FARTOS DOS SUCESSIVOS CASOS DE
CORRUPÇÃO E DESVIO DE FUNDOS
FILIMÃO SAVECA
Os principais patrocinadores
do Orçamento do Estado moçambicano já não escondem a sua desilusão pelos
suscessivos indícios de má governação em Moçambique e optam, mesmo, pelo
chamado discurso “politicamente incorrecto”, até em ambientes públicos (CmN.º
4088, págs. 1 e 2).
É nesta esteira que o
chamado Grupo de 19 (G-19) exige esclarecimento “urgente e rápido” dos casos recentes
de corrupção registados na Educação e no sector de madeiras.
“Exigimos rápido
esclarecimento destes dossiers”, vincou Mogens Pedersen, embaixador da
Dinamarca e presidente do G-19, falando em entrevista ao Correio da manhã, à
margem da cerimónia de apresentação dos compromissos dos Parceiros do Apoio
Programático (PAPs).
Enfatizou que os países e
instituições financeiras membros do grupo têm vindo a realizar enormes esforços
para manter os compromissos financeiros com Moçambique neste conturbado momento
da crise financeira, “isto, particularmente,
para implementação efectiva das leis aprovadas do pacote anti-corrupção pelo
Governo”.
Disse ainda que a honra desses
compromissos visa proporcionar um crescimento inclusivo, através do apoio do
Governo a pequenas e médias empresas e a agricultores de pequena escala “por
serem eles que têm passado por muitas dificuldades e com elevados índices de
pobreza e são a maioria da população, pois representam 80% da mesma”.
Refira-se, entretanto, que o
grupo comprometeu-se a desembolsar pouco mais de 560 milhões de dólares para o
Orçamento do Estado e programas de desenvolvimento socioeconómico de 2014.
O montante aproxima-se ao
desembolsado em 2012 para o presente ano fiscal.
CORREIO DA MANHÃ – 03.06.2013
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