A peça, em jeito de comentário, de Matsambane Kuphane (Zambeze, 27.06.2010, p.4) sobre as adulações, bajulações e idolatrações às lideranças partidárias consubstancia um retrato fiel do ambiente pouco elegante, por vezes insano, que se vive na chamada casa do povo, a Assembleia da República.
Na legislatura ora em função, à excepção do MDM, tanto os deputados da Frelimo, como os da Renamo, carregam mais uma vez as suas baterias pela negativa, para ritualizar, curvar-se ainda que desventuradamente, às chefias das organizações partidária onde militam.
Vezes sem conta, ouvimos e vemos, os camaradas em verborreias intermináveis. Tal é a ‘febre’ que os deputados que se presam da sua dignidade de eleito sucumbem nos “repetidos e fastidiosos enaltecimentos das chefias, que se tornam cansativos pela retórica repetitiva dos intróitos dos discursos, no corpo e nas finalizações destes, com referências bajulativas, idolatrantes e de explicito culto às alegadas (pelos deputados) competentes e sábias lideranças dos seus partidos.”
De facto os ‘rodopios e os correpios’ dos nossos deputados são tais que no lugar de venerar e manter o bom nome dos seus líderes, as desgastam ou ainda as ridiculuzam em causa própria.
Resta-nos, bem disse Kuphane, ver medidas pedagógicas dessas chefias aduladas, para pôr cobro a situação das práticas do “lambe-botismo, extraindo aprendizados a partir daí.” Extraiam-se lições e devolva-se dignidade à casa do povo, cedo que mais tarde. Ganham os deputado, ganha a nação moçambicana.
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