Censura prévia na “Presidência Aberta”
“O
nome do seu jornal foi excluído pela Comissão dos Grandes Eventos e
pelo Gabinete de Imprensa do governo provincial”, disse-nos Victor
Machirica, adido de Imprensa da governadora de Manica, e simultaneamente
jornalista do jornal Notícias
Manica
(Canalmoz) - O Governo provincial de Manica acaba de decretar a
interdição do jornal Canal de Moçambique/Canalmoz na cobertura da visita
oficial do chefe de Estado àquela parcela do país, no âmbito das suas
presidências abertas e inclusivas. A decisão deste acto de censura
prévia foi-nos comunicada pelo adido de Imprensa da governadora
provincial de Manica, Víctor Machirica, que é simultaneamente jornalista
do Notícias no activo, jornal fiel ao regime.
O PR chega hoje a Manica, proveniente da Zambézia. Anda nas suas habituais “presidências abertas”.
Ficámos
a saber que dos 12 jornalistas convidados em representação dos
diferentes órgãos de comunicação social nacional, sedeados em Manica, o
Canal de Moçambique foi o único órgão excluído da lista, alegando o
prestativo Víctor Machirica que se trata de “ordens vindas de cima”. O
prestativo “jornalista” do Notícias não esclareceu os motivos desta
purga.
Refira-se que o presidente da República estará em Manica por 5 dias para ouvir as reclamações da população.
Para
obter mais esclarecimentos, a nossa Reportagem naquela província
contactou o delegado provincial do ICS, somente identificado por
Mudumudzua, que afirmou que ”O jornal Canal de Moçambique não está
contemplado na viagem para a cobertura presidencial. Eu também recebi
ordens de cima para trabalhar com esta lista original. Não tenho que
alterar ordens supremas. É melhor contactar o gabinete ou o senhor
Machirica, pois foi ele quem me entregou a lista final”, disse o
delegado do ICS.
O gabinete da governadora
Em
representação do gabinete de imprensa e do gabinete da governadora de
Manica, Victor Machirica, o adido de Imprensa da governadora de Manica
que acumula essas funções de servis com a de “jornalista sénior” do
jornal Notícias, e um dos representantes da comissão dos grandes eventos
na região, afirmou que o jornal Canal de Moçambique foi excluído da
lista para a cobertura da visita presidencial a partir do Governo de
Manica.
“A
lista foi enviada com todos órgãos de comunicação social que devem
fazer parte mas fomos informados pelos superiores que o seu jornal não
podia fazer parte da lista dos jornalistas para cobrir o evento”,
afirmou acrescentando que “o nome do seu jornal foi excluído pela
comissão dos grandes inventos e pelo gabinete de imprensa no Governo
provincial, nas finanças ”, disse. (José Jeco)
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