"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Hei mano, herói, como sê-lo!

O 3 de Fevereiro é a data que a Frelimo escolheu para que se comemorem os seus heróis. Diz a Frelimo que são heróis de todos mas teima em não dizer aos moçambicanos que critério usa para classificá-los como heróis. Faleceu há meses o camarada Bonifácio Gruveta, a vaca nem tosse nem muge no sentido de este homem que deu quase toda a sua vida a conquista da Independência e seu desenvolvimento, ser considerado também herói nacional. Até a menina de ouro, Lurdes Mutola foi capaz de receber a ordem Eduardo Mondlane, e Gruveta? Camisa azul ouviu uma hipotética conversa entre Manel de Araújo (MA), Daviz Simango (DS) e Fernando Nhaca (FN) sobre isto e as próximas eleições intercalares na cidade de Inhambane:

O que vocês consideram herói nacional?
 DS: Em primeiro lugar, na qualidade de presidente do MDM quero saudar aos moçambicanos pela passagem de mais um dia dos heróis. Este dia é importante porque é o que usamos para curvarmo-nos diante daqueles que deram as suas vidas por um Moçambique independente e os que lutam pela salvaguarda da mesmo e no seu desenvolvimento. Indo propriamente na pergunta que me fez “Camisa Azul”, herói nacional, a nosso ver é aquele que detém atributos pessoais que o fazem distinguir dos outros quando intervém pelo bem público nas várias frentes.

MA: Se me permite, e comungado com o ilustre DS, quero só afirmar que moçambicanos e em particular os munícipes de Quelimane participam nestas festividades cientes que o 3 de Fevereiro é uma data que de facto heróis deviam ser lembrados e exaltados na sua plenitude. Queremos um critério inclusivo e aberto a todos os moçambicanos na escolha quem de facto o é herói. Por exemplo, a ausência põe claramente de lado aquele que deu todo o seu gás à Moçambique, o General Bonifácio Gruveta. Ele é nosso herói nacional e devíamos venerá-lo tanto em vida como depois do seu passamento. Eu até iria longe, porquê não um monumento em seu nome sobretudo nos locais onde ele fez diferença como combatente da pátria.

FN: Olho para esta problemática de ausência de critérios sobre quem são os nossos heróis com um sério revês da nossa democracia. Heróis daqui de Inhambane que contribuíram com seu sangue para um Moçambique livre e independente foram simplesmente esquecidos. Temos que resgatar esses nossos heróis caso sejamos escolhidos para dirigir os destinos desta autarquia. Como Inhambane, Moçambique deve ser para todos neste aspecto.

 Como viram então este 3 de Fevereiro?
FN: Foi interessante. Mas vi que houve, como sempre um esforço forte para um aproveitamento político da data. A boa é essa que como vamos às eleições intercalares, pessoas de má fé deixem que comemorar a data para virarem os seus canos contra o trabalho partidário do MDM em Inhambane, acusando-nos de fazer campanha antes da hora.
DS: Na Beira, nós fomos participar nas comemorações apesar da afronta de quem não nos deseja bem. Dizer que essa afronta que foi mais notória em Inhambane visa distrair os moçambicanos para a fazer de “Moçambique para Todos” de facto. É descabido que uma CNE provincial nos venha a público acusar de fazer campanha fora da campanha. Afinal que medo tem do MDM? Sabemos que estão a fazer jogo dos nossos adversários. Organizem-se também, tragam o vosso candidato e levem a mensagem as massas. É isso o que fazemos!
MA: O melhor remédio para provocações dessa natureza, quando uma CNE Provincial acusa descabidamente, é fazer como o fiz quando a senhora Verónica Macamo me quis vilipendiar publicamente durante a campanha: O silêncio. De facto, meu silêncio foi de oiro que ela não encontrou outras achas para prosseguir ateando fogo contra a minha campanha. A Sra. Macamo apagou-se inglória e precocemente e foi desavergonhadamente embora, quiçá aconselhado pelos seus próprios camaradas. Esses impropérios e gafes a Frelimo já nos habituou mas é preciso estar atento para não se deixar ‘tomar’ pelo búfalo ferido em Quelimane.

O vosso prognóstico quanto às eleições intervalares em Inhambane, qual é?

MA: Vença o melhor.
DS: Uma contenda ‘titânca’ espera-se-nos. Mas dou meu voto que o MDM e o seu candidato, o professor Fernando Nhaca vençam.
FN: Queremos uma vitória que resgate a dignidade de Inhambane e seus munícipes. Uma vitória que alavanque a cidade de Inhambane com referência nacionl. Uma vitória que projecte Inhambane para outros patamares de desenvolvimento. Uma vitória de um “Inhambane para Todos”.

In Sátira “Camisa Azul”

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