- Mas o processo de recenseamento, segundo a própria Frelimo, está abalado pela fraca aderência
Mateus Kathupa, vice-chefe da Brigada Central do partido Frelimo
Maputo
(Canalmoz) – O partido Frelimo diz ter recomendado o Governo a
encontrar fórmulas que permitam a Renamo a participar nas próximas
eleições autárquicas e gerais de 2013.
Numa
conferência de Imprensa convocada na manhã da última quinta-feira em
Maputo, o vice-chefe da Brigada Central do partido Frelimo para a cidade
capital, Mateus Kathupa, disse que o seu partido também está a
equacionar a possibilidade de accionar influentes figuras da sociedade
moçambicana “para convencer o presidente Afonso Dhlakama e a sua equipa a
participarem nas eleições”.
“Não
é desejável que a Renamo não participe nas eleições. Não é bom, por
isso a Frelimo deu instruções ao seu Governo para encontrar fórmulas que
permitam a participação da Renamo. Também vai falando com pessoas
influentes para convencerem o presidente Afonso Dhlakama e a sua equipa a
participarem nas eleições”, disse Mateus Kathupa.
Abalos no processo de recenseamento eleitoral
Num
outro desenvolvimento, Kathupa falou do processo de recenseamento
eleitoral em curso no País que, segundo ele, enfrentou e continua a
enfrentar alguns problemas.
“Verificámos
que o início do recenseamento eleitoral teve alguns abalos que estão a
ser ultrapassados”, disse Mateus Kathupa, acrescentando que “o que
observamos e de que temos como informação é de que o nível de pessoas
recenseadas até agora está a quem daquilo que se espera de uma cidade
com população elegível para o recenseamento.
Por
isso, segundo Kathupa, a Frelimo coloca a possibilidade de mobilizar as
pessoas porta-a-porta, para que se possa atingir o número maior de
eleitores, para garantir eleições de forma desejável e credível.
“A greve dos médicos? – Munícipes da cidade de Maputo estão a viver um ambiente tranquilo”
Sobre
a greve dos médicos e outro pessoal de saúde que já dura há três
semanas, o membro da brigada central do partido Frelimo disse que
“apesar de todas as emoções de carga a volta disso, para o partido
Frelimo o certo é que os munícipes da cidade de Maputo estão a viver um
ambiente tranquilo”.
“O
partido Frelimo está a fazer um esforço muito grande, para que nas
unidades sanitárias haja um ambiente de solidariedade, de tranquilidade,
e que se reduza o maior número possível de mortes que seja resultante
da ausência de assistência”, acrescentou a mesma fonte.
No
concreto, segundo Mateus Kathupa, o que está a acontecer é que os
membros da OMM e da OJM, braços políticos da Frelimo, vão indo ao
Hospital Central de Maputo e a outras unidades sanitárias para
assistirem naquilo que podem e evitar que haja instabilidade.
“O
que nos dizem e fomos informados é que o trabalho garante a minimização
do impacto da greve”, disse Mateus Kathupa, acusando, sem apontar
nomes, que “há gente que quer induzir a aderência à greve de forma não
legal”.
Objectivos da brigada central
A
brigada central da Frelimo encontra-se na cidade de Maputo para
trabalhar com o Secretariado do Comité da cidade e o Gabinete Eleitoral
recentemente criado.
Sobre
o processo eleitoral, Mateus Kathupa disse que o seu partido ainda não
tem candidatos na cidade de Maputo. Contudo deu a conhecer que há uma
directiva bastante rígida que foi desenhada para não permitir tráfico de
influências.
De
acordo com Kathupa, a directiva dá um papel muito importante que devem
ser jogados pelos bairros, e orienta que as pessoas que vão se
candidatar sobretudo à presidente do município sejam aprovados pelos
bairros através do sistema de votos, passando pelas células do partido.
Por sua vez, as candidaturas são analisadas pelos comités de círculos
distritais até a cidade.
“A
directiva estabelece que haja pre-candidatos. Mas quem quer ser
candidato, sobretudo à presidente do município, deve apresentar o seu
programa, deve provar que conhece a legislação e também os estatutos do
partido”, disse Mateus Kathupa.
A brigada central para Maputo, segundo o seu vice-chefe, é de que o ambiente na cidade está bem, há estabilidade política.
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