Desfile de armas de guerra agita cidade de Nampula
PRM cancela conferência de imprensa sem dar esclarecimentos e silêncio das autoridades leva a especulações segundo as quais o governador provincial anda apavorado e já não dorme na residência oficial
O clima de tensão entre a Renamo e a Frelimo cresce em Nampula e no terreno sente-se a crescer a crispação entre os chamados “homens armados de Dhlakama” e as forças policiais às ordens da liderança do Estado que se confunde com a liderança do partido no poder. Assiste-se a um confronto silencioso na cidade de Nampula entre os chamados “homens armados da Renamo” e diferentes segmentos da Polícia da República de Moçambique.
Os guardas do presidente da Renamo, que antes ficavam nas redondezas da casa onde habita o general Afonso Dhlakama, agora estão a passear pela cidade, empunhando armas de guerra de tipo AKM, e a Polícia anda a vigiá-los, também armada. Até agora ainda não houve confrontos entre as partes, mas o ambiente é tenso e nota-se que os citadinos desta que é a maior cidade no norte do País, andam apavorados com o que possa suceder de um momento para o outro.
PRM cancela conferência de imprensa sem dar esclarecimentos e silêncio das autoridades leva a especulações segundo as quais o governador provincial anda apavorado e já não dorme na residência oficial
O clima de tensão entre a Renamo e a Frelimo cresce em Nampula e no terreno sente-se a crescer a crispação entre os chamados “homens armados de Dhlakama” e as forças policiais às ordens da liderança do Estado que se confunde com a liderança do partido no poder. Assiste-se a um confronto silencioso na cidade de Nampula entre os chamados “homens armados da Renamo” e diferentes segmentos da Polícia da República de Moçambique.
Os guardas do presidente da Renamo, que antes ficavam nas redondezas da casa onde habita o general Afonso Dhlakama, agora estão a passear pela cidade, empunhando armas de guerra de tipo AKM, e a Polícia anda a vigiá-los, também armada. Até agora ainda não houve confrontos entre as partes, mas o ambiente é tenso e nota-se que os citadinos desta que é a maior cidade no norte do País, andam apavorados com o que possa suceder de um momento para o outro.
Os ex-guerrilheiros da Renamo que sempre se pautaram por uma postura
resguardada, com o avolumar de manifestações de força empreendidas por
diversas forças policiais passaram a passear pela cidade. Andam por todo
o lado armados. Não provocam ninguém, mas a atitude que assumiram tem
todas as características de demonstração de força em resposta à
musculatura que a Polícia tem estado a exibir ultimamente.
Os “homens armados da Renamo” andam por todo o lado, sentam-se em todo o lado, armados, prontos a responder a qualquer provocação. É notório que ao mínimo sinal de intromissão da Polícia poderão entrar em acção.
Os “homens armados da Renamo” andam sob forte vigia de homens da Polícia da República de Moçambique, das várias especialidades, desde a Polícia de Protecção até à famosa Força de Intervenção Rápida (FIR), mas a Polícia não se tem intrometido.
O ambiente é de pré-confrontação.
Este clima agravou-se nas últimas semanas, desde que Afonso Dhlakama reforçou a sua segurança quando se começou a sentir em Nampula uma presença inusitada de forças policiais, especialmente da FIR.
Quando a Polícia reforçou os seus efectivos em Nampula, a resposta de Afonso Dhlakama foi proporcional.
Sente-se que a possibilidade de confrontos pode estar iminente.
Quem sofre com isso é a população civil que anda com medo ao ver tantas armas a circular na via pública.
Por exemplo, na rua dos Sem Medo – onde se localiza a delegação política da Renamo, na cidade de Nampula – o fluxo de armas de fogo é agora fora do vulgar.
Pais e encarregados de educação temem mandar as suas crianças às escolas. Receiam que a qualquer momento possa haver confrontos entre as forças governamentais que a Renamo tem como forças ao serviço do Partido Frelimo – dito doutra maneira: comprometidas com a Frelimo – e os “homens armados da Renamo” cujos efectivos cresceram abruptamente desde que a FIR iniciou demonstrações de força em Nampula que a Renamo entende serem para provocar o seu líder.
Na última semana, mais concretamente na última sexta-feira, os homens da Renamo – todos à paisana – decidiram dar uma volta pelas ruas de Nampula, armados, o que deixou confuso o executivo local.
Os “homens armados da Renamo” deram um passeio pela rua dos Sem Medo, rua das Flores – onde se localiza a residência de Dhlakama – e a zona do mercado Matadouro. A PRM viu-se obrigada a mobilizar o máximo de recursos para acompanhar os movimentos dos ex-guerrilheiros da Renamo.
