Por Edwin Hounnou
Tomás Vieira Mário, comentador do programa televisivo da stv, Pontos de Vista, disse, na noite de domingo, 23 de Junho, que a Força de Intervenção Rápida, FIR, portou-se bem por não ter distribuído chicotadas e por não ter efectuado prisões aos manifestantes de repúdio aos ataques de supostos homens da Renamo, no troço Muxúnguè/Rio Save, no sábado, dia 22 de Junho. Constitui uma tentativa de enganar a opinião pública porque a FIR não teria permitido se essas manifestações tivessem sido convocadas pela oposição. Embora tivessem participado das manifestações líderes religiosos, elas foram convocadas, organizadas e dirigidas pelo partido governamental, por isso mesmo, a FIR não iria ferrar a mão em quem lhe dá salários.
Se essas manifestações tivessem sido convocadas pela oposição, a FIR teria usado bastões e jactos para dispersar os participantes e alguns teriam sido presos, como tem sido sua prática habitual. Até agora, não se conhece nenhuma manifestação da oposição foi autorizada, apesar de a manifestação não carecer da autorização de quem quer que seja. Qualquer administrador distrital, um presidente municipal pode proibir ou inviabilizar uma manifestação de um partido da oposição, alegando qualquer coisa como a sua ausência na autarquia ou não ter visto uma delegação desse partido defronte do seu nariz. Esta intolerância política extrema de governantes do partido no poder acontece um pouco por todo o país, com toda a impunidade.
No nosso país, o direito à manifestação está, apenas, escrita na Constituição da República, mas, não se efectivam na prática. Quando tolerado, a polícia desvia a rota escolhida pelos organizadores. As autoridades gostariam que as manifestações fossem aos fins-de-semana e longe da sua vista. Fazem manifestações e marcham pelas ruas, sem serem reprimidas pela polícia, as organizações democráticas de massas da Frelimo, como a OJM, a OMM (ligas juvenil e da mulher) e outras similares geradas na mesma maternidade política. Enquanto a Frelimo continuar a comportar-se como proprietário do país, a FIR vai prosseguir a ostracizar a oposição ainda que esteja representada na Assembleia da República. Seria bom que a FIR respeitasse os moçambicanos como o faz em relação à Frelimo.
A violência política a que o povo, tanto os partidos políticos da oposição como os trabalhadores, é vítima tem em vista pôr a Frelimo acima de todos para se eternizar no poder, mesmo sem mérito, como ocorre neste momento. Hoje, assistimos uma escalada de violência militar exercida pela Renamo porque o governo da Frelimo se recusa a aceitar o óbvio e legal que é paridade nos órgãos eleitorais. Como os interesses empresariais privados individuais e de grupo falam mais alto que a vida do povo, na sua mensagem à Nação, pelos 38 anos de independência nacional, o Chefe de Estado não se referiu uma palavra de como pensa resolver o conflito armado instalado entre Muxúngue e Rio Save, que opõe o governo à Renamo.
(Recebido por email)
Tomás Vieira Mário, comentador do programa televisivo da stv, Pontos de Vista, disse, na noite de domingo, 23 de Junho, que a Força de Intervenção Rápida, FIR, portou-se bem por não ter distribuído chicotadas e por não ter efectuado prisões aos manifestantes de repúdio aos ataques de supostos homens da Renamo, no troço Muxúnguè/Rio Save, no sábado, dia 22 de Junho. Constitui uma tentativa de enganar a opinião pública porque a FIR não teria permitido se essas manifestações tivessem sido convocadas pela oposição. Embora tivessem participado das manifestações líderes religiosos, elas foram convocadas, organizadas e dirigidas pelo partido governamental, por isso mesmo, a FIR não iria ferrar a mão em quem lhe dá salários.
Se essas manifestações tivessem sido convocadas pela oposição, a FIR teria usado bastões e jactos para dispersar os participantes e alguns teriam sido presos, como tem sido sua prática habitual. Até agora, não se conhece nenhuma manifestação da oposição foi autorizada, apesar de a manifestação não carecer da autorização de quem quer que seja. Qualquer administrador distrital, um presidente municipal pode proibir ou inviabilizar uma manifestação de um partido da oposição, alegando qualquer coisa como a sua ausência na autarquia ou não ter visto uma delegação desse partido defronte do seu nariz. Esta intolerância política extrema de governantes do partido no poder acontece um pouco por todo o país, com toda a impunidade.
No nosso país, o direito à manifestação está, apenas, escrita na Constituição da República, mas, não se efectivam na prática. Quando tolerado, a polícia desvia a rota escolhida pelos organizadores. As autoridades gostariam que as manifestações fossem aos fins-de-semana e longe da sua vista. Fazem manifestações e marcham pelas ruas, sem serem reprimidas pela polícia, as organizações democráticas de massas da Frelimo, como a OJM, a OMM (ligas juvenil e da mulher) e outras similares geradas na mesma maternidade política. Enquanto a Frelimo continuar a comportar-se como proprietário do país, a FIR vai prosseguir a ostracizar a oposição ainda que esteja representada na Assembleia da República. Seria bom que a FIR respeitasse os moçambicanos como o faz em relação à Frelimo.
A violência política a que o povo, tanto os partidos políticos da oposição como os trabalhadores, é vítima tem em vista pôr a Frelimo acima de todos para se eternizar no poder, mesmo sem mérito, como ocorre neste momento. Hoje, assistimos uma escalada de violência militar exercida pela Renamo porque o governo da Frelimo se recusa a aceitar o óbvio e legal que é paridade nos órgãos eleitorais. Como os interesses empresariais privados individuais e de grupo falam mais alto que a vida do povo, na sua mensagem à Nação, pelos 38 anos de independência nacional, o Chefe de Estado não se referiu uma palavra de como pensa resolver o conflito armado instalado entre Muxúngue e Rio Save, que opõe o governo à Renamo.
(Recebido por email)
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