoção ambiental vincou que se
os trabalhos continuarem a ser desenvolvidos sem o respeito pela Lei, a
fábrica deverá encerrar no dia seguinte após a entrada em funcionamento.
De
sublinhar que o Conselho Municipal de Maputo, através da vereação de
Infra-Estruturas, mandou embargar as obras no dia 16 de Março passado,
mas numa atitude clara de demonstração de “força e poder”, a CIMBETÃO
não acatou e vem realizando alguns trabalhos às escondidas tais como a
construção do muro de vedação, montagem da central, descarregamento de
dois tanques de água cada um com a capacidade de 20 mil litros de água,
além de contratação de guardas da empresa de segurança G4S que já
montaram um posto naquele local.
A
central da CIMBETÃO em construção está ladeada de empresas como Electro
Mecânica do Indico, Metálicas Lda., a fábrica de óleo Ginwala Filhos
Lda., o armazém de venda de produtos alimentares ZZT Trading, Movitec,
Organizações MH, MMD Construções, Imago Group, Melix, Europeças,
Standard Bank da Avenida 25 de Setembro, Instituto Criança Nosso Futuro e
Oficinas dos Armazéns dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
As
obras que estão a gerar polémica estão em curso num terreno anexo à
fábrica de óleo Ginwala Filhos Lda., e as instituições e armazéns que
operam naquela zona já vieram ao público manifestar o seu
desapontamento. (Cláudio Saúte)
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