HOMENS armados da Renamo, que nos últimos dias protagonizaram ataques contra alvos civis ao longo da Estrada Nacional número Um (EN1), na área de jurisdição do posto administrativo de Muxúnguè ainda se encontram concentrados, em número não especificado, na povoação de Mangomonhe, no interior do distrito de Chibabava, em Sofala.
Maputo, Segunda-Feira, 8 de Julho de 2013
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Trata-se, segundo régulo Muxúnguè, Macotole Manfunde, de indivíduos conhecidos naquela zona onde vivem e realizam as suas actividades normalmente, sendo que as autoridades comunitárias locais nada podem fazer com vista à sua neutralização por estarem desprovidos de meios para o efeito.
"Estes homens são provenientes das zonas de Mangomonhe, Panjha e Matondo, em Muxúnguè, e nao são denunciados pela população por temer o reinício da guerra. Eles dispararam contra viaturas, matando pessoas indefesas e esperamos que o Governo resolva este problema"-revelou.
Aquele líder tradicional exemplificou que tal movimento rebelde começou apenas com cinco insurgentes, número que actualmente, se multiplicou.
"Eles estão concentrados em Mangomonhe, que fica a extensos quilómetros ao nascente de Muxúnguè. Têm casas, carros, mulheres, filhos, bancas e casas de aluguer aqui na vila de Muxúnguè. São pessoas conhecidas, cuja proveniência das suas armas é desconhecida"- confessou Macotole Manfunde.
Contudo, o régulo Muxúnguè como é tratado na zona, pede ao Governo para, definitivamente, estancar este cenário que provoca instabilidade política no país, passados que foram 20 anos de paz.
Revelou ainda que diariamente, quando anoitece, realiza cerimónias tradicionais para rogar aos ente queridos para que, Moçambique não volte a ser palco de operações de guerra, numa altura em que, para ele, se nota o crescimento da vida socioeconómica e político-cultural.