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VOA News: África

quinta-feira, 26 de abril de 2012

[Armando Guebuza ganha mais dinheiro com a sua INSITEC]

CETA vende sua quota na BVM a 458  milhões de meticais

Maputo (Canalmoz) – A CETA Construções e Serviços, empresa detida maioritariamente pelo grupo INSITEC [do vasto imperio empresarial de Armando Guebuza] Constrói, acaba de encaixar 458 milhões de meticais resultantes da venda de 25 por cento das suas acções na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), tornando-se, desse modo, na primeira empresa moçambicana que usa a bolsa de valores para a captação das suas poupanças públicas, ou seja, de recursos para financiar seus investimentos produtivos.
Com esta operação de colocação de 87.500 acções, que representam 25 por cento do total do seu capital para a venda aos investidores nacionais, dos quais 70.000 sob forma de oferta privada e as restantes sob forma de oferta pública, permitiu a esta empresa não só estar cotada na bolsa como também valorizar cada vez mais a sua marca no mercado nacional.
Segundo a presidente do Conselho de Administração da BVM, Anabela Chambuca Pinho, as 87.500 acções foram transaccionadas aos investidores pelo valor de 5.234,60 meticais cada.
A subscrição das 87.500 acções que representam 25 por cento do total do seu capital social para oferta pública decorreu entre os dias 5 e 19 do mês em curso e o apuramento dos resultados teve lugar cinco dias depois, ou seja, no dia 24 em sessão especial executada pela BVM, após a aprovação do Banco de Moçambique, mediante normas da bolsa.


A marca ficou mais valorizada

Para Celso Correia, presidente do Conselho de Administração da CETA, a abertura de capital numa operação em bolsa, para além do encaixe financeiro de cerca de 458 milhões de meticais, permitiu que a marca da empresa que dirige ficasse cada vez mais valorizada no mercado nacional.
E isto, na óptica do PCA da CETA, demonstra claramente a ambição de uma empresa que quer crescer cada vez mais no mercado nacional através do incremento da sua carteira de negócios que neste momento está avaliada em 200 milhões de dólares norte-americanos.
“Moçambique vive hoje um dos períodos mais importantes da sua história em que se assiste a construção em grande “escala” de novas escolas, hospitais, estradas, pontes, barragens, entre outras infra-estruturas muito importantes para o desenvolvimento socio-económico rápido de um país”, disse Celso Correia.
“E por via disso, nos últimos dois anos assistimos a um aumento no volume de encomendas de obras sem procedente e as nossas projecções apontam para um crescimento exponencial da marca”, explicou o PCA da CTA para depois acrescentar. “Foi com este propósito que tomamos a decisão de capitalizar a nossa empresa através da bolsa de valores e esta capitalização permitirá à empresa investir no seu crescimento, seguindo a um plano de negócios que passa pela modernização dos processos da empresa, com vista a melhor servir o mercado”, finalizou a nossa fonte
Criada há mais de 30 anos a CETA conta neste momento com mais de 2600 colaboradores, entre funcionários efectivos e eventuais e conta também com cerca de três centenas de accionistas após a operação da venda dos 25 por cento das acções do seu capital social na BVM.
A empresa opera em todo o território nacional e é especializada em obras públicas, edifícios, estradas, estruturas em betão e em aço, abastecimento de água, saneamento e produção de materiais. (Raimundo Moiane)

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