“Madgermans” “assaltam” Assembleia da República

De volta à carga

Segundo os “madgermans”, a “pequena agitação” foi para fazer recordar ao Governo “que estamos vivos e não esquecemos que a Frelimo roubou o nosso dinheiro”. “Não vamos descansar enquanto os ladrões da Frelimo que comeram o nosso dinheiro estiverem a passear no luxo gerado pela ladroagem” – Coro do cântico dos “Madgermans” cantado ontem em frente do Parlamento. Depois de um aparente abrandamento das suas caravanas de manifestações, o grupo dos trabalhadores moçambicanos regressados da ex-República Democrática Alemã (RDA), vulgarmente conhecido por “madgermans”, voltou à carga para exigir o seu dinheiro que alegam ter-lhes sido roubado no seu regresso da Alemanha por alturas da queda do Muro de Berlim. Ontem, aquele grupo de trabalhadores foi até à Assembleia da República (AR) para exigir que aquele órgão trate o seu dossier depositado naquela Magna Casa há vários anos, e ao que tudo indica deve estar a vegetar numa das gavetas. São do partido Frelimo os indivíduos que os “madgermans” alegam que lhes ficaram com o dinheiro e o partido Frelimo sempre teve maioria absoluta ou qualificada, no Parlamento. O “assalto surpresa” à Magna Casa aconteceu nos princípios da tarde quando a sessão já havia terminado. Praticamente, os trabalhos decorriam nos gabinetes, quando, de repente, se ouviram cânticos injuriosos ao Governo e à própria Assembleia da República, mais concretamente à Frelimo, porque, segundo disseram, tudo depende deste partido – a Frelimo. A agitação foi tanta de fronte do edifício principal na Avenida 24 de Julho que não tardou a aparecer um batalhão de polícia para reprimir a manifestação. Estavam armados até aos dentes e, ao que tudo indicava, prontos para disparar como tem sido hábito. O grupo policial integrava agentes das Forças de Intervenção Rápida (FIR) e agentes das forças regulares da Polícia da República de Moçambique (PRM). Segundo os “madgermans”, aquela “pequena agitação” foi para fazer recordar ao Governo “que estamos vivos e não esquecemos que a Frelimo roubou o nosso dinheiro”. Leia mais. (Canalmoz)