O
3 de Fevereiro é a data que a Frelimo escolheu para que se comemorem os seus
heróis. Diz a Frelimo que são heróis de todos mas teima em não dizer aos
moçambicanos que critério usa para classificá-los como heróis. Faleceu há meses
o camarada Bonifácio Gruveta, a vaca nem tosse nem muge no sentido de este
homem que deu quase toda a sua vida a conquista da Independência e seu
desenvolvimento, ser considerado também herói nacional. Até a menina de ouro, Lurdes Mutola foi capaz de receber a ordem Eduardo Mondlane, e Gruveta? Camisa azul ouviu uma hipotética conversa entre Manel de Araújo (MA), Daviz Simango (DS) e Fernando Nhaca (FN) sobre isto e as próximas eleições intercalares na cidade de Inhambane:
O que vocês
consideram herói nacional?
MA: Se me permite, e comungado com o
ilustre DS, quero só afirmar que moçambicanos e em particular os munícipes de
Quelimane participam nestas festividades cientes que o 3 de Fevereiro é uma
data que de facto heróis deviam ser lembrados e exaltados na sua plenitude.
Queremos um critério inclusivo e aberto a todos os moçambicanos na escolha quem
de facto o é herói. Por exemplo, a ausência põe claramente de lado aquele que
deu todo o seu gás à Moçambique, o General Bonifácio Gruveta. Ele é nosso herói
nacional e devíamos venerá-lo tanto em vida como depois do seu passamento. Eu
até iria longe, porquê não um monumento em seu nome sobretudo nos locais onde
ele fez diferença como combatente da pátria.
FN: Olho para esta problemática de ausência
de critérios sobre quem são os nossos heróis com um sério revês da nossa
democracia. Heróis daqui de Inhambane que contribuíram com seu sangue para um Moçambique
livre e independente foram simplesmente esquecidos. Temos que resgatar esses
nossos heróis caso sejamos escolhidos para dirigir os destinos desta autarquia.
Como Inhambane, Moçambique deve ser para todos neste aspecto.
Como viram então este 3 de Fevereiro?
FN:
Foi interessante. Mas vi que houve, como sempre um esforço forte para um
aproveitamento político da data. A boa é essa que como vamos às eleições
intercalares, pessoas de má fé deixem que comemorar a data para virarem os seus
canos contra o trabalho partidário do MDM em Inhambane, acusando-nos de fazer
campanha antes da hora.
DS:
Na Beira, nós fomos participar nas comemorações apesar da afronta de quem não
nos deseja bem. Dizer que essa afronta que foi mais notória em Inhambane visa distrair
os moçambicanos para a fazer de “Moçambique para Todos” de facto. É descabido
que uma CNE provincial nos venha a público acusar de fazer campanha fora da
campanha. Afinal que medo tem do MDM? Sabemos que estão a fazer jogo dos nossos adversários. Organizem-se também, tragam o vosso
candidato e levem a mensagem as massas. É isso o que fazemos!
MA:
O melhor remédio para provocações dessa natureza, quando uma CNE Provincial
acusa descabidamente, é fazer como o fiz quando a senhora Verónica Macamo me quis
vilipendiar publicamente durante a campanha: O silêncio. De facto, meu silêncio
foi de oiro que ela não encontrou outras achas para prosseguir ateando fogo
contra a minha campanha. A Sra. Macamo apagou-se inglória e precocemente e foi
desavergonhadamente embora, quiçá aconselhado pelos seus próprios camaradas.
Esses impropérios e gafes a Frelimo já nos habituou mas é preciso estar atento
para não se deixar ‘tomar’ pelo búfalo ferido em Quelimane.
O vosso prognóstico
quanto às eleições intervalares em Inhambane, qual é?
MA:
Vença o melhor.
DS:
Uma contenda ‘titânca’ espera-se-nos. Mas dou meu voto que o MDM e o seu
candidato, o professor Fernando Nhaca vençam.
FN:
Queremos uma vitória que resgate a dignidade de Inhambane e seus munícipes. Uma
vitória que alavanque a cidade de Inhambane com referência nacionl. Uma vitória
que projecte Inhambane para outros patamares de desenvolvimento. Uma vitória de
um “Inhambane para Todos”.
In
Sátira “Camisa Azul”
Sem comentários:
Enviar um comentário