Joaquim Chissano, antigo Presidente da República |
Novas revelações de Chissano sobre morte do líder da Frelimo.
Chissano
defende, porém, que a morte de Mondlane não foi motivada por algum
deslize de segurança, mas sim pela forma diferente como o “inimigo”
agiu, usando a alegada bomba no envelope.
O
antigo presidente da República e então chefe de segurança na Frente de
Libertação de Moçambique, Joaquim Chissano, reconhece que a Frelimo
tinha conhecimento do perigo que Eduardo Mondlane corria em
Dar-es-Salaam, Tanzania.
Mesmo
tendo sido alertada por três jovens moçambicanos sobre o perigo, a
Frelimo fez ‘ouvidos de mercador’ e não retirou o então líder da
Frelimo, Eduardo Mondlane, daquele país. “Realmente, esses jovens
trouxeram essas informações sobre o perigo que o presidente Mondlane
corria e nós tomámos as devidas medidas para tentar solucionar o
problema”, explicou Joaquim Chissano.
Chissano
defende, porém, que a morte deste líder não foi motivada por algum
deslize de segurança, mas sim pela forma diferente como o “inimigo”
agiu, usando a alegada bomba no envelope.
“A
morte dele foi um deslize, digamos, do próprio presidente Mondlane, que
gostava de andar sozinho, como ele gostava de conduzir. Mas não foi
necessariamente o deslize que o matou, uma vez que o inimigo também usou
uma estratégia diferente, e para a qual não estávamos preparados (usou
um envelope com uma bomba no seu interior que acabou o matando), mas nós
estávamos atentos a uma emboscada, um atentado ou coisa do género”,
recordou Chissano.«O País»
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