Um carro blindado foi destacado de imediato para acompanhar os “homens da Renamo” pelas zonas onde passeavam.
Nervosismo do Governo
A PRM convocou no mesmo dia uma conferência de Imprensa – adivinhava-se – para falar do assunto. Entretanto, momentos depois de ser convocada foi anunciado o seu cancelamento quando os jornalistas já se encontravam no Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Durante pouco mais de quatros horas que o nosso correspondente em Nampula permaneceu nas instalações do Comando da PRM, o director da Ordem e Tranquilidade Pública esteve reunido com o governador Felismino Tocoli.
Apurámos mais tarde através de fontes bem posicionadas no Governo de Nampula, que “o governador anda amedrontado e já não dorme na sua residência oficial, por temer uma possível eclosão da propalada manifestação por parte da Renamo”.
Os homens da Renamo não escondem a sua ira contra o governador de Nampula.
O governador Felismino Tocoli teria publicamente manifestado a vontade de expulsá-los da cidade de Nampula, usando as forças policiais e estão criadas as condições para que a qualquer momento haja confrontos. A população anda apavorada embora já se tenha apercebido que o contencioso é com o governador e com as forças policiais que ele mobilizou para humilhar os “homens armados da Renamo”. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 27.02.2012
Os “homens armados da Renamo” andam por todo o lado, sentam-se em todo o lado, armados, prontos a responder a qualquer provocação. É notório que ao mínimo sinal de intromissão da Polícia poderão entrar em acção.
Os “homens armados da Renamo” andam sob forte vigia de homens da Polícia da República de Moçambique, das várias especialidades, desde a Polícia de Protecção até à famosa Força de Intervenção Rápida (FIR), mas a Polícia não se tem intrometido.
O ambiente é de pré-confrontação.
Este clima agravou-se nas últimas semanas, desde que Afonso Dhlakama reforçou a sua segurança quando se começou a sentir em Nampula uma presença inusitada de forças policiais, especialmente da FIR.
Quando a Polícia reforçou os seus efectivos em Nampula, a resposta de Afonso Dhlakama foi proporcional.
Sente-se que a possibilidade de confrontos pode estar iminente.
Quem sofre com isso é a população civil que anda com medo ao ver tantas armas a circular na via pública.
Por exemplo, na rua dos Sem Medo – onde se localiza a delegação política da Renamo, na cidade de Nampula – o fluxo de armas de fogo é agora fora do vulgar.
Pais e encarregados de educação temem mandar as suas crianças às escolas. Receiam que a qualquer momento possa haver confrontos entre as forças governamentais que a Renamo tem como forças ao serviço do Partido Frelimo – dito doutra maneira: comprometidas com a Frelimo – e os “homens armados da Renamo” cujos efectivos cresceram abruptamente desde que a FIR iniciou demonstrações de força em Nampula que a Renamo entende serem para provocar o seu líder.
Na última semana, mais concretamente na última sexta-feira, os homens da Renamo – todos à paisana – decidiram dar uma volta pelas ruas de Nampula, armados, o que deixou confuso o executivo local.
Os “homens armados da Renamo” deram um passeio pela rua dos Sem Medo, rua das Flores – onde se localiza a residência de Dhlakama – e a zona do mercado Matadouro. A PRM viu-se obrigada a mobilizar o máximo de recursos para acompanhar os movimentos dos ex-guerrilheiros da Renamo.
Um carro blindado foi destacado de imediato para acompanhar os “homens da Renamo” pelas zonas onde passeavam.
Nervosismo do Governo
A PRM convocou no mesmo dia uma conferência de Imprensa – adivinhava-se – para falar do assunto. Entretanto, momentos depois de ser convocada foi anunciado o seu cancelamento quando os jornalistas já se encontravam no Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Durante pouco mais de quatros horas que o nosso correspondente em Nampula permaneceu nas instalações do Comando da PRM, o director da Ordem e Tranquilidade Pública esteve reunido com o governador Felismino Tocoli.
Apurámos mais tarde através de fontes bem posicionadas no Governo de Nampula, que “o governador anda amedrontado e já não dorme na sua residência oficial, por temer uma possível eclosão da propalada manifestação por parte da Renamo”.
Os homens da Renamo não escondem a sua ira contra o governador de Nampula.
O governador Felismino Tocoli teria publicamente manifestado a vontade de expulsá-los da cidade de Nampula, usando as forças policiais e estão criadas as condições para que a qualquer momento haja confrontos. A população anda apavorada embora já se tenha apercebido que o contencioso é com o governador e com as forças policiais que ele mobilizou para humilhar os “homens armados da Renamo”. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 27.02.2012
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