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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Segundo maior accionista no projecto da linha de energia Tete-Maputo continua em “segredo dos deuses”

Maputo (Canalmoz) - Continua no “segredo dos deuses” o nome do segundo maior accionista da entidade que se incumbirá do projecto de construção da linha de transporte de energia eléctrica Tete-Maputo, denominado CESUL ou “espinha dorsal”.
Já há no entendo rumores dando conta que é uma empresa com ligações ao chefe de Estado, Armando Guebuza, figura de das mais variadas e ínvias formas tem estado a usar a função privilegiada de chefe de Estado e de Governo (“inside information”) para montar iniciativas particulares de negócio.
O Governo moçambicano promete anunciar dentro de um mês o nome da empresa, não se sabendo a razão de tanto segredo.

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Electricidade de Moçambique (EDM), Augusto Fernando, disse que neste momento  o Governo está a analisar as propostas das quatro empresas que estão a disputar a maior percentagem dos 49% das acções destinadas aos accionistas estrangeiros no projecto CESUL, detido maioritariamente pela EDM, com 51%. Sabe-se apenas que entre as empresas que disputam posição está a Rede Energética Nacional de Portugal (REN), Electróbras, do Brasil, Eskom, da África do Sul, e a EDF, da França.
De acordo com o PCA da EDM, qualquer das  quatro empresas manifestou interesse de  ser a segunda maior accionista no projecto CESUL e o Governo está neste momento a analisar as propostas apresentadas pelas mesmas de modo a seleccionar aquela que melhores  condições reunir para ficar com a maior percentagem dos 49% em disputa. No âmbito desta disputa configura-se todo um conjunto de especulações que o segredo ajuda a alimentar com maior intensidade.
“Estamos neste momento a analisar as propostas das quatro empresas, pois todas manifestaram o interesse de ficar com o maior bolo das acções destinadas a empresas estrangeiras. E logo que este processo estiver pronto, ainda dentro de um mês, prometemos anunciar o nome da empresa que será a segunda maior accionista no projecto da “espinha dorsal”, disse Augusto Fernando.
Avaliado em 2,7 mil milhões de dólares norte-americanos, o projecto CESUL comporta duas linhas de transporte de energia eléctrica, sendo a primeira de corrente alternada, de 400 quilowatts, e que deverá, para além de ligar as províncias de Tete e Maputo, comportar subestações ao longo do seu percurso para permitir o fornecimento de electricidade aos diferentes pontos de consumo que incluem as províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Sofala.
Esta fase está avaliada em cerca de 951 milhões de dólares norte-americanos.
A segunda linha será de corrente contínua, de 500 quilowatts, orçada  em 849 milhões de dólares norte-americanos, ligando directamente as províncias de Tete e Maputo, alegando que esta tem vantagem de comportar menos perdas de energia, tornando-se, por conseguinte, um projecto mais económico.
A energia transportada para sul por esta linha permitirá o estabelecimento de industrias em Maputo retirando a oportunidade de as acolher às províncias a centro do país. Permitirá também tornar mais fiável a continuidade de fornecimento de energia eléctrica a Maputo.
Com este projecto, segundo as autoridades governamentais moçambicanas, pretende-se reforçar a capacidade da rede de transporte de energia eléctrica nas regiões centro e sul, a fim de estabelecer as bases para uma futura expansão da capacidade de distribuição da EDM na região, bem como permitir o transporte de energia que será gerada por novos projectos de produção de electricidade, principalmente na província de Tete, entre os quais as centrais térmicas da Vale Moçambique e da Rio Tinto, associadas à exploração de carvão mineral.
O outro grande empreendimento eléctrico, segundo as autoridades moçambicanas do sector de energia, é a central de gás de Pande e Temane, na província de Inhambane, onde uma empresa alemã pretende investir 600 milhões de euros para a instalação de uma petroquímica, visando a transformação do gás natural em combustível para viaturas e outros fins industriais.
São projectos que na óptica do Governo moçambicano visam fazer face aos actuais desafios que o país enfrenta na área de electricidade, incluindo a reestruturação, reabilitação e o reforço das infra-estruturas de transporte e distribuição.
É assim que a “espinha dorsal” ou linha CESUL é vista como sendo a plataforma para melhorias significativas no sistema de transporte de energia de Alta Tensão (AT). Estimam os empreendedores que a construção da CESUL esteja concluída em quatro ou cinco anos. (Raimundo Moiane)

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