Um mês após o ataque
Medo ainda paira entre os moradores da Rua dos Sem Medo
Nampula (Canalmoz) – No domingo passado fez um mês que a Força de Intervenção Rápida (FIR) atacou a delegação política da Renamo em Nampula e prendeu alguns desmobilizados de guerra deste partido que se encontravam alojados no local.
A delegação política da Renamo em Nampula continua isolada e vigiada pela FIR.
Foi às 5 horas do dia 8 de Março, consagrado Dia Internacional da Mulher, que o ataque da FIR à delegação política da Renamo se efectivou. O local albergava cerca de quinhentos ex-guerrilheiros daquele força política, mas no momento do ataque poucos estavam no local, porque a Renamo, alegadamente foi avisada de que ataque das forças governamentais se iria realizar naquela madrugada.
Quanto às vítimas, os relatos são vários. Fontes policiais falam de 1 morto e um ferido, ambos agentes da FIR, mas a Renamo diz que conseguiu “abater 7 agentes da FIR”.
No momento do ataque, a PRM anunciou ter capturado pouco mais de trinta homens “armados” - sem armas - da Renamo, mas só conseguiu exibir cinco deles. Mais tarde veio a saber-se também que grande parte dos capturados pela FIR afinal eram civis residentes na Rua dos Sem Medo e nada tinha a ver com a Renamo.
População ainda atormentada
Passado um mês, no seio da população de Nampula ainda reina medo devido a presença maciça de armas em Nampula. A cada esquina agora encontra-se a Polícia fortemente armada e os homens da Renamo também continuam muitos à solta e armados. A qualquer momento pode explodir novo confronto.
É certo que estes senhores da Renamo nunca fizeram mal algum a população civil nem às autoridades, mas depois do ataque que sofreram, teme-se uma possível retaliação.
Alguns munícipes de Nampula que falaram ao Canalmoz deixaram transparecer o medo que os acompanha no dia a dia.
Charifo Carlos, residente na rua dos Sem Medo, diz que “nós não sabemos o que vai acontecer. A Polícia expulsou os homens da Renamo e não sabemos por quanto tempo a Policia pode garantir a segurança e integridade dos cidadãos”.
Este cidadão assustado com a situação não é um caso isolado. A senhora Josina Matos que reside naquela rua desabafou à nossa reportagem e disse que “agora as crianças no bairro só querem brincar de guerra e muitas delas andam traumatizadas”.
As acusações entre a Renamo e a Frelimo ainda continuam ao rubro. Muito recentemente, o comandante das forças de segurança de Afonso Dhlakama, Simão Bute, veio a terreiro fazer saber que a “vontade da Frelimo matar Dhlakama ainda prevalece”. E isso pode a qualquer momento incendiar Nampula e rapidamente estender-se ao resto do País.
Bute disse, na ocasião, que uma força especial da PRM tinha sido despachada de Maputo, capital do país, para Nampula, capital do norte, para “matar Dhlakama”.
“Situação calma” aos olhos da Polícia
Inácio Dina, porta-voz do comando provincial da PRM em Nampula, quando convidado pelo Canalmoz a comentar os 30 dias após o ataque, considerou que “a situação está calma e sem motivos de alarme”. Mas tudo não passa de aparências.
Dina falou muito pouco do assunto, mas disse que apenas quatro ex-guerrilheiros da Renamo ainda se encontram detidos, “acusados de cometer graves crimes” e os restantes provavelmente em número de seis foram soltos. (Aunício da Silva)
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VOA News: África
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