Notícia
da VOA diz que foram detidos, em Maputo, dois mexicanos e um nigeriano,
membros de cartéis de droga. Faz referência ainda a um navio que foi
encontrado na África do Sul, tendo partido de Maputo com produtos
químicos usados no fabrico da droga pesada
Maputo
(Canalmoz) – Moçambique é referenciado numa notícia da “Voz de
América”, como tendo ligações com cartéis de droga mexicanos. A Notícia é
assinada por Alex Pena, a partir de Nairobi, Quénia, e foi publicada em
Inglês na versão electrónica da VOA.
O
Canalmoz reproduz, com a devida vénia, a notícia em causa. A tradução é
da nossa responsabilidade. A versão em inglês pode ser acedida em http://www.voanews.com/content/illegal-drugs-cartels-africa-mexico/1211572.html
“Oficiais
da Administração de Combate à Droga dos Estados Unidos (Drug
Enforcement Administration - DEA) da América, EUA, afirmam que os
cartéis de drogas mexicanos estão a desempenhar um papel crescente no
tráfico de drogas ilícitas em África. Os funcionários da DEA dizem que
os cartéis usam cada vez mais a África para trânsito de drogas ilegais.
Os
funcionários da DEA afirmam que suas investigações indicam que um
número crescente de produtos químicos utilizados para a produção de
drogas ilegais para os cartéis no México tem vindo de traficantes
africanos.
A
DEA diz ter documentado que os cartéis de droga mexicanos fazem
referência a grupos criminosos em Moçambique, na República Democrática
do Congo, no Gana e na Nigéria.
Jeff
Breeden, o chefe da secção da DEA, diz ter observado a tendência de
crescimento próprio dos grupos traficantes de droga no continente.
“Não
identificámos actividade específica do cartel em África. Identificámos
os mexicanos em África, e sabemos que eles estão filiados a cartéis –
nós não os relacionamos por acaso”, disse Breeden.
As
operações de tráfico de droga mexicana e sul-americana estendiam-se até
o outro lado do Atlântico como à África Ocidental, que servia como
ponto de partida para as drogas contrabandeadas para o norte, para a
Europa. Mas um número crescente de operações da DEA e de polícias
locais, nos últimos anos, têm mostrado operações de tráfico de drogas
que atingem mais a leste e a África sub-sahariana.
Num
relatório apresentado ao Senado americano, pelo oficial da DEA baseado
em Pretória, África do Sul, é referido que a polícia interceptou um
navio de produtos químicos utilizados na fabricação de drogas ilícitas
destinadas a um grupo de cidadãos mexicanos que operam a partir de
Maputo, Moçambique.
Outras investigações levaram à prisão de três mexicanos e um operacional da Nigéria a partir de uma residência em Moçambique.
Os
funcionários da DEA acreditam que nove das maiores organizações de
tráfico de drogas na América do Sul e México têm operações em África.
Breeden
diz que a preocupação entre os agentes de combate às drogas é que a
África pode-se transformar num ponto central de trânsito para os
cartéis.
“Houve
várias grandes apreensões. Uma no Quénia, e uma na RDC (República
Democrática do Congo), onde um mexicano foi identificado. A
pseudoefedrina estava transitando e sendo reembalada em África, para em
seguida, ser reencaminhada para o México ou América Central para
processamento de metanfetamina. Acabou nas ruas dos EUA”, disse Breeden.
O
crescente número de operações ilegais de droga na África obrigou a DEA a
aumentar os seus esforços, abrindo escritórios em vários países da
África sub-saariana. Em Janeiro, a agência abriu um escritório em
Nairobi, e tem planos de abrir um no Senegal e em alguns outros locais,
dentro de alguns anos.
Breeden disse que a DEA está a reagir a uma ameaça na África que está a chegar de todo o mundo.
“Nós
vimos heroína nos últimos anos proveniente do Afeganistão, que transita
tanto pela África Oriental, como pela África do Sul e África Ocidental,
e que é destinada para os Estados Unidos”, afirma Breeden.
Breeden
diz que as fronteiras desprotegidas dos Estados África, a falta da
aplicação da lei, a corrupção, criam terreno privilegiado para as
organizações de tráfico operarem livremente”. (in VOA, com a devida vénia do Canalmoz/ Redacção)
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