... “A disposição e a representatividade de um Parlamento mostra o nível de democracia que se vive” – presidente da Namíbia, Hifikepunye Pohama
Maputo (Canalmoz) – Tem sido conversa entre os cidadãos e algumas vezes tem norteado as intervenções de muitos moçambicanos nas comemorações da independência nacional. “A independência contra o colonialismo de nada serve quando o povo continua na miséria e sem esperança”. Desta vez, as palavras são do presidente da República da Namíbia, Hifikepunye Pohama, que está de visita oficial a Moçambique. O estadista namibiano discursava na manhã de ontem no Parlamento moçambicano perante os deputados e demais convidados. Disse que os movimentos libertadores (FRELIMO e SWAPO) trouxeram a independência a Moçambique e Namíbia, respectivamente, mas enquanto as pessoas continuarem sem emprego, sem comida e na pobreza, de nada valeu a luta.
Disse também que a democracia de que se fala como corolário da luta é insignificante se as pessoas continuarem sem acesso a serviços básicos como a água potável, alimentação, comida, assistência médica e educação.
Hifikepunye Pohama referiu que se as pessoas são eleitas para o poder é para providenciar ao povo uma vida condigna que se circunscreve a habitação, emprego, educação, serviços médicos e electricidade. O estadista namibiano mencionou ser crucial criar uma sociedade em que o povo se sinta dono do seu País e dos seus recursos, onde os cidadãos tenham a mesma oportunidade perante as circunstâncias.
Sobre o Parlamento, Hifikepunye Pohama disse que aquele órgão deve promover as aspirações do povo. “Como representantes eleitos pelo povo é nossa tarefa analisar e debater assuntos críticos pelos quais passa o nosso povo e apresentar soluções”.
África e a ganância dos seus líderes
Hifikepunye Pohama reservou parte do seu discurso para mandar recados para os líderes africanos que se notabilizam pela privatização dos recursos do povo. “Temos que usar os nossos recursos naturais para o benefício do povo”. Lembrou que o continente é rico em recursos naturais que por si podem garantir uma boa qualidade de vida aos africanos. Deixava claro que está em causa a gestão por parte dos líderes.
Hifikepunye Pohama anotou que infelizmente a imagem da criança africana que tem em mente é de uma criança desnutrida sem roupa e sem educação. Para acabar com este quadro negro o estadista namibiano propõe a criação de “leis responsáveis” para acabar com as gritantes desigualdades sociais.
Comparação
Apesar de ter quase os mesmos recursos, a Namíbia está mais avançada que Moçambique, em vários domínios. A única questão que lhe é comum é o facto de os partidos que trouxeram a independência ainda se manterem no poder. De resto as diferenças são significativas. Por exemplo, no capítulo da corrupção, enquanto Moçambique ocupa o 120 lugar, com a classificação 2.2, segundo a Transparência Internacional, estando no grupo dos países mais corruptos do mundo, a Namíbia está 57.0 lugar, com a classificação 4.4, a par de países europeus como a República Checa. Em termos de Índice de Desenvolvimento Humano a diferença é mesmo abismal. O último relatório das Nações Unidas que caiu como uma bomba para as autoridades de Maputo colocou Moçambique 184.0 lugar, ou seja, o quarto pior país para se viver no mundo. A Namíbia está na posição 120 e subiu uma posição em relação à classificação de 2010.
Enquanto Namíbia tem 20 ministérios, Moçambique tem 28 ministérios, incluindo os que estão na Presidência. Acontece porém que Moçambique tem uma densidade populacional de perto de 22 milhões de habitantes que ocupam os 799.380 Km2 enquanto a Namíbia tem apenas pouco mais de 2 milhões de habitantes que ocupam os 824 292 km2. (Matias Guente)
Maputo (Canalmoz) – Tem sido conversa entre os cidadãos e algumas vezes tem norteado as intervenções de muitos moçambicanos nas comemorações da independência nacional. “A independência contra o colonialismo de nada serve quando o povo continua na miséria e sem esperança”. Desta vez, as palavras são do presidente da República da Namíbia, Hifikepunye Pohama, que está de visita oficial a Moçambique. O estadista namibiano discursava na manhã de ontem no Parlamento moçambicano perante os deputados e demais convidados. Disse que os movimentos libertadores (FRELIMO e SWAPO) trouxeram a independência a Moçambique e Namíbia, respectivamente, mas enquanto as pessoas continuarem sem emprego, sem comida e na pobreza, de nada valeu a luta.
Disse também que a democracia de que se fala como corolário da luta é insignificante se as pessoas continuarem sem acesso a serviços básicos como a água potável, alimentação, comida, assistência médica e educação.
Hifikepunye Pohama referiu que se as pessoas são eleitas para o poder é para providenciar ao povo uma vida condigna que se circunscreve a habitação, emprego, educação, serviços médicos e electricidade. O estadista namibiano mencionou ser crucial criar uma sociedade em que o povo se sinta dono do seu País e dos seus recursos, onde os cidadãos tenham a mesma oportunidade perante as circunstâncias.
Sobre o Parlamento, Hifikepunye Pohama disse que aquele órgão deve promover as aspirações do povo. “Como representantes eleitos pelo povo é nossa tarefa analisar e debater assuntos críticos pelos quais passa o nosso povo e apresentar soluções”.
África e a ganância dos seus líderes
Hifikepunye Pohama reservou parte do seu discurso para mandar recados para os líderes africanos que se notabilizam pela privatização dos recursos do povo. “Temos que usar os nossos recursos naturais para o benefício do povo”. Lembrou que o continente é rico em recursos naturais que por si podem garantir uma boa qualidade de vida aos africanos. Deixava claro que está em causa a gestão por parte dos líderes.
Hifikepunye Pohama anotou que infelizmente a imagem da criança africana que tem em mente é de uma criança desnutrida sem roupa e sem educação. Para acabar com este quadro negro o estadista namibiano propõe a criação de “leis responsáveis” para acabar com as gritantes desigualdades sociais.
Comparação
Apesar de ter quase os mesmos recursos, a Namíbia está mais avançada que Moçambique, em vários domínios. A única questão que lhe é comum é o facto de os partidos que trouxeram a independência ainda se manterem no poder. De resto as diferenças são significativas. Por exemplo, no capítulo da corrupção, enquanto Moçambique ocupa o 120 lugar, com a classificação 2.2, segundo a Transparência Internacional, estando no grupo dos países mais corruptos do mundo, a Namíbia está 57.0 lugar, com a classificação 4.4, a par de países europeus como a República Checa. Em termos de Índice de Desenvolvimento Humano a diferença é mesmo abismal. O último relatório das Nações Unidas que caiu como uma bomba para as autoridades de Maputo colocou Moçambique 184.0 lugar, ou seja, o quarto pior país para se viver no mundo. A Namíbia está na posição 120 e subiu uma posição em relação à classificação de 2010.
Enquanto Namíbia tem 20 ministérios, Moçambique tem 28 ministérios, incluindo os que estão na Presidência. Acontece porém que Moçambique tem uma densidade populacional de perto de 22 milhões de habitantes que ocupam os 799.380 Km2 enquanto a Namíbia tem apenas pouco mais de 2 milhões de habitantes que ocupam os 824 292 km2. (Matias Guente)
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