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quinta-feira, 4 de julho de 2013

DHLAKAMA CONDICIONA ENCONTRO COM PR A RETIRADA DE MILITARES DE GORONGOSA

Afonso Dhlakama, líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, revelou hoje em Sathungira, na província central de Sofala, que o diálogo com o Presidente da República (PR), Armando Guebuza, depende da retirada das forças de defesa e segurança que cercam a sua base naquela região. 

Dhlakama que manteve um encontro com o Observatório Eleitoral, afirma que se o governo rejeitar a retirada das forças de defesa e segurança então o Presidente da República deverá deslocar-se ao distrito de Gorongosa.
O líder da Renamo, que falava em conferência de imprensa no término de um encontro com o Observatório Eleitoral, argumentou que impõe a retirada das forças de segurança estacionadas em Gorongosa, porque teme uma possível ocupação da sua base durante a sua deslocação à capital do país para o encontro com Guebuza.

Na ocasião, o líder da Renamo assumiu ter ordenado os ataques armados em Muxúnguè, distrito de Chibabava, cujo saldo são dois óbitos e cinco feridos, e asseverou que os alvos não eram cidadãos civis, mas sim forças de segurança que eram transportadas em viaturas civis para o distrito de Gorongosa.
Questionado se tencionava lançar mais ataques no troço Muxúnguè-Save, Afonso Dhlakama afirmou que esta pergunta deveria ser colocada ao Presidente da República por se tratar da única pessoa capaz de explicar as razões dos disparos.
“Nunca foi intenção nossa de atacar civis, porque estes atacaríamos aqui em Gorongosa. As tropas que vêem a Gorongosa não são transportadas em carros militares, mas sim viaturas civis, daí que alguns civis foram atacados, porque se encontravam em viaturas que se julgavam transportar militares’’ – disse Afonso Dhlakama, afirmando não constituir verdade as declarações de que ele é quem tem estado a esquivar o Presidente da República.
‘’Isso é uma publicidade barata, pois os dois encontros que aconteceram em Nampula foram da minha iniciativa’’, disse.
Convidado a comentar sobre o ataque ao paiol de Savana, distrito do Dondo, em Sofala, o líder da Renamo afirmou que não foram seus militares e “nem sabemos os autores, pois se tivesse sido a Renamo não desmentiria. Não sei porque é que as pessoas andaram a gritar, dado se tratar de um alvo militar. Se tivesse sido a Renamo diria que fomos nós que atacamos para roubar armas, se calhar um dia isso pode acontecer”.
Mais uma vez Dhlakama insistiu na posição anterior do seu partido, afirmando que a Renamo condiciona a sua participação nas eleições autárquicas agendadas para Novembro do corrente ano a revogação da Lei Eleitoral. Disse que os partidos políticos, incluindo a Renamo, exigem adopção de uma Lei Eleitoral que não acomode apenas a Frelimo.
Ademais, o presidente da Renamo reiterou o não a guerra, mas convidou o Governo, em geral, e o Presidente da República, em particular, a mostrar vontade de edificar a paz, advogando que quem é que não quer a paz é o PR e seu Governo, que segundo disse, atacaram a “Perdiz”’ durante 20 anos.
‘’Quero que a imprensa transmita aos moçambicanos que não há guerra em Moçambique. No dia em que o presidente retirar as forças de segurança que me rodeiam em Sathungira e todo o Gorongosa, irei a Maputo, mesmo que seja amanhã, mas como ele tem problemas de retirar os soldados, eu o convido a vir a Gorongosa para pormos fim a esta tensão, porque eu não posso ser apontado dedo quando não tenho culpa. Quero garantir paz a todos os moçambicanos. Sentimos a perda de vidas humanas’’ – disse Afonso Dhlakama afirmando que a paz em Moçambique não é da família Guebuza muito menos da família Dhlakama, mas sim de todo o povo moçambicano.

OBSERVATÓRIO ELEITORAL ACREDITA QUE DHLAKAMA ESTÁ ABERTO AO DIÁLOGO
Por seu turno, o Presidente do Observatório Eleitoral, Reverendo Dinis Matsolo, disse que o líder da Renamo está aberto ao diálogo com o Presidente da República, facto corroborado pela sua agremiação, que pretende ver conversações frutíferas entre as parte.
“Encontramos esta abertura total por parte do líder da Renamo em encontrar-se com o Presidente da República para ultrapassar o impasse. O próximo passo será a compartilha do que aconteceu aqui em Gorongosa com o Presidente da República e vamos procurar encontrar formas dos passos seguintes’’, disse Dinis Matsolo, explicando que para que se ultrapasse os impasses nas negociações, as partes envolvidas devem ser francas e abertas e demonstrar respeito mútuo.
A fonte disse que a questão não é encontrar o problema, mas sim identificar o remédio, daí que ‘’nós queremos ser parte da solução deste problema. Ninguém deve se contentar em encontrar problema. Ficamos preocupados quando nas conversações parece que o orgulho é ter impasse. É preciso que haja progresso’’.
DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE/SG
AIM – 03.07.2013

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